A
DOENÇA VOLTOU, MAS...
“...pois eu sou o Senhor, que
te sara.” (Êx. 15.26)
Quem
sabia a história da irmã entendeu logo: “Hoje
eu tive meu dia de revisão e sempre orei entregando a Deus o resultado desse
exame e a vontade Dele foi feita, embora as lagrimas
estejam caindo, sou grata a Deus...”.
Numa mensagem breve, direta e marcante,
a irmã compartilhou a necessidade de retomar o tratamento quimioterápico
imediatamente.
Naturalmente
me entristeci ouvindo essa informação, mas o que me causou verdadeiro impactado
foram as palavras seguintes: “... mas minha vida pertence a um Deus que
diz: ‘Alegrai-vos sempre no Senhor, outra vez vos digo, alegrai-vos’”. É
sempre um grande alívio, após uma triste notícia, ouvir um ‘mas’
logo em seguida. Essa conjunção adversativa é ‘adversária’ da primeira parte da
informação. Sem ela a má notícia se encerraria com um triste ponto final, mas,
visto que existe um ‘mas’, a história continua, a esperança
renasce e o final é sempre melhor que o começo.
Para
aqueles que conhecem a Deus apenas como uma mera ideia ou um ilustre
desconhecido, tem sempre ‘um pedra no meio do caminho.’ No
entanto, para quem recebeu a dádiva do
eterno e soberano amor do Pai, foi comprado pelo sangue do Cordeiro e para
sempre selado com o Santo Espírito da promessa, tem sempre um ‘mas’ no meio do caminho. O impacto da
‘pedra’ para o mundo é o mesmo do ‘mas’ causa no crente.
Olhando à primeira vista,
aparentemente não há diferença entre os dois grupos. Não é normal que as pessoas
diante de coisas desagradáveis resolvam se apegar a qualquer ‘mas’ que possa dar alguma pista de que tudo
vai terminar? Qual a vantagem do crente sobre o descrente? Em termos simples, a
diferença está em que o que desconhece a Deus apega-se a uma esperança otimista
em que a pessoa tem fé na própria fé. Não é assim com um verdadeiro servo de
Cristo, cuja esperança não está na fé em si mesma, mas no Deus em Quem Sua
fé se apoia.
Se
observarmos pelas lentes das Escrituras, a doença realmente voltou, mas
seu efeito negativo retrocede quando o servo do SENHOR reconhece “que Deus age em
todas as coisas para o bem dos que O amam, que são chamados segundo o Seu
propósito.” Por essa a doença não
esperava. Como produto da força destruidora do pecado que se instalou na boa
criação de Deus, a doença traz em si as marcas do desânimo, da tristeza e da apatia.
Mas...
para o servo de Deus tem mais, pois a doença não tem a palavra final. Enquanto
a doença pode enfraquecer nosso corpo, em nosso espírito a força incrível do
SENHOR se ressalta, e o glorioso propósito de Deus avança, fazendo-nos ainda
mais semelhantes ao Seu Filho, pois “Ainda que a minha carne e o meu coração desfaleçam,
Deus é a fortaleza do
meu coração e a minha herança para sempre.”
(Salmo 73.26).
Além disso, a doença voltou, mas
“a esperança não confunde,
porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos
foi outorgado.” (Rm 5.5). Pensamento positivo e otimismo
por falta de opção pode causar confusão. Mas quando nossa esperança é fruto do
amor de Deus derramado abundantemente em nossos coraçãos, podemos ter certeza
de que ‘Aquele que não poupou que não poupou seu próprio Filho, antes por
todos nós o entregou’ há de fazer na nossa vida ‘infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o
seu poder que opera em nós’ (Ef. 3.20). Lembrando que o poder que opera em
nós é o supremo poder “o qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os
mortos...” (Efésios 1.20). Por isso, podemos dizer que a doença
voltou, mas voltou para sofrer um terrível e vergonhosa derrota, às
mãos dAquele que nos dá ousadia para declarar: ‘Tudo posso em Cristo que me fortalece’ (Filipenses 4.13).
Se doença voltou a gente chora... Jesus chorou, mas também declaramos
como o salmista declarou: “Tu me
farás ver os caminhos da vida; na tua presença há plenitude de alegria,
na tua destra,
delícias perpetuamente.” (Salmo 16.11). É fato que o tempo
passa e nosso corpo pode sofrer com as mudanças causadas pela doença, mas
nossa Rocha, que é a fonte da nossa alegria, é Eterna e Imutável, e a Sua graça
é melhor que a vida.
A
doença voltou, mas com dias contados e as lágrimas que rolam dos nossos olhos
em breve, muito breve, serão passado, pois nosso fiel SENHOR ‘enxugará dos olhos toda lágrima’
(Apocalipse 21.4).
A
doença voltou, mas Deus é conosco e sempre será.
A
serviço do Mestre,
Pr.
Jenuan Lira.
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