Há
poucos dias, a televisão brasileira deu mais um passo em direção ao fundo do poço:
veiculou o primeiro beijo homossexual em uma novela em horário “nobre”. Preferi
não reagir imediatamente para não dar mais visibilidade ao caso, mas agora acho
apropriado refletir sobre o ocorrido. Dois extremos redundam em benefício ao
reino das trevas: o primeiro é fazer de conta que ele não está agindo e
contaminado a sociedade. Ser passivo diante das maquinações malignas. O
segundo, é criar celeuma em torno das estratégias das trevas, e alça-las ao
centro do palco desviando nossa atenção exclusivamente para combatê-lo. Tenho
caído na segundo armadilha algumas vezes, e espero ser mais prudente para não
ser engodado novamente.
Mas
agora, com a vantagem do tempo passado, é bom lembrar que a televisão
brasileira, como parte do sistema mundano corrompido e rebelde contra Deus, está
apenas fazendo o que lhe é próprio. E, à medida que avançamos para os últimos
dias, devemos espera coisas piores (II Tm. 3:1-7).
A
prova de que a imoralidade está no DNA da televisão / cinema é a nota
explicativa que os diretores da globo publicaram para explicar o beijo
homossexual. Sem rodeios eles afirmaram:
“Toda cena de novela é consequência da história, responde a uma
necessidade dramatúrgica e reflete o momento da sociedade. O beijo entre Felix
e Niko selou uma relação que foi construída com muito carinho pelos dois
personagens. Foi, portanto, o desdobramento dramatúrgico natural dessa trama. A
pertinência desse desfecho foi construída com muita sensibilidade pelo autor,
diretor e atores e assim foi percebida pelo público. É importante lembrar que o
relacionamento homossexual sempre esteve presente nas nossas novelas e séries
de maneira constante, responsável e natural. A cena esteve de acordo com essa
premissa e com a relevância para a história", diz a nota.
A
nota acima é autoexplicativa e cheia de informações que nos permitem tirar
importantes conclusões. De fato, a televisão é espelho da sociedade, pois ela
existe para agradar ao público. As cenas, portanto, são veiculadas conforme a
demanda dos consumidores. O coração humano não regenerado, qual porco se
revolvendo no lamaçal, se banqueteia com tudo que é sujo e contrário à santidade
e glória de Deus. Durante algum tempo, o “verniz legalista da civilidade” consegue
disfarçar tais apetites corrompidos, mas chega o ponto em que a força do mal
rompe todas as resistências e transforma em atos aquilo que está fervilhando na
mente e no coração. Infelizmente as condições para a degradação estão
plenamente desenvolvidas dentro do nosso coração enganoso, como bem dizem o
profeta Jeremias (Jr. 17:9) e o próprio Senhor Jesus (Mc. 7:14-23). O que
precisa é a percepção do momento ideal para pressionar o gatilho a fim de
conseguir maior “custo malefício”. Os poderosos desse mundo são especialistas
nisso, e perceberam que tinha chegado a hora de glamourizar o homossexualismo.
E pela audiência dada à cena, parece que eles escolheram o momento certo. Acho
que nos bastidores eles cantavam antecipadamente... “Hoje é um novo dia, um
novo tempo que começou...”
Observemos
também que a nota diz que o
homossexualismo sempre esteve presente nas novelas de maneira constante. Nesse
caso, todas as pessoas que são consumidoras de novelas estavam sempre dando sua
contribuição para esse “histórico momento.”
Da nossa parte, como discípulos de Cristo, talvez essa seja a parte mais
lamentável. Serena e secretamente temos usado as nossas televisões para
promover o horário “nobre” das novelas. Pensando nisso, talvez caiba a
pergunta: “Quantos de nós assistimos ou desejamos assistir à cena?”
Com
o ocorrido o nosso país entra no rol dos países avançados. Mas a verdade é que
estamos apenas seguindo o mesmo caminho de destruição que sociedades antigas
trilharam. A perversão sexual é uma das últimas gotas para o transbordamento do
cálice da ira de Deus. Foi assim com Sodoma e Gomorra, com a civilização
antediluviana, com a Grécia e com Roma.
Que
esse momento triste da nossa televisão nos desperte para o fato de que “Vai
alta a noite, e vem chegando o dia. Deixemos, pois, as obras das trevas e
revistamo-nos das armas da luz. Andemos dignamente, como em pleno dia, não em
orgias e bebedices, não em impudicícias e dissoluções, não em contendas e ciúmes;
mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para a carne no
tocante às suas concupiscências.” (Rom. 13:12-14)
A
Serviço do Mestre,
Pr.
Jenuan Lira.
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