sábado, 30 de maio de 2015

A TRISTE CEGUEIRA DA INCREDULIDADE
E, voltando-se para os seus discípulos, disse-lhes particularmente: Bem-aventurados os olhos que veem as coisas que vós vedes.” (Lucas 10.23)

               
                Crer é sobrenatural. Enxergar a verdade espiritual revelada nas Escrituras é um ato de graça divina, pois “... não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia” (Romanos 9.16).

                O milagre da verdadeira crença em Deus se ilustra nos cerca de onze quilômetros que separava Jerusalém da aldeia de Emaús (Lucas 24.13-35). Cleopas e seu companheiro seguiam confusos. Tudo tinha sido um sonho real, ou uma realidade sonhada? Eles acompanharam o ministério de Jesus de Nazaré, o Profeta há pouco crucificado, poderoso em “obras e palavras, diante de Deus e de todo povo.” Agora, no entanto, experimentavam a estranha sensação de não entender o que realmente tinham experimentado. O que tinha realmente acontecido? Quem era Aquele Profeta? Por que a cruz? Esses discípulos, como acontece com todos os homem, percebiam os fatos, mas não captavam o sentido. Estavam envoltos numa misteriosa ambiguidade, pois “os seus olhos estavam como que impedidos de ver” (Lc. 24.16). A incredulidade afetava a percepção, barrava o conhecimento e impedia a adoração.
                Enquanto seguiam, o próprio SENHOR Jesus se aproxima dos discípulos confusos e pergunta sobre o que conversavam. O desânimo é visível, e a cegueira também. Antes de sair de Jerusalém, eles tinham sido notificados do incrível relato das mulheres dando conta do ‘sumiço do corpo’. Além disso, já sabiam de outros que tinham ido ao sepulcro e verificado a exatidão do relato das mulheres. Mas a cegueira era tal que, nem a incrível aula de panorama do Antigo Testamento dada pelo próprio Cristo foi suficiente para lhes fazer ‘arder o coração.’ Essa terrível condição de cegueira espiritual só será vencida quando o SENHOR lhes restaurou a visão no partir do pão. Naquele momento a venda caiu dos olhos e eles puderam distinguir a realidade nitidamente.
                O problema dos discípulos no caminho de Emaús é o mesmo de todos os homens. Em se tratando de verdades espirituais, somos todos “néscios e tardios de coração para crer tudo que os profetas disseram.” (Lc. 24.25). Sem o toque milagroso do Espírito de Deus que nos abre os olhos do coração, somos como o cego que, antes de receber a cura completa, ‘via os homens como árvores’ (Mc. 8.24). Em nosso estado natural, não cremos nas Escrituras, e nem podemos crer, pois até mesmo a fé que leva à crença é dom de Deus (Ef. 2.8).  
                Os dois discípulos viajantes recobraram a visão, mas o SENHOR ainda precisou insistir com a cegueira dos demais. Mesmo com a oportunidade de ver e tocar nas mãos e nos pés de Jesus, as dúvidas do coração permaneciam. O problema não era a falta de evidência, mas falta de fé, pois, para quem não crer nenhuma prova é suficiente. Não era uma questão de pouca informação, mas de muita dureza de coração. Era necessário crer para entender, mas eles não conseguiam por lhes faltar fé. Somente depois de Jesus lhes ter aberto “o entendimento para compreenderem as Escrituras”, as coisas começaram a fazer sentido.  
                Não existe maior milagre do que a capacidade de crer nas Escrituras. Somente por uma intervenção sobrenatural é que o homem natural, pecador, espiritualmente cego consegue ter entendimento espiritual. Entregue a si mesmo, nenhum homem seria capaz de se submeter ao senhorio de Cristo. Conhecer a Deus é obra de Deus.  Por essa razão, homens com invejável capacidade mental, sábios e entendidos nas mais diversas áreas do conhecimento, simplesmente não conseguem ter a sabedoria espiritual revelada pelo Pai Celeste aos pequeninos que creem nEle (Mateus 11.25).
                Pressionados pelo materialismo, somos tentados a esquecer que dependemos do Espírito Santo “... para que conheçamos o que por Deus nos foi dado gratuitamente.” (1 Coríntios 2.12). Sem a comunhão com o SENHOR por meio da Sua Palavra, iluminada pelo Espírito, perdemos percepção espiritual, e somos envolvidos pela cegueira da incredulidade. Assim, como os discípulos no caminho de Emaús, caímos em confusão, procurando encontrar sentido nos fatos da vida que se mostram completamente desconexo. 
                Uma vez tendo recebido a luz do céu, nada mais deteve os discípulos. A despeito dos riscos, partiram até aos confins da terra levando o testemunho de Cristo, pois agora tudo era muito claro. A luz celeste havia resplandecido nos seus corações, revelando o conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo (2 Coríntios 4.6). Eles tinham recebido o dom da fé e podiam crer nas Escrituras. Eram pessoas simples, humildes e sem expressão aos olhos do mundo. Sabedoria humana não possuíam, mas cada um podia afirmar com intrepidez: “...uma coisa sei: eu era cego e agora vejo” (João 9.25).

                O milagre aconteceu! Podemos ver! Louvado seja Deus!
                A serviço do Mestre,
                Pr. Jenuan Lira.




sexta-feira, 22 de maio de 2015

UMA PORTA NO CÉU

Depois destas coisas, olhei, e eis não somente uma porta aberta no céu, como também a primeira voz que ouvi, como de trombeta ao falar comigo, dizendo: Sobe para aqui, e te mostrarei o que deve acontecer depois destas coisas.” (Apocalipse 4.1)

                Eram tempos difíceis, tempos apocalípticos. Exilado em uma ilha por causa “da palavra de Deus e do testemunho de Jesus”, o apóstolo João sofria com o cenário político desalentador. O ‘poderoso e indestrutível’ império romano fazia e acontecia. Seus imperadores, à semelhança do juiz iníquo da parábola de Jesus, ‘não temiam a Deus, nem respeitavam homem algum”  (Lc. 18.1). Ao que tudo indicava, a sorte estava lançada, pois os governantes iníquos eram a imagem do que disse o profeta Habacuque: “... pavorosos e terríveis, e criam eles mesmos o seu direito e a sua dignidade.” (Habacuque 1.7).

                Movendo-se do cenário político para o espiritual, a situação ficava na mesma. Na batalha pela verdade, o mal sempre tinha o “mando de campo.” Satanás havia conquistado muito terreno dentro da Igreja de Cristo, a única instituição que poderia verdadeiramente fazê-lo frente. O diabo, pela instrumentalidade de governantes corruptos, já tinha lançado em prisão alguns servos de Deus, da Igreja de Sardes (Ap. 2.10). Em Pérgamo, Satanás havia estabelecido seu trono, matado o líder da Igreja e contaminado a congregação com falsas doutrinas e imoralidade (Ap. 2.13-15). Em Tiatira, uma falsa profetisa, sugestivamente apelidada de Jezabel, conseguiu seduzir a igreja, apresentando-lhe “as coisas profundas de Satanás.” Enredada nas artimanhas de uma liderança pervertida, a igreja não exalava o bom perfume de Cristo, mas espalhava o odor fétido do maligno, visto que se tornara num ambiente propício à proliferação da prostituição, idolatria e heresia.

                Imagino que ao terminar a última carta, à indiferente igreja de Laodicéia, que estava a ponto de ser vomitada da boca do SENHOR (Ap. 3.16), João deveria estar desanimado.  Quem iria deter o mal? Na esfera social, as chances eram minúsculas. O governo havia abdicado do seu ‘ministério’ de se portar “como ministro de Deus, vingador, para castigar o mal.” Na esfera espiritual, o panorama era igualmente desesperador. De modo geral, as igrejas eram candeias acesas ‘debaixo do alqueire’, não no velador, como deveriam ser a fim de espalhar o brilho da glória de Deus (Mt.5.15). E ali estava João, solitário, detido numa ilha, lutando com seus pensamentos... “Como tudo isso vai terminar? Será que o mal terá a palavra final? O que será do evangelho daqui a algumas décadas? Na Sua vinda, achará o SENHOR fé na terra? Os fiéis sobreviverão?

                Quando na terra a história parece sem sentido, Deus nos convida a olhar para o céu. Tudo que João precisava era “uma porta aberta no céu”, e foi isso que Deus lhe ofereceu. De repente, toda atenção de João foi direcionada para a impressionante sala do trono de Deus. A visão é maravilhosa demais para ser descrita com nossas limitadas palavras, mas uma coisa é certa: Deus estava dizendo ao Seu servo que o trono que rege o mundo não é o de Roma, nem o de Satanás, mas o trono do “Santo, Santo, Santo, o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, aquele que era, que é e que há de vir” (Ap. 4.8).
Qualquer semelhança com fatos ou personagens reais não terá sido mera coincidência. Vivemos tempos apocalípticos, e, por isso, precisamos nos livrar do olhar que se limita às relatividades históricas que se passam, como em Eclesiastes,  ‘debaixo do sol’. Olhando assim, somos consumidos pelo temor e o pessimismo. A vida perderá seu brilho e ficaremos apáticos, ‘à toa na vida’, aprisionado na monotonia incessante do encadeamento de fatos indiferentes, que são como o vento que vem e vai, sem chegar a lugar nenhum (Ec. 1.4-5). A solução para o tédio e a desesperança do mal é a certeza de que os céus dominam.

O remédio para o apóstolo João é o mesmo que precisamos. O domínio de Deus é sempiterno. Seu trono prevaleceu na Mesopotâmia, no Egito, na Babilônia, na Pérsia, na Grécia, em Roma... e vai prevalecer no Brasil. O nosso destino não está nas mãos dos burocratas, dos políticos, dos magistrados, dos influentes, dos enganadores. As forças infernais que tentam sufocar toda verdade não triunfarão. Quando o coração de Nabucodonosor “se elevou, e o seu espírito se tornou soberbo e arrogante, foi derribado do seu trono real, e passou dele a glória” (Dn. 5.20). Humilhado, o grande monarca da Babilônia passou a morar com os jumentos, “e deram-lhe a comer ervas como aos bois, e do orvalho do céu foi molhado o seu corpo, até que conheceu Deus, o Altíssimo, tem domínio sobre o reino dos homens e a quem quer constitui sobre ele.” (Dn. 5.21).

A situação está difícil?  “Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna.” (Hb. 4.16). E, quando tivermos chegado junto ao trono oremos simplesmente: “Venha o teu reino...”. Com certeza, Ele virá!

A serviço do Mestre,
Pr. Jenuan Lira


sexta-feira, 15 de maio de 2015

O PALÁCIO E A ESTREBARIA
                               
Como regra geral, e por motivos vários, inclusive boa mordomia do meu escasso tempo, não dou a mínima atenção às notícias dos famosos desse mundo. Mas, devido a uma ‘coincidência’ entre minhas leituras dos Evangelhos, especificamente Lucas 2, e um fato marcante na família real britânica, não pude deixar de encontrar paralelos instrutivos entre o nascimento de uma pequena princesa britânica e o nascimento do grande Rei do Céu. 
Como aconteceu em 2011 quando do casamento de William e Kate Middleton, o nascimento da filha do casal, Charlotte Elizabeth Diana, no último dia 4, foi mais uma sensação glamorosa da realeza britânica, que logo se tornou um dos assuntos mais comentados no mundo. A notícia se espalhou de maneira epidêmica pelas mídias sociais, confirmando o estranho fascínio que a realeza ainda exerce no mundo.
                Comparando a sensação midiática em torno do nascimento da pequena princesa e a cena da manjedoura de Belém, não dá para não notar um disparate. Enquanto Charlote, uma distante herdeira do trono britânico, recebeu toda atenção do mundo, o Rei dos céus e da terra, Criador e sustentador de tudo que há, chegou ao mundo em condições extremamente humildes, sem ser notado sequer pelos habitantes da pequena vila de Belém. Nas sombras obscuras de uma noite comum, as criaturas descansam nas hospedarias, o Criador repousa numa estrebaria. 
                É fato que o mundo tem os olhos na realeza britânica e por ela nutre uma estranha simpatia. Pensadores e admiradores mundanos ficam intrigados com esse fenômeno, e procuram uma explicação plausível. Romances em castelos encantados, habitados por príncipes cavalheiros e heroicos estão muito mais para o mundo fantástico de Cinderela e outros contos de fada, do que para o frio e concreto mundo pós-moderno. No entanto, o fato é que o fascínio da fantasia resiste ao tempo e o mundo parou para ver o casamento dos sonhos de Charles e Diana, e continua encantado com o nascimento dos seus herdeiros.
                  Entre o castelo da princesa Charlotte e a estrebaria do Rei Jesus há muito para aprender, pois nesses dois extremos se trava a batalha pelo coração dos homens. De um lado, o apelo emotivo da fantasia, das cores, dos cheiros e dos sabores que emanam dos ‘poderosos desse mundo.’ Por outro, a convite ‘manso e humilde’ da estrebaria silenciosa, que, sem os encantos coloridos da superficialidade, mas abrindo diante dos homens as cortinas da eternidade, nos convida, dizendo: “Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o reino de Deus.” (Lc. 6.20). São apelos distintos, mas deles dependem a vida e morte. A linha que divide os dois territórios é a mesma que faz separação entre o material e espiritual, entre o visual e o real, entre o temporário e o eterno.
                O lado triste dessa história é a certeza de que a ilusão do palácio vence a realidade da estrebaria, pois o mundo gosta do encanto da grandeza, e nesse quesito o berço da princesa ganha facilmente da manjedoura do Rei. O palácio sabe que a ‘propaganda é a alma do negócio’, e aproveita dela para ganhar adeptos. Quanto à manjedoura, devido ao seu amor à verdade, não se projeta com falsas promessas, e por isso “Não contenderá, nem gritará, nem alguém ouvirá nas praças a sua voz.” (Mt. 12.19).
                Parece estranho que os reinos do mundo superem o reino de Deus, mas existe uma explicação dada pelo próprio Rei: “Onde estiver o seu tesouro, ali estará seu coração” (Mt. 6.21). O que se divulga dos palácios desse mundo reflete aquilo que os homens almejam, por mais que toda essa glória seja passageira e ilusória. O sofisticado homem pós-moderno é tão cego quanto o fora o homem de todas as épocas. Sua visão curta o impede de vislumbrar algo além das coisas que impressionam seus sentidos. A propaganda do palácio sabe disso, por essa razão está sempre empenhada em lançar uma ‘superprodução’, como se a vida fosse um enredo hollywoodiano, onde se faz tanto mais investimentos, quanto maior seja o desejo de esconder a verdade. 
Os castelos britânicos encantam, mas é a manjedoura que salva. Por isso, “Guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel.” (Hb. 10.23). Tiremos os olhos das grandezas do palácio anunciadas por homens, e voltemos os nossos olhos para a glória da manjedoura anunciada pela milícia celestial, unido a ela as nossas vozes e proclamando a plenos pulmões “Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem.” (Lc. 2.14). Jamais esqueçamos que o Rei da estrebaria em breve há de manifestar-se em glória, e nós reinaremos com Ele... “Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono.” (Ap. 3.21). Vem, Senhor Jesus!

                A serviço do Mestre,
                Pr. Jenuan Lira



sexta-feira, 8 de maio de 2015

MISSÃO DE MÃE

Todavia será preservada através sua missão de mãe, 
se ela permanecer em fé, e amor, e santificação, com bom senso
 (2 Tm. 2.15)

                 O papel da mulher e a dignidade da maternidade são temas explosivos em nossos dias. Não poucas vezes, mulheres pacíficas e controladas tornam-se ríspidas e argumentativas no momento em que o ensino bíblico sobre o papel da mulher entra em pauta. Apesar disso, e pensando no bem que resulta da verdade, não podemos fugir desse assunto, mas  examiná-lo à luz das Escrituras, ‘falar o que convém à sã doutrina’ (Tito 2.1), e assumir o risco de ‘antes obedecer a Deus do que aos homens’ (At. 5.8).

                Em 1 Timóteo 2.15, Paulo diz que a mulher ‘será preservada através de sua missão de mãe.’ É interessante o pensamento preservação da mulher, principalmente quando notamos que, no texto grego, a ideia é comunicada pelo verbo salvar, o que coloca grande importância na afirmativa de Paulo. Para melhor compreensão, notemos que, no verso anterior, Paulo lembra a cena da tentação no jardim, e afirma que Adão ‘não foi iludido, mas a mulher sendo enganada, caiu em transgressão.’ Isso não desculpa o homem, ao contrário, o torna ainda mais culpável, suguei a sugestão do tentador de maneira muito consciente. No entanto deixa evidente que a mulher é mais susceptível a cair no engano do Inimigo, e, por isso, foi estrategicamente abordada pela Serpente. Diante desse fato, a mulher deve sem empenhar em tomar medidas preventivas que lhe afastem do perigo. Existe alguma prescrição? O Escritor inspirado apresenta como medida preventiva o incrível e misterioso ministério de criar filhos. Enquanto se doa em favor dos filhos para educá-los no caminho da justiça, a mulher  abençoa e é abençoada. Seu amor pelos filhos e o profundo desejo de vê-los bem vai lhe absorver de modo tal, que o Inimigo terá menos chance de lhe ‘entreter’ com seus enganos.

Por causa do risco do engano, e não por um capricho machista, Paulo declara no verso 12: “E não permito que a mulher ensine, nem exerça autoridade de homem; esteja, porém, em silêncio.” Assumir a posição de liderança espiritual na igreja não é bom para a mulher, pois sua maior propensão a cair nas ciladas do Inimigo pode causar danos severos para ela e para o rebanho de Deus. As ordens de Paulo não visam a restringir o ministério da mulher, mas ajudá-la a se empenhar no ministério ideal para o qual ela foi criada.

                É pena que a missão de mãe, tão honrosa diante de Deus, e tão benéfica para os homens seja hoje vista até como algo indigno ou de pouca importância. Há muito as mulheres foram levadas a pensar que criar é filhos é uma perda de tempo e um desperdício de talentos. Com argumentos contrários à própria natureza, o Inimigo doutrinou a sociedade de maneira contrária aos ensinamentos bíblicos, tentando vender a ideia de que homens e mulheres são iguais e, por isso, a mulher deveria se libertar da ‘escravidão’ doméstica. O Mestre da ilusão conseguiu fazer prevalecer na mente das mulheres mais um engano!

                Na Sua bondade e sabedoria, Deus criou uma afeição entre mãe e filho difícil de explicar. Por isso, a influência de uma mãe sobre seus filhos não se pode medir, e a sua capacidade de alcançar o coração dos filhos é simplesmente indescritível. Sem dúvida, Deus coloca sobre o pai a responsabilidade final pela criação dos filhos, mas Salomão fala também sobre a ‘instrução da mãe’ (Pv. 1.8). Foi por causa da instrução da mãe que Moisés, embora tendo saído de casa muito cedo, jamais esqueceu sua identidade e seu Deus. A mãe sábia aproveita os laços de afeição com os filhos, a fim de inculcar nas suas mentes ‘os louvores do SENHOR, e o seu poder, e as maravilhas que fez’ (Sl. 78.4).

                Falar da honrosa missão de mãe pode não ser ‘politicamente correto’, mas é divinamente apropriado. Nesse tempo de tanta exaltação do eu, é quase normal que as mulheres prefiram evitar essa missão humilde pela exigência de renúncia que ela demanda. Mas o fato é que por meio da sua missão, uma mãe que teme ao SENHOR contribui para o fortalecimento da família, para a estabilidade social, para o crescimento do reino de Deus e, ao mesmo tempo, se previne do engano do pecado.

                Deus seja louvado na vida de cada mãe fiel.

                A serviço de Mestre,

                Pr. Jenuan Lira.