terça-feira, 20 de março de 2018


A BELEZA QUE DEUS REJEITA

Será que em lugar de perfume haverá podridão, e por cinta, corda; em lugar de encrespadura de cabelos, calvície; e em lugar de veste suntuosa, cilício; e marca de fogo, em lugar de formosura.” (Isaías 3.24)

A mensagem do juízo de Deus sobre as filhas de Sião em Isaías 3 não poderia ser mais atual. Até parece que o profeta estava em uma loja de cosméticos, e acessórios femininos, como as que encontramos nos modernos centros comerciais. O profeta faz de turbantes, joias, vestido de festas, mantos, xales e bolsas. Por pouco não encontramos  menção as marcas  Arezzo, Mac ou Louis Vuitton.
O leitor descuidado poderia chegar a pensar que Deus tem aversão à atratividade da beleza feminina, muitas vezes ressaltada por cosméticos e adereços. Certamente este não é o caso, exceto quando a beleza exterior se torna um fim em si mesma, ganhando precedência sobre o homem interior, que deve ser 'unido ao incorruptível trajo de um espírito manso e tranquilo, que é de grande valor diante de Deus.” (1Pedro 3.4) Se o coração da mulher estiver adornado com a beleza da santidade de Deus, os perfumes e cosméticos, quando usados, apenas atrairão olhares para Cristo. 
Infelizmente, não era este o caso no tempo do profeta Isaías. A nação havia virado as costas para Deus. A mensagem dos profetas caía em ouvidos surdos e corações endurecidos. O temor do SENHOR já se havia perdido e as marcas da corrupção espiritual se manifestavam em todas as coisas, inclusive nos valores que ditavam a moda feminina. Os produtos de embelezamento das  mulheres eram simples indicativos da vulgaridade espiritual e social que já não podia ser contida. As mulheres do povo de Deus estavam se vestindo como as mulheres dos povos pagãos.  A aparência exterior era tudo que contava e a vaidade estava acima de tudo.
Claramente, a extravagância nas vestimentas das mulheres revelavam o descompasso espiritual do povo. Com os valores corroídos, os homens e as mulheres passaram a dar à aparência um valor exagerado. O desejo de estar sintonizada com as tendências sociais consumia as forças e os recursos das mulheres. A fineza dos xales em combinação com bolsas e cintos caros era a norma no universo feminino. Cada detalhe da aparência deveria ser observado religiosamente. Fugir aos ditames e tendências dos produtores da moda era um sacrilégio. A etiqueta na bolsa e a essência de perfumes caros era quase uma questão de sobrevivência. Foi contra esse espírito de vulgaridade que o profeta de Deus se levantou. Toda essa efusividade feminina carnal era abominável aos olhos do SENHOR. A adoração do exterior havia tomado o lugar de Deus e, por isso, o SENHOR promete destruir a vã beleza das mulheres de Israel. Os perfumes seriam substituídos por um odor horrível; os cintos por cordas que arrastam os cativos; a encrespadura de cabelo seria trocada por calvice e as vestes suntuosas por pano de saco.
Como as palavras, nossa aparência exterior também revela nosso coração. Quando Cristo nos alcança, até nosso gosto muda. Não somos mais escravos das normas e etiquetas sociais que, na sua maioria, servem apenas para esconder a vaidade do nosso coração corrompido. Lamentavelmente, como aconteceu no Éden, as mulheres continuam sendo iludidas e os homens continuam calados. Parece que já não há mais divisores morais e espirituais que identificam o povo escolhido de Deus, chamado a brilhar como luzeiros, no meio de uma geração pervertida e corrupta.
 Devemos ter cuidado, pois o mundo nem sequer entende a expressão ‘beleza da santidade’, que descreve o nosso Deus. Para o mundo, se é belo não é santo; se é santo, não pode ser belo.  Mas,  não é esse o pensamento dos que são chamados para ser santos, os quais, acima de tudo, buscam agradar a Deus e estão prontos a rejeitar “…  até a roupa contaminada pela carne.(Judas 23).
Que Deus nos livre da beleza que Ele abomina, pois “Enganosa é a graça, e vã, a formosura, mas a mulher que teme ao Senhor, essa será louvada.” (Provérbios 31.30)

A serviço do Mestre,
Pr. Jenuan Lira.


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