"É mais fácil passar um camelo pelo fundo de
uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus" (Mt. 19:24)
A
capa da revista da empresa aérea me chamou a atenção. Esbanjando músculos invejáveis (as gorduras
foram bem disfarçadas) e um semblante de totalmente satisfeito, a foto de Ronaldo, o ‘Fenômeno’, estava
sublinhada com a seguintes palavras: “O
Fenômeno quer brilhar na copa de 2014 fora dos gramados”. As informações da
copa não me interessaram, mas fui
atraído pela mini biografia do Ronaldo.
Ao
ler biografias, procuro perceber onde Deus entra na vida do biografado. No caso
do Ronaldo, um fato curioso ocorrido no final da década de 80, constitui-se
numa clara indicação de que, apesar da sua indiferença para com o Senhor, a
verdade de Deus tem cruzado o caminho do jogador. Certa vez, após um jogo do
flamengo, o menino Ronaldo acompanhado do seu pai, aguardava a chance de
conseguir um autógrafo do seu ídolo, Zico. Quando chegou o momento, Ronaldo não
tinha outro papel senão um folheto com mensagem evangélica no qual estavam
escritas as seguintes palavras: “Eu sou o
caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim”. Sobre essas
palavras o Galinho de Quintino deu seu autógrafo. Ronaldo guarda o papel até
hoje, mas não dá atenção às palavras do Criador, apenas valoriza a assinatura
da criatura.
Passado a glória dos gramados,
transformado num empresário famoso, o 'Fenômeno' divide seu tempo entre os
negócios e a curtição. E na somatória de tal equação Deus nunca aparece no
resultado. Não que Ronaldo não seja um adorador, isso todos somos por virtude
da nossa criação, mas para suprir tal necessidade, Ronaldo se curva apenas diante do único ser que considera digno de adoração:
ele próprio.
A
situação do Ronaldo lembra as palavras de Jesus sobre a dificuldade de um rico
entrar no reino de Deus. Por que Ronaldo haveria de se interessar pelo Rei
Eterno? Ele é um homem famoso e rico... ele é o ‘Fenômeno’. As riquezas do
mundo lhe encobrem a pobreza espiritual. Como bem disse Salomão, há aqueles que
se acham ricos sem nada ter, enquanto outros se dizem pobres sendo mui ricos (Pr.
13:7). Assim é Ronaldo, no meio da sua impressionante riqueza! Do que mais ele
precisa? Das alturas do seu apartamento no Leblon, uma cobertura de 900 metros
quadrados, avaliada em 35 milhões, Ronaldo olha o mundo de cima para baixo e parece
isento da canseira dos mortais. Se está entediado, promove grandes festas para
os amigos, algo comum na sua rotina, ou retorna para Londres e passa uns meses
curtindo a Europa ou outro local turístico ao redor do mundo, acompanhado da
sua nova namorada. Ronaldo é semelhante a Salomão em Eclesiastes, os quais não
negaram ao seu coração nenhum desejo (2:10).
O
problema é que a ostentação e os prazeres tem seu preço, mas Ronaldo não
percebe. Ronaldo é mais um prisioneiro
da fantasia do mundo. Ele está atado aos grilhões da fama. Apesar de ter apenas
37 anos, os sinais da fragilidade são vista no próprio corpo já cansado e
incapaz dos arranques e dribles que lhe tornaram notáveis. Ronaldo tem dinheiro
para contratar os melhores nutricionistas do mundo, mas não vencer a compulsão
da gula. Por mais que lhe cause problema o alcoolismo parece invencível. Longe
da disciplina imposta pelo treinadores, ele fuma diariamente um maço de cigarro,
sem falar nos outros excessos que já lhe consomem a saúde. Como todo pecador,
Ronaldo não consegue se livrar dele mesmo. Ele é prisioneiro do seu coração e
da expectativa do mundo. Deram-lhe a designação de fenômeno e ele precisa viver
essa fantasia, mesmo sabendo que não é.
Sem
levar em conta o convite dAquele que é o Caminho, a Verdade e a Vida, Ronaldo
segue seu próprio caminho, como um pássaro que voa para a gaiola. A sensação de
bem estar pode tirar-lhe a vida presente e comprometê-lo eternamente, o que
será uma terrível perda, uma fenomenal perdição (Pv. 1:32).
Que
o Ronaldo escute a voz de Deus para a salvação, antes que seja tarde demais e
precise ouvir a voz do Senhor dizendo: "Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado para
quem será?” (Lc. 12:20).
A
serviço do Mestre,
Pr.
Jenuan Lira
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