“Naquele tempo falou Jesus,
dizendo: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas
coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos...” Mt 11.25.
Cientistas
estão em festa. Depois de perseguir uma pequena partícula subatômica por mais
de 50 anos, anunciam com triunfo a sua aparição. É o chamado bóson de Higgs,
nome do cientista inglês que teorizou profeticamente a sua existência.
Mas
nem tudo são flores. Apesar da grande euforia, é preciso que se admita que
ainda “tem umas pedras no meio do caminho”. A primeira é aquele onipresente “será?” que nunca deixa de mostrar sua
cara nas celebrações triunfais de certas descobertas científicas. Conforme
Denis Oliveira Damázio, físico brasileiro que trabalha no laboratório do LHC, o
maior acelerador de partículas do mundo, explica: “Precisamos de mais alguns
anos para conhecer todas as características dessa nova partícula para podermos
afirmar sem nenhum risco de errar que se trata de um Higgs”. E se não for?
Neste caso, como já aconteceu noutras ocasiões, ao invés de dar respostas, a
partícula vai suscitar inúmeras perguntas, fazendo surgir um novo campo de
estudos científicos.
Outra
pedra no sapato dos cientistas é o nome que caiu no gosto popular “partícula de Deus”, uma vez que, segundo
a suposição do Big Bang, essa partícula seria responsável por impedir que o
universo ficasse eternamente reduzido ao tamanho de uma laranja altamente
energizada. Parece até uma ironia divina que, depois de tanto esforço para fundamentar
uma teoria que nega a realidade do Criador, os cientistas vejam o nome de Deus estampado
nos resultados das suas pesquisas mais complexas. Como não poderia deixar de
ser, a menção da expressão “partícula de Deus” no momento da apresentação do
suposto Bóson de Higgs não agrada nem um pouco o diretor-geral da Organização
Europeia para Pesquisa Nuclear, Rolf Heuer. Por isso, sua reação foi rápida: “Esse é um painel onde as metáforas são
banidas”. O desvendamento das
entranhas atômicas expõe também as entranhas da alma humana em rebeldia contra
o Criador. É como se o nome de Deus fosse um próton carregado positivamente,
que imediatamente é repelido pela negatividade dos elétrons do coração humano.
Sem dúvida a descoberta é
admirável. Ninguém será tolo suficiente para achar que essa investigação deva
ser reputada como um dado banal. Absolutamente! As verdadeiras pesquisas
científicas não podem ser vistas como ameaça sob nenhuma ótica. O problema não
está nos fatos, mas na interpretação deles. No caso em vista, a partícula será
computada, pela fé, como um fundamento elementar responsável por conferir caos
ao dito Big Bang, o que representa uma tremenda injustiça à partícula achada.
Ela será usada e abusada para sustentar um artigo de fé, pois a propalada
explosão que teria dado início ao universo, não é um fato, mas uma teoria,
abraçada por alguns cientistas, que creem na inexistência de Deus. Esquecem os
cientistas que a tal partícula só foi achada por causa da ordem maravilhosa em
que operam as leis naturais. Sem ordem, a matemática não pode antecipar a nada,
pois a incerteza dominaria até mesmo a simples adição de dois mais dois. Neste caso, o chamado
bóson de Higgs, símbolo da ordem subatômica, está servindo para fundamentar a teoria
da desordem.
Vendo
o esforço dos cientistas que investem anos para saudar a descoberta de uma “partícula
de Deus”, alegro-me em perceber a poderosa atuação do Espírito Santo no coração
do crente, que não apenas contempla partículas, mas conhecem o Ser de Deus,
revelado na Sua Palavra, que é infinitamente muito mais glorioso do que as
impressionantes maravilhas da criação.
“... Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado” Mt 11.26.
A serviço do Mestre,
Pr. Jenuan Lira
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