sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

RICHARD DAWKINS... UM MOMENTO SEM DELÍRIO

O perverso, na sua soberba, não investiga;
que não há Deus são todas as suas cogitações.” (Salmo 10.4)



                Um texto de Richard Dawkins, escrito em 2010 e “republicado” semana passada nas redes sociais, causou-me enorme surpresa. O autor do best-seller Deus, um Delírio, patrono e promotor do novo ateísmo, chega a afirmar que o Cristianismo poderia ser a nossa melhor defesa contra as formas aberrantes de religião que ameaçam o mundo. “Não existe cristão explodindo edifícios,” diz Dawkins. “Não tenho conhecimento de qualquer cristão se suicidando como homem-bomba. Não tenho ouvido de nenhuma denominação cristã que crê que a penalidade para a apostasia seja a morte.”

                Quem conhece um pouco a ferocidade de Dawkins contra toda e qualquer ideia de religião, especialmente contra a fé cristã, não pode deixar de ficar surpreso. Não estamos falando de um ateu mediano. Pelo espaço de uma geração, novos e velhos ateus tem buscado inspiração nas palestras e publicações de Richard Dawkins. Podemos afirmar que ele é o grande nome do moderno movimento de propagação do ateísmo. Sua invejável formação acadêmica e reconhecida competência argumentativa tem procurado destruir a crença na existência de Deus, e fortalecer a crença na inexistência do SENHOR. Em Deus, um Delírio (2006), Dawkins chegou a comparar a educação religiosa ao abuso sexual de crianças, concluindo que a segunda opção seria preferível à primeira. 

Dito isso, é importante uma ressalva. O texto de Dawkins seria uma prova que ele mudou para o nosso lado? Obviamente não. Não tentemos tirar leite de pedra. Sem dúvida, se tal fosse o caso muito nos alegraríamos. Não apenas pela satisfação de vermos esse pesquisador defendendo a fé que outrora tentara destruir mas, principalmente, pelo benefício eterno dele próprio. O Deus contra Quem Dawkins vive fazendo guerra é o Juiz de vivos e mortos. Cedo ou tarde, Deus e o ateu terão de se encontrar numa ‘esquina da eternidade.’ E, “Se o homem não se converter, afiará Deus a sua espada; já armou o arco, tem-no pronto; para ele preparou já instrumentos de morte, preparou suas setas inflamadas.” (Salmo 7.13) Isso seria terrível. Apesar de nos entristecermos vendo as acusações infundadas de Dawkins contra o nosso Deus, nenhum cristão ficará feliz ao ouvir que ele partira desse mundo para o juízo eterno.

 Por outro lado, a manifestação favorável de Dawkins termina sendo uma espécie de defesa da nossa fé em dois aspectos. Primeiro, a bondade e amor que permeiam os ensinamentos de Cristo e a natureza de Deus podem ser provados materialmente no próprio Dawkins. Seguramente, se ele tivesse falado contra Allá metade do que ele afirmou contra Deus, não estaria mais nas redes sociais contando a história. Os cartunistas do Chalie Hebdo que o digam. Segundo, a manifestação positiva de Dawkins comprova a veracidade bíblica de que a lei de Deus está escrita no coração de todos os homens. Essa é a única explicação para os momentos de lucidez mental, social e espiritual que podemos encontrar até no mais ferrenho dos ateus... Se o encontrasse pessoalmente diria: ‘Obrigado Dawkins, por ser a prova viva de que Deus é real’

Observando todo esse cenário, vem uma ideia: aproveitar a reação inesperada do autor de Deus, um Delírio  e escrever um texto Richard Dawkins, Um Momento sem Delírio. Gostou? Aqui está - é a própria!

A serviço do Mestre,

Pr. Jenuan Lira



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