terça-feira, 27 de março de 2018


CONTENTAMENTO E GRATIDÃO

Em tudo, dai graças…” (1Tes. 5.18)

              O que significa ter um chuveiro elétrico instalado no banheiro? Para alguns, apenas um detalhe insignificante. Mas, para a irmã que, por motivo de saúde, há muito esperava esse benefício, não se tratava de um pequeno detalhe, mas de “um sonho realizado.” 

Ter um sonho realizado por meio de uma pequena manifestação da bondade de Deus é uma das recompensas de não termos tudo que desejamos. Quem não tem necessidade, também não tem a alegria de ver a mão de Deus suprindo os mínimos detalhes; quem nunca sentiu sede, como será grato por um copo d’água? Por isso, os que mais têm, em geral, tem vidas mais áridas. Suas muitas posses matam o contentamento: não existem expectativas, nem sonhos, nem desejos por vir. Tudo já se encontra na conta bancária, inclusive a falta de gratidão a Deus.

Um grande perigo da abundância material é acharmos que Deus só está sendo bondoso quando nos concede grandes coisas. Nessa condição é fácil esquecer o preceito bíblico dado por meio do apóstolo Paulo: “Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes.” (1Timóteo 6.8). O texto claramente mostra que contentamento não deveria estar ligado à abundância material, assim como, também, a gratidão não deveria ser proporcional ao valor monetário da provisão divina.   

Temos a tendência de desprezar as bênçãos ‘pequenas' e rotineiras que o SENHOR graciosamente nos concede. Mas, a verdade é que “nele existimos e nos movemos’, ‘nele tudo subsiste’, ‘… porque dele por Ele e para ele são todas as coisas.’ Se lembrarmos o encontro entre Deus e o profeta Elias no monte Horebe (1 Reis 19.1-18), aprenderemos lições preciosas sobre a manifestação simples de Deus aos Seus servos, especialmente quando achamos que chegamos ao fundo do poço, chegando ao ponto de pensar que o melhor é morrer, como fez o profeta deprimido. Por convite do SENHOR, Elias se pôs à porta da caverna, pois Deus ia encontrar-se com ele (v.11). Inicialmente, Elias contemplou feitos poderosos e assustadores: um fortíssimo vento, um terremoto e um fogo abrasador. Mas Deus não estava em nenhum desses fenômenos. Finalmente, como lemos no verso 12, veio um “cicio tranquilo e suave”, e foi nessa brisa calma que Elias ouviu a voz de Deus. Quando não conseguimos ver Deus realizando os grandes desejos da nossa alma, devemos lembrar que Deus continua conosco, presente e atuante nas pequenas coisas. O SENHOR é o Deus dos céus e da terra, de longe e de perto. Ele é transcendente e imanente, pois “… assim diz o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome de Santo: Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e vivificar o coração dos contritos.” (Isaías 57.15) Não limitemos Deus às coisas grandiosas, embora saibamos que Ele as faz. Mas, louvemos ao SENHOR pelas bênçãos ‘pequenas e rotineiras’, pois o que nos parece pequeno, simples e gratuito tem valor inestimável.

Anos atrás, em viagem por um país africano, tive o privilégio de ter que tomar um banho diferente. Depois de um dia muito quente, andando por ruas poeirentas, chegamos a nossa pousada e descobrimos que estava faltando água. Havia um pequeno tambor com alguns litros do precioso líquido, mas não o bastante para todos nós. Assim, experimentamos na pele o processo de reaproveitamento de água. Fechamos o ralo da banheira, para reaproveitar a água já usada pelos que iam tomando banho primeiro. A água lamacenta armazenada usamos para tirar a terra no corpo. Graças a Deus, cada um teve a bênção de poder usar uns 3 litros de água limpa. Assim, lavamos a cabeça e conseguimos retirar a sujeira que a água reciclada deixou. Até hoje, poucas vezes tomo banho sem lembrar aquela experiência, dando graças a Deus quando vejo a água descer pelo chuveiro. Talvez tenha sido essa aventura na África que me fez apreciar o sonho do ‘chuveiro elétrico.’  Se o fato de não ter que tomar ‘banho de cuia’ já nos deveria alegrar, imagine tomar um banho em ‘chuveiro milagroso’, que aquece a água… é bênção demais!

Ter como motivo de gratidão a oportunidade de tomar um banho quente, infelizmente, não é comum nesses dias de ingrata abundância. Como temos muito, esquecemos que Deus é a Fonte e Razão de toda boa dádiva. Não esqueçamos: O pão nosso de cada dia continua sendo fruto da bondade de Deus e não um direito adquirido.

A serviço do Mestre,
Pr. Jenuan Lira.







QUANDO MATAR NÃO É NÃO BASTANTE 
“E, por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes… insensatos, pérfidos, sem afeição natural e sem misericórdia. (Romanos 1.28,31)
Foi uma cena real, embora coubesse perfeitamente em um bizarro pesadelo. Enquanto a família chorava seu morto, um grupo de delinquentes, fortemente armado, invadiu o local do velório, arrastou o caixão para a rua e ateou fogo no corpo. O pânico tomou conta de todos os presentes, adultos e crianças, ante a inimaginável expressão de malignidade insaciável, como se ter executado a vítima dentro da sua própria casa não fosse bastante. No submundo infernal das drogas, agora, matar já não é bastante. É preciso exterminar o próprio corpo, mutilar incinerar o corpo, fazer o possível para extinguir até a última memória da vítima.
O mistério da vida, esse inexplicável e maravilhoso dom do Criador, gera um ponto de contato entre Deus e os homens. Quando uma vida é gerada, desde o primeiro instante da sua concepção, as mãos de Deus entram em ação, tecendo o corpo, que será energizado por uma alma indestrutível, um ponto finito, que seguirá ao infinito. Na vida humana temos a mais palpável expressão do Ser de Deus na criação, a manifestação visível da Sua eternidade, bondade, poder, amor e graça. Por tudo que a vida humana representa para a revelação geral do Criador, Deus condena o homicídio como um crime contra o próprio Deus, um ataque à Sua imagem, e, por isso, deve ser punido com pena capital. Conforme Gênesis 9.6, o homicídio é um crime que desestabiliza a essência da criação, pois se levanta não apenas contra a vítima humana, mas ataca o próprio Deus, uma vez que tira a vida do ser que carrega Sua imagem. O homicídio deve receber a pena capital por sua agressão direta contra o Criador. Todo pecado agride a santidade de Deus, mas o homicídio é a forma mais atrevida e direta de pedir a Deus que se afaste de nós. Tirar a vida humana é tão sério, que até um animal, no caso de matar uma pessoa, deveria ser penalizado com a morte (Gênesis 9.5)
A ira assassina, que move um homem à louca tentativa de querer exterminar a imagem de Deus na terra, segue a história humana desde Caim. O primogênito de Adão foi o pioneiro maligno na arte de se vingar de Deus, tirando a vida do próximo. Como ainda não havia se estabelecida o governo humano, entidade apta para aplicar o justo castigo, um assassino passou a viver livremente entre os homens, tornando-se modelo para outros seguirem seu caminho mal. Tendo tal modelo, não demorou muito para que Lameque, neto de Caim, chegasse ao ponto de se orgulhar perante suas mulheres de ter cometido duplo assassinato por motivos banais (Gênesis 4.23). A árvore do bem cresce devagar, mas as sementes do mal germinam e frutificam espontaneamente.
A história primitiva, que, em tempo, levou ao juízo do dilúvio, se explica pelas palavras de Paulo, citadas acima. Os homens desprezaram o conhecimento de Deus, dado na Sua revelação geral, esforçaram-se por apagar qualquer vestígio da presença do SENHOR das suas vidas. Com isso, em extrema velocidade, o mal fermentou internamente no coração dos homens e extrapolou em pensamentos, palavras, atitudes e ações, tornando-se uma peste espiritual, que não reconhecia qualquer barreira. Sem governo e sem lei, cada um fazia suas próprias regras, sendo seus próprios legisladores. Assim, estava instaurada a fórmula precisa para a anarquia, que levou à imoralidade, corrupção e morte. Os homens se tornaram feras terríveis, embrutecidos, “sem afeição natural e sem misericórdia”.
O episódio da queima do cadáver foi uma indicação clara de que a sociedade está sob o domínio da morte e do mal. Como em outros casos, a cena foi filmada e veiculada nas redes sociais. Os assassinos queriam deixar bem clara sua força, intimidando seus comparsas, bem como a sociedade, em geral.
Sem dúvida, é intimidador saber que, por causa da ira contra Deus (Pv 19.3), os homens desprezam o próprio dom da vida. E, quando, não se preza pela própria vida, não é possível pensar em nenhum outro inibidor para o avançar do mal. Viver ou morrer se tornam indiferentes. Em meio a tanta maldade, nossa esperança deve ser fortalecer na certeza de que, a escalada do mal é também prenúncio do juízo final e definitivo. Os assassinos podem achar que matar não é bastante, mas Deus não pensa assim. Matar é mais do que bastante! Brincar com a morte é exceder a medida da iniquidade, chegando ao limite da paciência divina. E, quando o cálice transbordar, justiça será feita e o povo de Deus receberá alívio eterno, pois assim disse o profeta: “Mas para vós outros que temeis o meu nome nascerá o sol da justiça, trazendo salvação nas suas asas; saireis e saltareis como bezerros soltos da estrebaria.” (Malaquias 4.2)

  Até quando, SENHOR? Vem, SENHOR Jesus!
A serviço do Mestre,
Pr. Jenuan Lira



CRIADOS PARA MATAR:
A SENSIBILIDADE MORTAL DOS PEQUENOS ASSASSINOS
Porquanto dizeis: Fizemos concerto com a morte e com o inferno fizemos aliança; quando passar o dilúvio do açoite, não chegará a nós, porque pusemos a mentira por nosso refúgio e debaixo da falsidade nos escondemos.” (Isaías 28.15)
Era o dia 20 de outubro de 2017, por volta da 11:40 da manhã, numa escola infantil na cidade de Goiânia. Aproveitando os últimos momentos de concentração da turma, antes da já esperada agitação que antecede o toque final, a professora explicava o dever de casa. O que ela não sabia era que, para alguns dos meninos, não haveria amanhã. Alguns deles não teriam chance de fazer as tarefas, nem sequer ir à escola, pois, enquanto a professora preparava as crianças para a vida, um colega as queria destinadas à morte. E foi assim que, de posse de uma pistola e bastante munição, um menino de 14 anos levantou-se da carteira, bradando: “Vocês vão morrer”. A seguir, sem perda de tempo, descarregou os projéteis da sua ira e da sua arma contra os colegas. Dois morreram na hora, outros quatro ficaram feridos, dentre os quais uma garota que ficou paraplégica. 
Enquanto a mídia nos informa que o garoto assassino afirma que o desejo de matar os colegas nasceu por causa do bullying que sofria, não tenho como não fazer um paralelo entre os meninos do passado e do presente. Trago vivas na lembrança as troças que fazíamos e apelidos que dávamos uns aos outros. Minhas orelhas salientes, nariz avantajado e a magreza fenomenal eram o mote perfeito para uma lista interminável de 'títulos honoríficos’, com os quais meus colegas me agraciavam. Os apelidos iam de esqueleto da maçonaria (diziam que tinha um dentro da loja maçônica da nossa cidade) até ‘sibite baleado’. Entre esses extremos, qualquer outro podia nascer pela criatividade de um moleque que notasse algo pitoresco na minha aparência, jeito ou vocabulário. Era agradável? De modo algum! Especialmente quando o apelido caía sobre mim como uma luva, sendo uma espécie de retrato falado daquele pirralho franzino, tão atraente quanto um amontoado de ossos ambulantes, que não tinha carne para fazer um pastel, como diziam alguns. Eu, que também não era santo, embora passasse essa ideia para alguns adultos, não deixava por menos. Ficava observando os colegas e fazia o meu melhor para lhes dar um bom ‘título’. Nesse tempo não havia bullying, a gente apenas ‘mangava' uns dos outros. E não adiantava ficar ressentidos, nem procurar os adultos para nos defender. Crianças do passado eram apenas crianças, não pequenos adultos. Ninguém lhes ‘enchia a bola’, nem se sentava para lhes ouvir as lamúrias e reforçar suas manhas. Assim, na falta da bajulação paterna, a gente seguia aprendendo, tornando-se mais resistentes às contrariedades da vida. Mesmo na nossa imaturidade, aprendíamos desde cedo que a vida nem sempre será fácil, que não somos o centro do universo e que as relações sociais nem sempre serão agradáveis.
Quando comparamos o passado com o presente, é óbvio que as crianças já não são as mesmas. O espaço e a influência que possuem hoje eram inimagináveis alguns poucos anos atrás. No passado, os adultos falavam e as crianças ouviam. Em caso de birras, excesso de ira ou tentativas de manipulação, Haia apenas um tratamento: Os pais usavam a técnica milenar da T.A.A.A, ou seja, 'terapia aplicada no assento da aprendizagem’. O traseiro ficava vermelhinho, e o ego humilhado. Ao contrário dos tempos idos, atualmente, as crianças são bajuladas e adoradas como semideuses. O excesso de mimos, a abundância material e a falta de disciplina fazem-nas pensar que são os seres mais importantes do universo. De maneira ativa e passiva, as crianças estão aprendendo a ter o ego inflado, à medida que são ensinadas a amar a si mesmas acima de tudo. Por isso, são hipersensíveis e não podem suportar a frustração de ouvir um "não". São adestradas para sempre ouvir "sim" a todas as suas demandas. Em caso de adultos conversando, as crianças tem autoridade suficiente para definir quem tem o poder de falar. Além disso, são consideradas capazes para decidir o que comer e o tipo de brinquedo que os pais devem comprar. Aliás, o poder das crianças tem chegado a tal ponto que os ‘inocentes' decidem até a igreja aonde a família vai se congregar. E como não? A antropologia moderna não nos ensina que as crianças são doces criaturinhas, moralmente neutras, incapazes de desejar e fazer o mal? 
Embora alguns achem que tenho aversão às crianças, porque não as permito agirem soberanamente em momentos solenes, especialmente durante o culto ao SENHOR, a verdade é que tenho problema com adultos permissivos. As crianças são a ‘imagem e semelhança’ dos pais, sem o verniz da civilidade. Quanto aos pais, são produto de um sistema que os domesticou para lutarem e competirem pelos primeiros lugares. Nada lhes deixa mais plenos dos que os holofotes da fama e da produtividade. Querem ser vistos como estando sempre acima da média, sendo servidos e paparicados. Quando alguém lhes contraria ou pisa no seu pé, o primeiro ímpeto é pegar as armas e tirar satisfação. São importantes demais para levar desaforo para casa. Não usam literalmente uma pistola, mas diante de Deus e dentro do coração, são matadores profissionais. Enquanto isso, os filhos os estão observando e recebendo todo estímulo assassino. Como se não bastasse o doutrinamento do mundo, as crianças recebem também o impacto letal de pais mimados. Lamentavelmente, esse é o cenário da nossa sociedade. Por isso, com pesar afirmo: o triste episódio de Goiânia vai ser cada vez mais frequente.
Pais, se por seu exemplo, atitudes e palavras seu filho aprendeu que ele deve viver acima das regras, tendo o mundo aos seus pés, faça-nos, ao menos, um favor. Esconda muito bem as suas armas e, de vez em quando, examine a mochila da criança, para ter certeza de que pistolas, fuzis e revolveres não estão misturados ao material escolar.
A serviço do Mestre,
Pr. Jenuan Lira.






quarta-feira, 21 de março de 2018


POLÊMICA DO QUEER MUSEU:
O MELHOR PROTESTO

                  Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; o justo continue na prática da justiça, e o santo continue a santificar-se.” (Ap. 22.11)

A polêmica é nova no Brasil, mas a perversão é antiga. Os fazedores de opinião calcularam errado a extensão da aceitação da ideologia LGBT e passaram da conta. Mas, como sabemos, em outras terras mais ‘evoluídas’, a arte de Sodoma e o glamour de Gomorra já estão bem acomodadas à cultura popular.
Embora concorde com o cancelamento da exposição, especialmente por saber que alguns dos meus suados reais foram canalizados para esse repugnante projeto de ‘incentivo cultural’,  fico temeroso com a forma como os cristãos protestaram. Por isso, decidi retornar a Apocalipse 22.11, a fim de encontrar a forma mais bíblica de entender e reagir ao evento. 
Naturalmente, as palavras de Apocalipse 22.11 não são um endosso à injustiça e à imundície. Com apenas uma pitada de boa hermenêutica, qualquer um poderia perceber isso. Na verdade, o versículo está fazendo uma constatação do cenário prevalecente nos últimos dias. Colocando um smartphone nas mãos do o apóstolo João, embora tema que ele não iria querer, diríamos que João fez um snapshot da situação social nos dias finais. Por não querer levar em conta o fato de que o juízo está às portas, que ‘certamente cedo venho’, os homens continuarão promovendo a injustiça e produzindo ‘arte' imunda. Portanto, a exposição do Santander, é apenas uma amostra da essência do coração humano. A tampa de uma fossa não torna potável a água no seu interior. A exposição foi, a rigor, um levantar de tampa. Evidentemente, o cheiro é horrível, e melhor teria sido se nos tivessem poupado de tanta impureza, mas não pensemos que estamos diante de uma exceção. Como Davi disse a Saul, “Dos perversos procede a perversidade, diz o provérbio dos antigos(1Samuel 24.13).
Aqui cabe um alerta: O mal prospera tanto na obscuridade, quanto na publicidade. Nesse caso específico, o ganho está vindo pela segunda opção. Entendo que era necessário o alerta pelas redes sociais, mas até isso precisa ter limites. Se, como diz Paulo em Romanos 7.11, o pecado tira proveito até do mandamento para ‘me matar’, quanto mais irá aproveitar-se da sua própria divulgação? As redes sociais estão espalhando o vírus da perversão para pessoas com defesas baixas. Muitas criança, por exemplo, que não sabiam o que era zoofilia, agora sabem. Ganharam informação do mal antes do tempo. O risco da infecção na alma é enorme.
Mas, voltando a João, descobrimos que existe uma forma poderosa pela qual o povo de Deus pode protestar contra essa exposição e contra todas as outras que já devem estar no forno. O proposta é fazemos o protesto do sal: silencioso, consciente e eficaz. Esse é o protesto da vida santa, que, como o sal, no Salmo 19, não pronuncia uma palavra sequer, mas ‘por toda terra se faz ouvir a sua voz.’ Com fazer isso? ‘… o justo continue na prática da justiça, e o santo continue a santificar-se’. O mal teme o bem, como a luz foge das trevas. O povo de Deus tem nas mãos a poderosa arma das boas obras e da santidade. Discursar contra o mal, não prova que vivemos o bem. A fala e a vida podem andar por caminhos opostos. Por isso, muitos que estão gritando na câmara contra a imoralidade no museu estão sendo chamados de hipócritas, e a razão é simples: alguns não tem moral para defender a moral.
Viver em santidade e justiça é o nosso grito de protesto. Como está minha comunhão com Deus por meio da meditação, memorização e aplicação da Palavra? Alguma decisão firme quanto à oração? O que tenho permitido entrar na minha mente? Como está minha comunicação… os meus lábios estão produzindo somente o que transmite graça? Minha alegria está no SENHOR?  O ajuntamento dos santos é o meu prazer? Minhas iniquidades estão sempre diante de mim, motivando-me à confissão constante? Meu tempo, meu corpo, meu dinheiro e todos os meus recursos estão à disposição do SENHOR? Tenho vigiados os olhos do meu coração, contemplando e desejando somente o que agrada a Deus? É assim que a Igreja de Cristo lança sua maior ofensiva contra a perversão da ideologia de gênero e coisas similares. Como bem nos diz o profeta Isaías… “Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos; cessai de fazer o mal. Aprendei a fazer o bem..” (Isaías 1.16-17a).
Então, vamos fazer um protesto realmente eficaz? Vamos dar o troco ao Santander e os demais promotores da perversão?  Pois já temos dia e local para uma grande manifestação. O dia é o domingo e o local é a Igreja de Cristo. Nosso guia, o Espírito Santo; nossa cartilha de protesto, a Palavra de Deus; nosso grito, vozes unidas em adoração a Cristo. Como a luta é ferrenha e o mal está avançando rapidamente, precisamos fazer o máximo no mínimo de tempo que teremos. Nada de mera distração social e espírito indolente, movido pela conveniência. Ao contrário, vamos nos preparar por meio da oração e ser diligentes em chegar até antes da hora marcada. Imagino alguns perguntando… 'O culto resolve ou preciso acrescentar a Escola Dominical’? Bem,  depende de quão realmente você está comprometido com a nossa ofensiva e da mensagem que você quer passar aos seus filhos. Quer ensiná-los a serem bons combatentes ou apenas ‘protestadores' de conveniência? Pense um pouco e logo terá sua própria resposta.
Pois estamos acertados…  guerra ao mal com a arma da santidade! Avante, companheiros! ‘Certamente cedo venho’!
A serviço do Mestre,
Pr. Jenuan Lira