A jovem senhora estava visitando a
nossa igreja pela primeira vez. Estava satisfeita no culto até que veio uma
surpresa desagradável: o tema da pregação naquela noite lhe incomodou bastante.
Minhas primeiras palavras foram: “Hoje quero falar sobre sua vida...”. E
continuei: “você já considerou que pode estar a apenas um passo da
eternidade?... Você está pronto para enfrentar o Juiz de toda terra?... As
estatísticas indicam que dez entre dez pessoas morrem...”. Por pouco a mulher
não se levantou e saiu da igreja. Talvez não tenha feito por consideração a sua
irmã que a havia convidado.
Ao final do culto, tive oportunidade
de falar um pouco com ela. Estava mais calma, e passado o choque inicial
seguira toda pregação com atenção. Mas compartilhou como se sentiu no início e
explicou o motivo: “Tenho muito medo da morte. Não gosto nem de ouvir essa
palavra. Esse trauma trago comigo há tempos, mas foi intensificado recentemente
quando meu esposo foi diagnosticado com câncer”.
É difícil a nossa situação. Fugimos
da morte, mesmo sabemos não há abrigo que nos livre dela. Salomão, em profunda
reflexão sobre a existência humana, declarou: “Nenhum homem tem poder sobre o
dia da morte; nem há tréguas nesta peleja...” (Eclesiastes 8.8). Gostando ou não
essa é a realidade e fugir não é o melhor caminho. Isto equivaleria a tentar
escapar do inescapável.
O que fazer, então? Naturalmente,
não devemos fazer da morte o centro da nossa vida, mas tê-la no horizonte é
aconselhável. Dizem que Filipe de Macedônia, pai de Alexandre, o grande, tinha
um servo cuja tarefa diária era entrar na sua presença e dizer: “Filipe, você
vai morrer”. Foi a maneira que Filipe encontrou para reconhecer quem ele era.
Isso o livraria da soberba. Visualizar a linha final da vida nos dará uma
melhor perspectiva da nossa identidade e nos ajuda a definir o que melhor
podemos fazer da vida, enquanto ela não se vai.
Seguindo a direção da Palavra de
Deus, o melhor caminho é conhecer e aceitar a obra de Cristo realizada em favor
dos pecadores. Por Sua morte e ressurreição, Jesus conquistou a morte, podendo
oferecer vida eterna a todo que O receber como Único Senhor e Salvador. A
Bíblia diz que o salário do pecado é a morte. Essa é a razão pela qual a morte
um dia cruzará o caminho de todos os homens, pois todos pecaram e carecem da
glória de Deus (Rm. 3.23). Mas Deus enviou Seu Filho como nosso mediador. Sendo
Deus, Jesus tem poder para nos salvar. E não há salvação em nenhum outro (At.
4.12), “porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu Seu Filho unigênito
para que todo aquele que nele crer, não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo.
3.16). Jesus é o único remédio proposto
por Deus para o problema da morte.
Meu conselho para a senhora que veio
a nossa igreja foi o seguinte: “Ao invés de temer, a senhora deveria se
preparar, confiando em Cristo como Seu único e suficiente Senhor e Salvador”.
E você, está fugindo ou está
preparado?
A serviço do Mestre,
Pr. Jenuan Lira.
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