QUE É A VOSSA VIDA?
“Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa.” (Tiago 4.14)
“Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa.” (Tiago 4.14)
O acidente aéreo que vitimou o ministro Teori Zavascki
chocou o Brasil. Teori, 67 anos, 46 de carreira, ministro da STF, estava
vivendo dias intensos, envolvido em tarefas de extrema importância, as quais,
sem dúvida, se destacariam como os maiores desafios na sua longa carreira
jurídica. Se o poder sobre a morte estivesse nas mãos dos homens, certamente o
ministro tão cedo não entraria na lista. Especialmente nos próximos dias,
quando suas ações teriam impacto significativo nos desdobramentos da famosa
Operação Lava Jato. Todos os atos do ministro seriam seguidos de perto, pois a
nação nutria grandes expectativas nas suas decisões. Infelizmente, tudo isso
agora é história. Um acidente cheio de interrogações encerrou para sempre a
carreira de Teori Zavascki.
Uma vez mais se confirmam as sábias
palavras de Salomão: “Não há nenhum
homem que tenha domínio sobre o vento para o reter; nem tampouco tem ele poder
sobre o dia da morte; nem há tréguas nesta peleja...” (Eclesiastes
8.8) No dia determinado por Deus, nossa breve viagem nesse mundo findará.
Independente da nossa vontade e dos planos para o dia de amanhã, ao comando do
SENHOR cruzaremos os portais eternos.
Tais tragédias deveriam nos mover à
humildes reflexões. Nenhum de nós, por mais seguros que nos sintamos, estamos
imunes à convocação do Pai Eterno. E, quando chegar esse momento, nenhuma diferença fará se fomos ricos ou
pobres, sábios ou ignorantes, famosos ou anônimos. Na audiência perante o Juiz
de toda terra, fato que segue imediatamente a morte (Hb. 9:27), os itens do
nosso currículo serão insignificantes. No tribunal divino só haverá duas
classes de pessoas: salvas ou perdidas. Nesse momento, o mais pobres dos homens
pode se tornar a mais rica criatura, se alcançar a graça de ser declarada absolvida
da eterna culpa dos seus pecados, na base do pagamento feito pelo Filho de
Deus, na cruz do Calvário.
Uma das marcas do pecado que habita em nós
é o orgulho. Não somos nada, mas não aceitamos o fato. Somos realmente uma
folha seca se apresentando como um cedro do Líbano! Fazemos nossos planos e
determinamos nossas ações sem considerar que a eternidade pode estar nos
aguardando na próxima esquina. Por causa desse orgulho entranhado na alma,
poucas vezes paramos para agradecer a Deus, quando nossos planos são bem
sucedidos. Também, poucas vezes nos aquietamos quando o dedo de Deus frustra os
nossos desígnios.
Tiago 4:13-17 nos adverte acerca das
nossas ‘arrogantes pretensões.’ Traçamos um curso de ação, definimos os alvos e
os resultados e partimos apostando que vai dar tudo certo. Tiago nos repreende
por tal soberba, que nos impede de dizer: “Se
o SENHOR quiser, não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo.”
Parece algo simples, mas não é. Quando tomamos a precaução de incluir a vontade
de Deus como condição para nossas realizações, estamos assumindo nossa
fragilidade e declarando nossa disposição de aceitar a vontade de Deus, seja
ela qual for.
A triste notícia da morte do ministro tem
muito a nos ensinar. A Bíblia diz que aprendemos mais pela morte do que pela
vida. Uma vez mais, Salomão nos ensina: “Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete, pois
naquela se vê o fim de todos os homens; e os vivos que o tomem em consideração.”
(Eclesiastes 7.2). Infelizmente a sociedade está tão anestesiada para as
realidades espirituais, que até mesmo as inesquecíveis lições da morte se
perdem em meio ao emocionalismo e comoção superficial promovidos pela mídia.
Tudo indica que 2017 será um ano difícil. Do
Brasil e dos quatro cantos do mundo nos tem chegado notícias chocantes. Nesses
poucos dias do novo ano já estamos com a cota cheia de notícias sobre
atentados, guerras, conspirações, desastres naturais e acidentes. Que tomemos
tudo isso em consideração, reconhecendo nossa pequenez e dependência do SENHOR.
Ao mesmo tempo, descansemos na certeza de que nossa vida está nas mãos do Bom
Pastor, que estará conosco sempre, ainda que seja no vale da sombra da morte.
A serviço do Mestre,
Pr. Jenuan Lira
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