“Pois
todo que pratica mal aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de não
serem arguidas suas obras” (Jo. 3.20)
As trevas
tomaram conta dos Estados Unidos nos últimos dias. Em outubro, muitas casas e
jardins recebem uma decoração bizarra e tenebrosa. Aranhas asquerosas, gatos
pretos, caveiras, bruxas e imitações de pedaços de corpos humanos são
espalhados entre imitações lápides que alguns moradores colocam nos jardins.
Caveiras em tamanho natural são penduradas pelo pescoço como se fossem restos
mortais de pessoas enforcadas. É como se
nesse mês as criaturas das trevas encontrassem uma maneira de ressurgir das
profundezas do mundo dos mortos, encontrando
espaço na casa dos vivos.
A comparação entre as
comemorações do dia das bruxas, e a páscoa do Senhor Jesus Cristo me provocou o
pensamento. Se não tivéssemos ido à igreja no domingo da ressurreição, não
teríamos idéia de que estávamos na Páscoa. A lembrança da morte e ressurreição
de Cristo não recebe nem de longe a mesma atenção que o halloween. Para celebrar
o halloween, o segundo feriado mais caro dos Estados Unidos, as pessoas se
fantasiam e até algumas lojas reduzem seu expediente. É um evento que não passa
despercebido. No entanto, a lembrança do sacrifício e ressurreição do Senhor
Jesus passou em brancas nuvens perante a sociedade em geral.
Na sua expressão
cultural, muitos americanos deixam claro que abominam a Luz, mas se divertem
com as trevas. Aquele que é a Luz do mundo vai sendo cada vez mais apagado da
mente do povo, enquanto as bruxas, caveiras e gnomos continuam bem lembrados e
celebrados.
O que se percebe na
sociedade americana é um reflexo exato do que acorre no coração de todos os
homens. À medida que decidem tirar Deus da sua vida, os homens se entregam
àquilo que alimenta sua rebelião. Não existe vácuo espiritual. Quando
rejeitamos a luz, passamos a ser dominados pelas trevas.
Voltando na história,
percebemos que a América segue o triste caminho da Europa. Onde antes a Palavra
de Deus era guia e fundamento da sociedade, hoje é um livro esquecido, que
poucos levam a sério. Na verdade, a grande maioria da população adotou um
estilo de vida materialista, esforçando-se para apagar os últimos vestígios da
fé Cristã que aqui e ali se manifestam muito esparsamente. E os números
comprovam a decadência espiritual americana. Em recente pesquisa entre alunos
de várias universidades, pouquíssimos podiam lembrar o nome dos quatro
evangelhos. Num pais com história pagã como o Brasil tal resultado seria
esperado. Mas nos Estados Unidos, a nação que se ergueu sobre os pilares da fé
e se tornou uma tocha missionária para o mundo todo, tal situação é tristemente
surpreendente.
Mas as nações são
feitas de indivíduos. O fruto da coletividade brota da semente plantada no
coração das pessoas. O colapso espiritual da América espelha a rebeldia no
coração dos seus cidadãos que decidiram virar as costas para a verdade de Deus.
Com isso, o país se tornou um símbolo do humanismo moderno. Externamente parece
que as coisas continuam indo muito bem, mas aos olhos de Deus a nação deixou de
uma árvore plantada junto ao ribeiro de águas, tornando um arbusto seco no
deserto, conforme descrição do profeta Jeremias (Jeremias 17).
Longe do Senhor,
poderemos experimentar uma aparente prosperidade, até o dia em que teremos que
enfrentar o vale da sombra da morte. Nesse momento procuraremos em vão uma
saída, mas nada poderá nos socorrer, pois desprezamos o Bom Pastor, que dá a
vida pelas ovelhas.
Onde antes brilhava
intensa luz, hoje reina a negridão das trevas.
Deus salve a América!
A serviço do Mestre,
Pr. Jenuan Lira
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