segunda-feira, 31 de março de 2014

DECADÊNCIA MORAL NO BRASIL: O COMEÇO DO FIM

            Há poucos dias, a televisão brasileira deu mais um passo em direção ao fundo do poço: veiculou o primeiro beijo homossexual em uma novela em horário “nobre”. Preferi não reagir imediatamente para não dar mais visibilidade ao caso, mas agora acho apropriado refletir sobre o ocorrido. Dois extremos redundam em benefício ao reino das trevas: o primeiro é fazer de conta que ele não está agindo e contaminado a sociedade. Ser passivo diante das maquinações malignas. O segundo, é criar celeuma em torno das estratégias das trevas, e alça-las ao centro do palco desviando nossa atenção exclusivamente para combatê-lo. Tenho caído na segundo armadilha algumas vezes, e espero ser mais prudente para não ser engodado novamente.   
            Mas agora, com a vantagem do tempo passado, é bom lembrar que a televisão brasileira, como parte do sistema mundano corrompido e rebelde contra Deus, está apenas fazendo o que lhe é próprio. E, à medida que avançamos para os últimos dias, devemos espera coisas piores (II Tm. 3:1-7).
            A prova de que a imoralidade está no DNA da televisão / cinema é a nota explicativa que os diretores da globo publicaram para explicar o beijo homossexual. Sem rodeios eles afirmaram:  “Toda cena de novela é consequência da história, responde a uma necessidade dramatúrgica e reflete o momento da sociedade. O beijo entre Felix e Niko selou uma relação que foi construída com muito carinho pelos dois personagens. Foi, portanto, o desdobramento dramatúrgico natural dessa trama. A pertinência desse desfecho foi construída com muita sensibilidade pelo autor, diretor e atores e assim foi percebida pelo público. É importante lembrar que o relacionamento homossexual sempre esteve presente nas nossas novelas e séries de maneira constante, responsável e natural. A cena esteve de acordo com essa premissa e com a relevância para a história", diz a nota.
            A nota acima é autoexplicativa e cheia de informações que nos permitem tirar importantes conclusões. De fato, a televisão é espelho da sociedade, pois ela existe para agradar ao público. As cenas, portanto, são veiculadas conforme a demanda dos consumidores. O coração humano não regenerado, qual porco se revolvendo no lamaçal, se banqueteia com tudo que é sujo e contrário à santidade e glória de Deus. Durante algum tempo, o “verniz legalista da civilidade” consegue disfarçar tais apetites corrompidos, mas chega o ponto em que a força do mal rompe todas as resistências e transforma em atos aquilo que está fervilhando na mente e no coração. Infelizmente as condições para a degradação estão plenamente desenvolvidas dentro do nosso coração enganoso, como bem dizem o profeta Jeremias (Jr. 17:9) e o próprio Senhor Jesus (Mc. 7:14-23). O que precisa é a percepção do momento ideal para pressionar o gatilho a fim de conseguir maior “custo malefício”. Os poderosos desse mundo são especialistas nisso, e perceberam que tinha chegado a hora de glamourizar o homossexualismo. E pela audiência dada à cena, parece que eles escolheram o momento certo. Acho que nos bastidores eles cantavam antecipadamente... “Hoje é um novo dia, um novo tempo que começou...
            Observemos também  que a nota diz que o homossexualismo sempre esteve presente nas novelas de maneira constante. Nesse caso, todas as pessoas que são consumidoras de novelas estavam sempre dando sua contribuição para esse “histórico momento.”  Da nossa parte, como discípulos de Cristo, talvez essa seja a parte mais lamentável. Serena e secretamente temos usado as nossas televisões para promover o horário “nobre” das novelas. Pensando nisso, talvez caiba a pergunta: “Quantos de nós assistimos ou desejamos assistir à cena?”
Com o ocorrido o nosso país entra no rol dos países avançados. Mas a verdade é que estamos apenas seguindo o mesmo caminho de destruição que sociedades antigas trilharam. A perversão sexual é uma das últimas gotas para o transbordamento do cálice da ira de Deus. Foi assim com Sodoma e Gomorra, com a civilização antediluviana, com a Grécia e com Roma.
            Que esse momento triste da nossa televisão nos desperte para o fato de que “Vai alta a noite, e vem chegando o dia. Deixemos, pois, as obras das trevas e revistamo-nos das armas da luz. Andemos dignamente, como em pleno dia, não em orgias e bebedices, não em impudicícias e dissoluções, não em contendas e ciúmes; mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências.” (Rom. 13:12-14)

            A Serviço do Mestre,
            Pr. Jenuan Lira.


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