OS PERIGOS DA BABILÔNIA
Mais
um marco na história depravada do nosso país foi fincado com a cena do beijo
homossexual protagonizada pelas anciãs
Fernanda Montenegro e Nathália Timberg. A ousadia do mal não reconhece
barreiras éticas nem morais e avança sem o menor pudor.
Ao
ouvir os rumores do ocorrido, fui tomado por duas sensações diferentes: repúdio
e espanto. O repúdio deve-se à feiura e inadequação da cena, especialmente por
ter sido representada por duas senhoras com mais de oitenta anos. Quando
anciãos se tornam modelo de anarquia, podemos dizer que já se desfez a fibra
moral de uma sociedade. Mas o espanto deve-se à reação da comunidade
evangélica, que às vezes age intempestivamente sem levar em conta a malignidade
do pecado.
Quando
me refiro ao espanto com a reação evangélica, estou querendo dizer que a
multiplicação mal nos últimos dias não deveria nos assustar tanto. O que se pode esperar de um mundo que “jaz no
maligno?”. Nisso me uno a Jó que
pergunta: “Quem da imundícia
poderá tirar coisa pura? Ninguém!” (Jó 14.4). A cena moralmente agressiva é apenas a ponta
do iceberg. Coisas piores estão por vir. Por isso, não entendo bem a reação de
alguns com suas notas de repúdio e campanhas de boicote à rede globo. Deixar de
consumir o material corrompido da rede globo e de outras emissoras deveria ser
parte da rotina normal de todos os lares cristãos. Campanha de abstinência só
faz sentido se ainda desperdiçamos nosso precioso e escasso tempo com as
futilidades da televisão.
Existe
uma armadilha do inimigo que às vezes nos pega: a tentação de viver em combate
constante contra as ‘novidades do mal.’ Já fui vítima dessa isca e por isso
hoje sou mais cauteloso. Quando aparecia uma novidade maligna eu corria no meu zelo
mal orientado comprando materiais de combate e gastando muito tempo em
desarticular a armadilha diabólica. Isso terminava consumindo minhas energias e
me deixava desgastado para me aprofundar na verdade. Conheço um caso triste de
um palestrante que resolveu se tornar autoridade no combate ao homossexualismo,
mas infelizmente terminou caindo nessa armadilha, chegando a abandonar a
família e a fé. Devemos estar atentos aos riscos do mal, mas somente até certo
ponto, pois o conhecimento profundo do mal pode nos contaminar. Além disso,
espalhar demais a podridão do mal pode ter o efeito de contaminar aqueles que
ainda não tinham sido despertados. Juntar os evangélicos e sair em passeata
contra o homossexualismo pode ser a melhor forma de dar visibilidade à causa
gay e entrar num embate inútil.
Então,
deixamos o pecado de lado e nos tornamos presa fácil das suas artimanhas?
Absolutamente, não! A capacidade de discernimento para detectar o mal deve ser
aguçada em cada cristão. Mas devemos usar outra estratégia. Pessoas que
trabalham na investigação de dinheiro falso não vivem estudando cada cédula
falsificada que aparece no mercado. Estudam
com afinco as características das cédulas verdadeiras: textura, cor, marcas
ocultas, formas e desenhos, etc. Quem conhece o certo, logo identificará o
errado.
Creio
que já fui claro o bastante, mas prefiro enfatizar para evitar equívocos: Conheçamos
e prossigamos em conhecer a Cristo! Para enfrentar as trevas, Ele é a Luz; para
enfrentar a mentira Ele é a Verdade; para enfrentar a morte, Ele é a
Ressurreição e a Vida. Nele estão ocultos todos os tesouros da sabedoria e do
conhecimento (Colossenses 2.3). Conhecendo a pureza e santidade de Cristo
podemos assumir a postura do salmista que afirmava “não porei
coisas injustas diante dos meus olhos” (Salmo 101.3). Se esse for o nosso
estilo de vida, estaremos livres da Babilônia e de todos os demais materiais
contaminados que chegam a nós até mesmo por meio de jornais e informativos em
geral. Não precisamos de campanha contra a Babilônia, precisamos de coerência
com aquilo que cremos.
O bem é o melhor antídoto para conter
o mal (Romanos 14.21). Onde a Verdade se instala a mentira não impera. Lutar
contra a Babilônia em si não é a melhor estratégia, pois os homens são peritos
‘inventores de males’ (Romanos 1.30). Quando a Babilônia sair de cena, outro
‘império do mal’ vai se levantar, exatamente como foi representado na estátua
que apareceu no sonho de Nabucodonor, antigo imperador babilônico em Daniel
capítulo 2. Nas diferentes partes da estatua composta de vários materiais se
representavam os impérios que sucederiam ao babilônico, incluindo o último, que
é o império do Anticristo. Mas a parte mais interessante do sonho não foi a
grandeza da estátua, mas a pequena Pedra que, cortada sem auxílio de mãos, feriu a estátua, a partir dos pés, esmiuçando
cada reino anterior, os quais se tornaram como “palhas das eiras no estio... e o vento os levou, e deles não se viram
mais vestígios.” Quanto à Pedra, “tornou-se
me grande montanha, que encheu toda terra”. “... E a
Pedra era Cristo” (1 Coríntios 10.4).
Irmãos, corramos para a Rocha, Ele
tomará conta da Babilônia.
A serviço do Mestre,
Pr.
Jenuan Lira
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