“Jesus está aqui no
meu quarto. Ele veio me buscar“. Com essas palavras a mulher cruzou os
portais da morte. A família pobre havia peregrinado por todos os hospitais
públicos da região. Mas o câncer se alastrou muito rápido. Os médicos não
tinham mais recurso, a não ser recomendar seu retorno para casa para morrer ao
lado da família. Ela morreu depois de alguns dias. Mas partiu com Cristo.
A hora da
morte é o momento crucial da vida. Nesse instante crucial, Deus nos faz ver o
nosso destino, mesmo antes de partirmos completamente. Ele faz com que o
invisível se encontra com o visível. Por isso alguns morrem em agonias,
enquanto outros morrem em perfeita paz.
Entre os
que morrem e são levados para a presença de Deus, e os que partem sem esperança
há uma enorme diferença. O poderoso ditador Hugo Chaves partiu em agonia,
tentando se agarrar à vida, a fim de vencer a força da morte. O humilde missionário Jerry Leonard, que
serviu por muitos anos na região do Cariri, partiu em perfeita paz. Por alguns
dias ele estava em estado de coma. Mas no momento da sua partida ele começou a
falar. Era como se estivesse entrando em lugar alegre, onde amigos o aguardavam
para lhe dar as boas vindas. A esposa ouviu os nomes de alguns, e ouviu quando
ele falou acerca dela: “Ela virá depois“. Pouco depois voltou o silêncio. O
servos de Cristo tinha chegado à casa do Pai.
Não importa
quem você foi, onde morou, quanto dinheiro conseguiu acumular. Não interessa se
foi governante de uma nação ou um sábio segundo o mundo. Não faz diferença se
conseguiu marcar a história com grandes feitos... que serão esquecido... Alguém
sabe quem foi Washington Soares? Deve ter sido alguém importante, pois uma
importante avenida em Fortaleza recebeu seu nome... mas quem foi mesmo esse
homem? Curiosamente, parece que nem a Wikipédia o conhece. O Google traz
informações sobre a avenida, mas nada sobre o homem. Com o tempo o nome superou
o homem, e assim é o caso com todos os homens. Um dia tudo isso terá que ficar,
e você vai partir do jeito que chegou ao mundo. A grande questão é: partir para
onde? Será uma alegre partida ou uma triste partida? No caso da senhora pobre
que foi levada por Cristo há um detalhe interessante. No mesmo dia que ela
partiu, morreu também uma mulher muito rica. Mas esta teve uma morte horrível, em tremendas e
assustadoras agonias. Na hora da morte é
que conhecemos a verdadeira riqueza.
A Bíblia
relata como foi a partida de Estêvão, o primeiro mártir da Igreja. No limiar da
porta eterna ele falou: “Eis que vejo os
céus abertos e o Filho do Homem, em pé à destra de Deus” (Atos 7:56). Neste
caso, o detalhe especial é a posição do Filho de Deus. Ele se está em pé a fim
de recepcionar Seu servo.
Salomão nos
impressiona quando diz: “... melhor é o dia da morte, do que o dia do
nascimento...”(Ecl. 7:1). Não parece estranho? É estranho, mas é verdade. O dia
do nascimento é o marco inicial de uma caminhada temporária. O dia da morte é a
passagem para o estado eterno. Por isso é melhor pensar e pesar como será esse dia.
Se fôssemos
mais sábios viveríamos sempre considerando a proximidade do dia final. Mas
infelizmente este não é o caso. Nem mesmo entre os crentes em Jesus Cristo.
Esquecemos que estamos nos aproximando do nosso encontro com Cristo, e por isso
ficamos correndo em busca dos bens materiais, trabalhando em vão para ajuntar
tesouros na terra. Nosso reino é mais importante do que o Reino de Deus.
Investimos todo tempo da vida no alvo de acumular riquezas, sem saber sequer se
poderemos desfrutar delas. Desprezamos as bênçãos espirituais, porque tudo que
nos interessa são as coisas materiais. Quando foi a última vez que você
resolveu perder algumas horas de sono para servir a Cristo, auxiliando um irmão
necessitado, orando pela obra missionária, pensando e planejando meios para
alcançar os perdidos? O que tem valor
eterno não atrai o nosso coração, e isso é uma grande perda.
Não sabemos
quando, mas sabemos que breve partiremos. No seu caso, será uma alegre partida?
A serviço
do Mestre,
Pr. Jenuan
Lira.