RICHARD
DAWKINS... UM MOMENTO SEM DELÍRIO
“O perverso, na sua soberba, não investiga;
que não há Deus são todas as suas cogitações.” (Salmo 10.4)
Um
texto de Richard Dawkins, escrito em 2010 e “republicado” semana passada nas
redes sociais, causou-me enorme surpresa. O autor do best-seller Deus, um Delírio, patrono e promotor do
novo ateísmo, chega a afirmar que o Cristianismo poderia ser a nossa melhor
defesa contra as formas aberrantes de religião que ameaçam o mundo. “Não existe
cristão explodindo edifícios,” diz Dawkins. “Não tenho conhecimento de qualquer
cristão se suicidando como homem-bomba. Não tenho ouvido de nenhuma denominação
cristã que crê que a penalidade para a apostasia seja a morte.”
Quem
conhece um pouco a ferocidade de Dawkins contra toda e qualquer ideia de
religião, especialmente contra a fé cristã, não pode deixar de ficar surpreso.
Não estamos falando de um ateu mediano. Pelo espaço de uma geração, novos e
velhos ateus tem buscado inspiração nas palestras e publicações de Richard
Dawkins. Podemos afirmar que ele é o grande nome do moderno movimento de
propagação do ateísmo. Sua invejável formação acadêmica e reconhecida
competência argumentativa tem procurado destruir a crença na existência de
Deus, e fortalecer a crença na inexistência do SENHOR. Em Deus, um Delírio (2006), Dawkins chegou a comparar a educação
religiosa ao abuso sexual de crianças, concluindo que a segunda opção seria
preferível à primeira.
Dito isso, é importante uma ressalva.
O texto de Dawkins seria uma prova que ele mudou para o nosso lado? Obviamente
não. Não tentemos tirar leite de pedra. Sem dúvida, se tal fosse o caso muito
nos alegraríamos. Não apenas pela satisfação de vermos esse pesquisador
defendendo a fé que outrora tentara destruir mas, principalmente, pelo
benefício eterno dele próprio. O Deus contra Quem Dawkins vive fazendo guerra é
o Juiz de vivos e mortos. Cedo ou tarde, Deus e o ateu terão de se encontrar
numa ‘esquina da eternidade.’ E, “Se o homem não se converter, afiará Deus a sua espada; já armou o arco,
tem-no pronto; para ele preparou já instrumentos de morte, preparou suas setas
inflamadas.” (Salmo 7.13) Isso seria terrível. Apesar
de nos entristecermos vendo as acusações infundadas de Dawkins contra o nosso
Deus, nenhum cristão ficará feliz ao ouvir que ele partira desse mundo para o
juízo eterno.
Por outro lado, a manifestação favorável de
Dawkins termina sendo uma espécie de defesa da nossa fé em dois aspectos.
Primeiro, a bondade e amor que permeiam os ensinamentos de Cristo e a natureza
de Deus podem ser provados materialmente no próprio Dawkins. Seguramente, se
ele tivesse falado contra Allá metade do que ele afirmou contra Deus, não
estaria mais nas redes sociais contando a história. Os cartunistas do Chalie
Hebdo que o digam. Segundo, a manifestação positiva de Dawkins comprova a
veracidade bíblica de que a lei de Deus está escrita no coração de todos os
homens. Essa é a única explicação para os momentos de lucidez mental, social e
espiritual que podemos encontrar até no mais ferrenho dos ateus... Se o
encontrasse pessoalmente diria: ‘Obrigado Dawkins, por ser a prova viva de que
Deus é real’
Observando todo esse cenário, vem uma
ideia: aproveitar a reação inesperada do autor de Deus, um Delírio e escrever
um texto Richard Dawkins, Um Momento sem
Delírio. Gostou? Aqui está - é a própria!
A serviço do Mestre,
Pr. Jenuan Lira
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