A
MÃO DE DEUS E O IMPEACHMENT
“Senhor, a tua mão está levantada, mas nem por isso a veem;
porém verão o teu zelo pelo povo e se envergonharão; e o teu furor, por causa
dos teus adversários, que os consuma.”
(Isaías 26.11)
Quer
o impeachment se consume ou não, uma mensagem está sendo dado para os poderosos
do Brasil e do mundo: “Quem
é aquele que diz, e assim acontece, quando o Senhor o não mande?”
(Lamentações de Jeremias 3.37). O abalo causado pela agitação do processo tem
servido para colocar os arrogantes líderes do governo em seu devido lugar. De
hoje até domingo, o senhor Luís Inácio Lula da Silva, por exemplo, recentemente
autodenominado de ‘jararaca’, já não deve estar tão certo de que será atingido
apenas na cauda. Mais e mais nos parece que a mão pesada da justiça avança em
direção à cabeça do perigoso réptil.
Ao ver
a justiça alcançando cobras, lagartos e outros predadores já enjaulados, não
posso deixar de relacionar tudo isso com a soberania, domínio e poder de Deus.
A Bíblia mostra claramente que Deus realiza e revela Seus propósitos na
história da nações. É o que vemos no
Êxodo, onde aprendemos que realmente “o homem não prevalece pela força.” (1Samuel 2.9). Por algum
tempo, Deus deixou Faraó pensar que estava no controle da situação. Puro
engano. O Rei da Nações, o Soberano dos Reis da Terra, o SENHOR dos Exércitos, o Eu Sou, estava mantendo tudo
sob controle, usando a própria arrogância do rei para cumprir os Seus
propósitos. Ao longo da história, Faraó zomba do SENHOR e dos Seus servos,
quebrando sua promessa de libertação sucessivamente. Mas ao anunciar a sétima
praga, Deus explica por que Ele ainda está permitindo que Faraó tenha a
impressão de controle: “Pois
já eu poderia ter estendido a mão para te ferir a ti e o teu povo com
pestilência, e terias sido cortado da terra; mas, deveras, para isso te hei mantido, a fim de
mostrar-te o meu poder, e para que seja o meu nome anunciado em toda a terra.”
(Êxodo 9.15,16).
Mesmo
correndo risco de ser taxado de ‘alarmista’ espiritual, tenho a plena convicção
de que a agitação em Brasília está mobilizando as regiões celestiais. Os
profetas do SENHOR, Isaías, Jeremias, Ezequiel, Daniel e os outros, todos
dirigiram mensagens às nações, indicando que os olhos do SENHOR estão sobre
todos os povos. O levantamento e queda dos grandes impérios da história foram
antecipados pela profecia. Tais profecias serviam para renovar as esperanças
dos servos de Deus, ao tentarem mostrar que a mão de Deus não estava encolhida,
mas continuava estendida, agindo sobre a terra. Sabemos que Deus muda Sua forma
de agir e se expressar, e hoje não estamos mais recebendo profecias diretas
sobre fatos contemporâneos, mas Deus é o mesmo, pois “Jesus Cristo, ontem e hoje, é o mesmo e o será para
sempre.” (Hebreus 13.8)
Que os céus se agitam em momentos
críticos da política humana, podemos comprovar por um evento ocorrido na vida
do profeta Daniel, no terceiro ano do reinado de Ciro, imperador da Pérsia
(Daniel 10). Daniel recebeu uma visão sobre um grande conflito, envolvendo os
poderes políticos do mundo, especialmente no que dizia respeito ao povo judeu
nos últimos dias. Sentindo a gravidade da revelação, Daniel passou três semanas
humilhado aos pés do SENHOR, clamando por compreensão plena da mensagem, e
intercedendo por seu povo. Ao fim desse período, Daniel recebe a visita do anjo
do SENHOR, enviado para lhe trazer a resposta a suas orações. O Anjo lhe fez
saber que há uma relação direta entre os destacados poderes políticos humanos e
a ação dos anjos nas regiões celestes. Daniel ficou sabendo da existência do
príncipe da Pérsia e da Grécia, seres espirituais do mal, que supervisionam esses
respectivos territórios. No caso específico de Daniel, o Anjo que lhe apareceu
demorou três semanas, por causa da batalha intensa que teve que travar nas
regiões celestes, a fim de chegar até Daniel com a resposta a suas orações.
Como a Pérsia e a Grécia, nossa nação
também não passa despercebida nas regiões celestes, pois tem grande importância
na estratégia dos poderes espirituais que agem sobre os povos. O Brasil é uma
nação incrível, um país singular, atraente, vibrante, rico e amado... um
‘gigante pela própria natureza.’ Desde o nosso descobrimento, e através da
nossa incrível e desencontrada história, vemos a mão do SENHOR estendida sobre
esse ‘país tropical, abençoado por Deus.’
A mistura maravilhosa de índio, branco e negro criou um povo ímpar: adaptável,
flexível, alegre, hospitaleiro, inteligente, emotivo. Mas, enquanto vemos a mão
de Deus agindo ao longo da história do Brasil, forjando-nos pela Sua graça para
sermos o que somos, é também óbvio que o príncipe deste mundo (2 Cor. 4.4), o
pai da mentira, pondo em ação sua nefastas forças espirituais do mal (Ef.
6.12), através de homens revestidos com a astúcia da Antiga Serpente
(Apocalipse 12.9), têm lutado com todo empenho, para fazer do Brasil um covil
de malignidade e oposição aos bons propósitos de Deus.
Estudando
a Bíblia, a história e os desmandos que hoje presenciamos, há muito tenho
perguntado ao SENHOR como o Brasil iria sobreviver aos claros ataques do
Inimigo. Há mais de uma década iniciou um projeto bem bolado de uma ‘ditadura
branca’, que seria instaurada não pelas armas, mas pelo voto. Esse projeto vem
sendo elaborado e maturado há décadas. Seu articuladores agiram com a sutileza,
própria dos animais peçonhentos. Foram persistentes, determinados, calculistas.
Por muito tempo, o brasileiro tinha medo desse projeto de domínio. Mas, no
vácuo de liderança digna, a proposta populista foi sendo vendida à população,
até que, segundo diziam, a ‘esperança
venceu o medo.’ Instalaram-se no poder e foram aos poucos estendendo seus
tentáculos sobre todos os poderes, com o fim de estabelecer a tão sonhada
ditadura. Até que, por meios inesperados, o edifício começou a ruir, chegando
ao ponto do governo enfrentar um processo de impeachment.
Enquanto
consideramos o cenário político, surge a persistente pergunta: E se a
presidenta Dilma for retirada, o Brasil se livra do mal? Claro que não. Não
serei ingênuo de achar que o impeachment vai resolver os problemas do Brasil,
mesmo porque o seu substituto já é, em si mesmo, um problema. Mas uma coisa não
anula a outra. Se existe base legal para a consumação do processo, a presidenta
deve ser responsabilizada, independente de quem esteja na sucessão. A justiça
deve ser feita, mesmo que favoreça uma pessoa indigna. A seu tempo, a justiça
também lhe alcançará.
Não
vibro, nem faço campanha pelo impeachment. Mas me alegro demais à medida que
vejo a mão de Deus se movendo em nossa direção, renovando a esperança de que
não seremos engolidos pelo mal, quando parecia que nada mais se podia fazer. Os
eventos do últimos dias nos deixam certos de que ainda não fomos abandonados
pelo Rei dos Reis, pois mesmo que numa dose limitada, a justiça ainda funciona.
Quando
o profeta Jonas se ressentiu com a misericórdia de Deus sobre a cidade de
Nínive, o Senhor respondeu ao profeta amargurado: “...não hei de eu ter compaixão da grande cidade de
Nínive, em que há mais de cento e vinte mil pessoas, que não sabem discernir
entre a mão direita e a mão esquerda, e também muitos animais?”
(Jonas 4.11)
Se o SENHOR pensou em 120 mil ninivitas, como Ele deixaria
perecer essa nação com mais de 200 milhões, que através dos séculos vem sendo
preparada para ser uma bênção em toda terra? O SENHOR não vai nos abandonar.
Deus
te abençoe, meu Brasil. Conte com as minhas orações, meu amor e minha
incessante luta, para que sejas livre pelo verdade do Evangelho e leves essa
liberdade para todas as nações.
A
serviço do Mestre,
Pr.
Jenuan Lira
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