O mundo só quer uma oportunidade para se divertir, mesmo que seja sob inspiração da páscoa. Por isso, as agências de turismo e hotéis muito cedo preparam seus pacotes de viagem para os clientes desfrutarem uma páscoa inesquecível. E muitos mordem a isca.
É difícil harmonizar a verdadeira páscoa com os excessos pecaminosos que comumente acompanham a diversão. Fazer da páscoa desculpa para o mero entretenimento significa esvaziá-la completamente do seu sentido, chegando bem próximo da blasfêmia. Se, de fato, a páscoa é uma celebração cristã, por que o seu centro está em nós mesmos e não em Cristo?
Sem conhecer a Palavra de Deus, o mundo faz sua própria celebração pascal. Não está certo, mas dá para entender. Para o mundo, os fatos que compõem as narrativas da páscoa tem pouco significado. A morte e ressurreição de Cristo não fazem diferença, pois para muitos, na prática, Jesus era apenas um bom mestre, um exemplo inspirativo. Além disso, há muitos que não conseguem separar as verdades bíblicas dos mitos e lendas que povoam o imaginário coletivo. Neste caso, por que fazer uma páscoa diferente? Quem está pronto a celebrar um mito?
Quanto ao povo de Deus, a páscoa tem um sentido especial, por isso também é celebrada de maneira especial. Firmados na Bíblia, celebramos a páscoa como a lembrança da maravilhosa intervenção redentora de Deus na história humana, quando Seu Filho morreu e ressuscitou para salvar o pecador que crê. Foi durante a páscoa judaica que o Cordeiro de Deus se entregou como sacrifício a Deus em nosso favor. O Justo sofrendo o castigo dos injustos, para que pelas Suas feridas fôssemos sarados. Uma triste sexta-feira, sucedida por um domingo glorioso, quando Cristo ressurgiu dos mortos.
Tais fatos não podem ficar fora do nosso programa de páscoa. Por isso, para que tenhamos um bom programa de páscoa, devemos nos voltar para a Palavra de Deus. Por exemplo, você poderia, durante os sete dias da semana pascal ler e meditar sobre os seguintes tópicos: a origem da páscoa (Êx 12), a anunciação da páscoa (Sl 22; Is 53), a angústia da páscoa (Mt 26), o sacrifício da páscoa (Mt 27) a vitória da páscoa (Mt 28.1-10; Mc 16.1-8; Lc 24.1-12; Jo 20.1-10), a certeza da páscoa (Jo 20.11-29), o efeito e a esperança da páscoa (Lc 24.44-53; At 1.6-11).
Observando como as pessoas se deixam levar segundo o curso deste mundo, é esperado que, como em outros anos, as praias e hotéis fiquem lotados com uma multidão, cujo interesse é comer, beber, relaxar e se divertir. Seria isso comemorar a páscoa? Onde está a lembrança triste da cruz? Onde a santa e radiante alegria da ressurreição? Quantas orações e louvores serão elevados ao Redentor? Quanto arrependimento, quanta confissão de pecado? Sem tais coisas ninguém pode dizer que comemorou a páscoa.
Não se deixe iludir pelas ofertas do mercado. Páscoa não é tempo de diversão, mas de concentração. Páscoa não é tempo de entretenimento, mas de adoração.
Que tal uma páscoa real e diferente? Se você não tem ideia de como fazer isso, peça ajuda ao Senhor Jesus. Ele não somente sabe o sentido da páscoa, como Ele próprio é a nossa páscoa. Depois de orar, reserve um tempo para ler a sua Bíblia, pedindo ao mesmo tempo que o Espírito Santo ilumine sua mente para compreender as verdades reveladas acerca da morte e ressurreição do Senhor. Quem sabe não será nesta páscoa que seus olhos serão abertos para o real conhecimento do Salvador?
Que Deus lhe conceda uma boa páscoa com Jesus!
A serviço do Mestre,
Pr. Jenuan Lira