“Se enfraqueces no dia da angústia, a tua força é
pequena” Pv. 24:10.
Construída durante o período
colonial, conforme projeto de um famoso arquiteto belga, a velha Catedral de
Santiago se destacou na cidade de Manágua como um tesouro arquitetônico das Américas.
Desde a data do início da sua construção em 1928, ostentou beleza e imponência
aos olhos de quem a visitava.
Mas um fato não foi levado
em conta no tempo da construção: A Nicarágua sofre em média 1500 abalos
sísmicos por ano. Se alguém pretende construir nesse país, deve fazer
precauções para que a construção resista aos frequentes tremores de terra. No
caso da Catedral de Santiago, os construtores até que tentaram, fazendo a obra
toda de concreto sobre uma estrutura de metal. O único problema foi a magnitude
de alguns terremotos, cuja força foi superior ao que a estrutura
suportava. Em 1931 o país sofreu um
grande terremoto cujo epicentro foi o centro de Manágua. A obra não estava
acabada, mas resistiu bem. Porém, em 1972 ocorreu outro grande abalo sísmico, e
dessa vez a catedral não resistiu. Não veio ao chão, mas a estrutura ficou de
tal modo danificada, que hoje não se pode usar suas dependências.
Infelizmente a história da
catedral de Manágua lembra a história de muitas vidas, as quais um dia foram
símbolo exuberante de expressividade, força e beleza, mas os abalos da vida
lhes fizeram inúteis. Mesmo sabendo que a construção da nossa vida se dá uma
superfície instável, alguns não foram prudentes nas suas construções. Por isso,
quando chegaram as provas, perderam toda estabilidade, tornando-se mais um
monumento triste de uma vida derrotada.
Não é por falta de aviso que
muitos se vêem destruídos diante dos embates da vida. O próprio Senhor Jesus
avisou com clareza... “no mundo tereis
aflição”. Assim é a vida, pois na própria estrutura da realidade que nos
cerca há importantes “falhas geológicas”.
Um dia ou outro nossa construção será posta em prova. Se não estiver bem
firmada, cairá, sendo grande a suas ruína.
Entretanto, não temos que
esperar a queda, mas nos precavermos para resistir no dia mal. Para isso, nada
melhor do que observar o ensino do Senhor Jesus ao final do Sermão do Monte. Em
Mt. 7.24-27, o Ele nos fala de dois homens, ambos empenhados em suas
respectivas construções. Ao final, cada edificação passou pelos mesmos testes:
rios e ventos se abateram sobre elas. O que fez toda diferença foram os
alicerces. Somente aquele que edificou sobre a rocha logrou êxito. A lição da parábola é clara: se você deseja
construir sua vida de maneira que seja capaz de resistir às tempestades, faça-a
sobre a verdade da Palavra do Senhor. É dessa forma que construiremos uma
história de resistência, força e beleza permanentes.
A nossa vida será sempre um
monumento. Mas podemos ser monumentos vivos da resistência vinda Palavra de
Deus, ou podemos ser monumentos de uma vida cuja construção frágil se tornou inútil
diante das provas. Com que sua vida realmente se parece?
A serviço do Mestre,
Pr. Jenuan Lira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário