“Porque de Deus somos cooperadores; lavoura de Deus, edifício de Deus
sois vós” (I Cor. 3.9)
Há
poucos anos, em conversa com um pastor amigo que estava saindo da sua Igreja,
notando sua angústia e preocupação sobre o futuro do seu amado rebanho, lhe aconselhei:
“Rapaz, siga em paz. Entregue a Igreja ao Seu verdadeiro Dono”. Ele fez assim,
e as bênçãos do Senhor são visíveis na sua vida e na da Igreja que foi entregue
a Cristo.
Agora
chegou a minha vez. Sair de uma Igreja não é fácil. Sair de uma Igreja amada é
ainda mais difícil. Mas chegou a minha vez, ainda que seja temporariamente.
Sempre
é mais fácil aconselhar do que ser aconselhado, mesmo quando o que você está
precisando é exatamente o conselho que um dia deu a outra pessoa. Aquilo que eu
disse para o meu amigo, Deus está trazendo de volta para mim, de maneira direta
e indireta. E isso tem me confortado o coração.
Esta
semana, quando sai para uma das minhas caminhadas matinais, que também é um
tempo especial de oração, dei os primeiros passos e logo abri meu coração:
“Senhor, estou angustiado quanto ao futuro da Igreja. O dia da minha partida
está às portas, e eu não sei o que vai ser”. Não demorou dez segundos, e Deus
me respondeu por meio da sua Palavra: “Eu
edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”.
Imediatamente a minha oração de lamento se transformou em oração de louvor.
Mas
isso não foi tudo. Deus vem me confirmando que o Dono da Igreja do Planalto não
vai deixá-la só. Digo isso pelas muitas mensagens que recebi no caderninho de
despedida que me foi entregue na quarta passada. Todas nos alegraram, mas um me
chamou muito a atenção. A pessoa escreveu para minha família: “Deus está no controle, não se preocupem, a
Igreja é de Cristo e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Deus
cuidará de nós e de vocês”. Preciso de mais alguma coisa para descansar no
cuidado do Senhor?
Claro
que a saudade é grande e um caminho novo se abre para minha família e para a
Igreja. O que será o nosso futuro, somente Deus conhece. Mas a Igreja não é do
pastor, nem deve a ele sua existência. Se houve crescimento e algo digno de
louvor, tudo se deve a Cristo. A Igreja é um Edifício Espiritual, onde O Pai é
o Arquiteto, O Filho, o Proprietário, Fundamento e Fundador e o Espírito Santo
o Engenheiro. O pastor, quando muito, é o mestre-de-obras, mas, na maioria das
vezes nada mais é do que um servente nessa maravilhosa construção.
Se
tomarmos a comparação da lavoura, como faz Paulo, não podemos esquecer que uns
plantam, outros regam, mas o crescimento vem de Deus. Sem ele seria inútil todo
esforço para lançar a semente.
A
culpa pelos erros, eu assumo. A glória pelos acertos Cristo assume, pois
pertence totalmente a Ele. Sigo em paz, e vos deixo na paz do Senhor, Pastor
meu e vosso.
A
Igreja está entregue ao Seu Dono.
A
serviço do Mestre,
Pr.
Jenuan Lira.
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