Nada é digno de fazer parte da minha vida se não for
maior que a própria vida. Creio nisso firmemente, e me apego a esta verdade. Se
todos os meus alvos forem delimitados pela extensão da minha vida, meus
projetos vão durar pouco e fazer pouca diferença no mundo. Mas isso não parece
algo de um sonhador? Sim, com certeza assim pensam os sonhadores, e eu sou um
deles. Já cheguei à conclusão de que sonhar é preciso, pois de que maneira
poderíamos almejar realmente significante, tendo uma vida tão curta? Sonho
porque vejo essa vida como um breve cochilo que acaba quando despertamos. Por
isso, enquanto não cruzamos a linha final, devemos almejar por algo que
ultrapasse os nossos limites, deixando um legado de bênçãos para os que virão
atrás de nós.
Seria
tolo e desonesto negar que aqui sou devedor ao grande poeta lusitano, Fernando
Pessoa. Ele por sua vez, pegou sua inspiração dos navegadores antigos da época
gloriosa da nação portuguesa. No seu afã de cruzar os mares na busca de
encontrar um novo mundo, os navegadores diziam: “Navegar é preciso; viver não é preciso”. O poeta entendeu a
mensagem e se apropriou do espírito dessa frase para afirmar:
“Viver não
é necessário; o que é necessário é criar.
Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso.
Só quero torná-la grande,
ainda que para isso tenha de ser o meu corpo
e a (minha alma) a lenha desse fogo.
Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso.
Só quero torná-la grande,
ainda que para isso tenha de ser o meu corpo
e a (minha alma) a lenha desse fogo.
Mas
não é Fernando Pessoa que mais me inspira no caminho dos sonhos. Muito mais
significante e instrutivo é o exemplo de Neemias, um sonhador tão ousado que
foi capaz de reconstruir os muros de uma cidade. A diferença entre Pessoa e
Neemias é que aquele almeja algo que fosse grande aos olhos humanos, enquanto
Neemias almeja algo grande aos olhos de Deus.
A visão de Neemias lhe dava
forças para prosseguir, mesmo sob o risco de morte, porque quando estamos
vivendo em função de um projeto realmente digno a vida não é tão preciosa
quando a realização daquele projeto. Neemias se permitiu ser dominado pelo
medo, por isso não aceitou a sugestão de para a obra e se esconder no templo
para não morto pelos inimigos (Ne. 6.11). Quando pensamento lhe foi proposto, a
resposta dele foi simples: “Um homem como
eu fugiria?”. O risco era rela, mas a coragem desse homem era forte
suficiente para enfrentar qualquer perigo.
Isaías 26:3 resume bem o segredo da
determinação de Neemias: “Tu [Senhor]
conservarás em paz aquele cujo propósito é firme; porque ele confia em ti”. Não
havia nada mais firme no caráter de Neemias do que a sua confiança no Senhor.
Neemias nunca alimentou a ilusão de que ele poderia fazer aquela grande obra
por si mesmo. Por isso, repetidamente encontramos Neemias em oração, clamando
ao Senhor por Suas bênçãos. Não era o seu projeto, mas o projeto de Deus que se
delineava no horizonte dos seus sonhos.
Parafraseando
Fernando Pessoa podemos dizer que ele declara... “Viver não deve ser o meu alvo, nem devo perder meu tempo tentando gozar
a vida, pois viver não tem a menor graça se não por algo maior do que a própria
vida”. Foi isso que Neemias fez. Resolveu correr todos os riscos, mas
sonhar com algo grande. E Deus o abençoou para executar o plano.
Quais são seus sonhos? São
maiores do que a sua vida? Em que esse mundo será pelo fato de você ter siso um
habitante dele? Não sei qual é o seu
grande projeto, mas se não for para o progresso do reino de Deus neste mundo
seu esforço será inútil. Se projeto é pequeno demais.
A serviço do Mestre,
Pr. Jenuan Lira
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