sexta-feira, 20 de novembro de 2015

PRAY FOR BRAZIL

... também te dei como luz para os gentios, para seres a minha salvação até à extremidade da terra.” (Isaías 49.6)

Depois dos ataques terroristas sexta passada, a frase ‘pray for Paris’ (‘ore por Paris’) tornou-se um mote universal, assumindo a primeira posição no ranking de postagens nas redes sociais. A frase chama a atenção por relacionar aproximar dois polos auto excludentes: A cidade de Paris e a oração. O clamor por Paris é cheio de significado e mostra que no momento do desespero o que resta da revelação de Deus no coração dos homens, mesmo nos mais indiferentes, vem à tona. Quando a misericórdia de Deus não sensibiliza os homens, a dor é faz muito bem esse papel. Mas a dor que toca também na sensibilidade de Paris, também mexe com meus sentimentos.

                Pensar no terror na França e em várias partes do mundo muçulmano é apenas parte da necessidade. É preciso dar um passo além: “Quem vai penetrar no mundo islâmico com o Evangelho da paz?” É nesse ponto que a oração cruza o atlântico e o nossos Brasil encontra seu lugar no centro da intercessão.

                Há cerca de dois anos, o Brasil passou a ocupar o segundo lugar no ranking das nações que mais enviam missionários, sendo ultrapassado, por enquanto, apenas pelos Estados Unidos. As razões imediatas podem ser humanas, mas a explicação final é divina: a providência de Deus. Foi o Rei das Nações que ao longo dos séculos preparou cuidadosamente os componentes históricos e sociais, a fim de que no século 21 viéssemos a ser a mais promissora força missionária para alcançar todos os povos.

                Com segurança podemos afirmar que o missionário brasileiro é o que tem as maiores chances de alcançar os confins da terra neste estranho início de século. O Brasil atrai pelo seu tamanho, agrada pela sua história e apaixona pelo seu coração. Quando o mundo pensa no Brasil logo se visualiza um povo marcado pela cordialidade,  simpatia e hospitalidade. O binômio Brasil-futebol, ainda que meio desgastado desde o desastre dos inesquecíveis 7 a 1, é uma chave que abre o coração das nações para nos receber alegremente. Da explosiva e inusitada mistura de brancos, negros e índios surgiu uma comunidade humana singular, que se tornou uma nação, apesar das inúmeras impossibilidades sociais, culturais, econômicas e geográficas. Na formação e trajetória do povo brasileiro podemos ver o dedo Deus. Não somos o que somos por acaso. O SENHOR  da Seara sabia desde a eternidade que para encarar os desafios de missões do século 21 seria preciso uma nação com o nosso DNA. Por isso, aqui estamos; e por isso, aqui não podemos ficar.

                Quando observamos esse ‘gigante pela própria natureza’, notamos que a posição privilegiada que ocupamos no contexto missionário mundial nos coloca numa assustadora inegável espiritual. A crise econômica, a falência moral, a carência de líderes nacionais e a maligna corrupção tem raízes também invisíveis, devendo ser entendidas também à luz da batalha espiritual.  Sem dúvida, as foças espirituais do mal desejam neutralizar nosso potencial e já tem causado considerável estrago. Como explicar, por exemplo, o avanço ousado do falso evangelho? Como justificar a dificuldade em promover uma conjunção de forças a partir dos que pregam a verdade das Escrituras? Como entender a pouca visão de reino e o materialismo no meio dos que formam Igrejas conservadoras? As respostas mais abrangentes devem ser buscadas nos domínios espirituais. O Brasil tem potencial, por isso o reino das trevas se levanta contra nós.

                Somo, sim, ‘um país tropical, abençoado por Deus’. Deus nos fez como somos, para que possamos cumprir a Sua missão de fazer o mundo saber que Ele é o Deus Único e Verdadeiro, “... Salvador nosso, esperança de todos os confins da terra e dos mares longínquos...” (Salmo 65.5).

Então, pray Paris, mas também pray for Brazil... please!!!

A serviço do Mestre,


Pr. Jenuan Lira.