domingo, 6 de abril de 2014

AINDA SE SENTINDO... EMOÇÕES NO FACEBOOK

            As postagens iradas do profeta Jonas foram interceptadas por Deus. O Senhor sabia que o descontrole mortal do profeta tinha uma razão: um sério problema guardado no coração. O profeta não estava satisfeito com Deus. Ele não admitia que O Senhor soberanamente agisse como lhe agradava. Jonas achava que  Deus não tinha direito de ser misericordioso com os ninivitas. A ira do profeta na verdade brotava de um coração descontente com Deus. E o mais incrível: ele achava que era razoável.
            Mas, entenda-se bem: o problema não é o meu facebook, mas o meu coração. O facebook nada mais é do que a válvula pela qual escapa a pressão da minha realidade interna. Por meio dele, por exemplo, se revela o meu narcisismo. Eu me acho, eu me sinto. E se eu sinto, por que não espalhar aos quatro ventos? Assim, muitos na sua fúria incontida alimentada pela amargura de um coração “selfie” saem atirando para todo lado, esquecendo que “O insensato expande toda sua ira, mas o sábio afinal lha reprime” (Pr. 29:11).
            Infelizmente, a expressão dos sentimentos no face de muitos crentes não tem deixado nada a desejar em relação ao mundo. Ultimamente, além do mundanismo que transborda em palavras e imagens, também se veicula revolta contra as autoridades, piadas indecentes e paixões corrompidas. Alguns usam suas páginas para mandar recados e alfinetar irmãos. Outros baixam o nível e partem “prá briga”. O nome de Cristo pode ser prejudicado e Sua Igreja desprezada, mas o meu próprio nome jamais. Tudo isso me lembra o iracundo descendente de Caim que se orgulhava dizendo: “Matei um homem porque ele me feriu; e um rapaz porque me pisou o pé” (Gn. 4:23). E publicava... doa a quem doer!!!
             Dependendo do conteúdo e do sujeito a quem expressamos nossas emoções, não podemos dizer que tal expressão seja reprovável por si só. É bom se  sentir abençoado, realizado e feliz. A questão é: e quando não tiver me sentindo assim? Continuo ainda dando graças a Deus em tudo, ou me revolto contra tudo e contra todos? Lembremos que Deus é bom, quer a gente “se sinta”, quer não! Como servos de Cristo, não vivemos pelos sentimentos, mas pela verdade revelada. Por isso, devo cuidar para que usar palavras que sejam “unicamente boas para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem” (Efésios 4:29).
Se posso usar as palavra do apóstolo Paulo, gostaria de sugerir um “caminho sobremodo excelente”. Ao invés do anunciar ao mundo que estou “se sentindo” revoltado, irritado, zangado ou irado, eu deveria colocar-me diante de Deus e da Sua Palavra, analisando a razão do meu estado de espírito. Depois, pensar como a expressão de tais sentimentos trará glória a Cristo. Como estou me sentindo não importa, contanto que o nome de Cristo seja glorificado “na alegria ou na tristeza; na saúde e na doença; na adversidade e na prosperidade”. Principalmente devo perguntar: Estou buscando a glória de Deus ou querendo  as pessoas sintam pena de mim? Meu sentimento é de gratidão ou de autocomiseração?
Nesse tempo de sentimentalismo vazio, vale à pena lembrar que as nossas emoções são apenas o espelho dos desejos, valores e propósitos que povoam o nosso coração. Quando o coração está sendo regido por desejos santos, quando os nossos pensamentos íntimos estão ligados à verdade revelada sobre o nosso grande Deus, quando decidimos disciplinar a nossa mente para pensar somente aquilo que é “verdadeiro, respeitável, justo, puro e amável”, as nossas emoções serão contidas, vindo à tona somente quando ficar claro que a “alegria no Senhor é a minha força.”
A serviço do Mestre,
           

Pr. Jenuan Lira. 

segunda-feira, 31 de março de 2014

“SE SENTINDO”… AS EMOÇÕES NO FACEBOOK


        
    Desde sua “saída pela direita”, o profeta Jonas tinha deixado de postar no facebook. Mas um dia resolveu romper o silêncio e deu e ar dá graça na rede social com a famosa expressão: “Se sentindo extremamente irado”. Deus que conhece o computador e o coração de cada pessoa, comentou duas vezes na página do profeta: “É razoável essa tua ira?” (Jn. 4.4,9).
            Não há nada de errado em dizer ao mundo como você está se sentindo, especialmente quando tal sentimento é fruto da sua obediência à Palavra de Deus e reflexo do reconhecimento da graça do Senhor. Mas tudo precisa limite, e mesmo as coisas louváveis podem descambar para o lado errado. E me aprece que esse é o caso com muitos que estão “se sentindo” no face. 
            A emotividade do facebook sinaliza alguns perigos,  a começar pela desconsideração para com a nossa bela língua portuguesa que, seguindo a devida ordenação gramatical, não me dá o direito de afirmar que eu estou “se sentindo”.  Por maior que seja o meu sentimento, sua expressão precisa de limites. Portanto, “eu estou me sentindo”, “tu estás te sentindo”, “ele ou ela está se sentindo”. Nada de colisão pronominal!
Sei que falar em favor da norma gramatical fere os ouvidos de muitos que proclamam uma estranha liberdade linguística. O problema é que eles esquecem que a verdadeira liberdade nunca é livre. Ela precisa de limites, ou do contrário nos destruirá mutuamente. E no caso em pauta, essa “liberdade livre” vai nos tornar incapazes de nos entendermos. Até hoje estou tentando compreender o que um jovem quis dizer quando publicou: “Se sentido blah...”. É por que estou ficando velho, ou é por que o desprezo da boa linguagem está deixando os jovens limitados no seu vocabulário? Suspeito que a resposta serai a segunda opção.
            Mas, entre todos, o problema linguístico é realmente o menos preocupante. Sério mesmo são as ameaças à vida espiritual, que se manifestam na expressão  “se sentindo...”. A primeira delas diz respeito ao perigo de pautarmos nossa vida pelo modo como estamos nos sentindo. Sentimentos não são um bom parâmetro, pois são volúveis  e tendenciosos, e o domínio do sentimento sobre a razão é muito mais sério do aparenta na superfície. Sabemos de pessoas que são capazes de até negar um preceito das Escrituras por causa dos seus sentimentos, e é nessa direção que segue, por exemplo, a massa emotiva de renovados e pentecostais dos vários tipos. Falta base na Escritura, mas existe afirmação no que cada um sente, e nisso eles se apegam. Se o nosso caminho será determinado pelo sentimento individual, estamos realmente em sério risco, pois quando se desloca o eixo epistemológico da razão para a emoção, perdemos os parâmetros entre certo e errado, e caímos na confusão filosófica, teológica e sociológica em que hoje nos encontramos.
            Emoções são um presente de Deus para tornar a nossa vida mais colorida. Sem emoções tudo ficaria cinza. No entanto, as emoções são apenas o tempero, não a comida em si. O Sal realça o sabor, mas quem gostaria de viver comendo sal?
            E quanto ao facebook do profeta Jonas? Qual o problema? Bem, esse é outro problema, mas não posso tratar agora... “cenas do próximo capítulo.” Tudo bem ou você já “tá se sentindo... irado?” Se for o caso, deixo apenas um versículo para pensar até a próxima semana:
Deixa a ira, abandona o furor; não te impacientes; certamente isso acabará mal” (Sl. 37.8) 
 
            A serviço do Mestre,

            Pr. Jenuan Lira.

DECADÊNCIA MORAL NO BRASIL: O COMEÇO DO FIM

            Há poucos dias, a televisão brasileira deu mais um passo em direção ao fundo do poço: veiculou o primeiro beijo homossexual em uma novela em horário “nobre”. Preferi não reagir imediatamente para não dar mais visibilidade ao caso, mas agora acho apropriado refletir sobre o ocorrido. Dois extremos redundam em benefício ao reino das trevas: o primeiro é fazer de conta que ele não está agindo e contaminado a sociedade. Ser passivo diante das maquinações malignas. O segundo, é criar celeuma em torno das estratégias das trevas, e alça-las ao centro do palco desviando nossa atenção exclusivamente para combatê-lo. Tenho caído na segundo armadilha algumas vezes, e espero ser mais prudente para não ser engodado novamente.   
            Mas agora, com a vantagem do tempo passado, é bom lembrar que a televisão brasileira, como parte do sistema mundano corrompido e rebelde contra Deus, está apenas fazendo o que lhe é próprio. E, à medida que avançamos para os últimos dias, devemos espera coisas piores (II Tm. 3:1-7).
            A prova de que a imoralidade está no DNA da televisão / cinema é a nota explicativa que os diretores da globo publicaram para explicar o beijo homossexual. Sem rodeios eles afirmaram:  “Toda cena de novela é consequência da história, responde a uma necessidade dramatúrgica e reflete o momento da sociedade. O beijo entre Felix e Niko selou uma relação que foi construída com muito carinho pelos dois personagens. Foi, portanto, o desdobramento dramatúrgico natural dessa trama. A pertinência desse desfecho foi construída com muita sensibilidade pelo autor, diretor e atores e assim foi percebida pelo público. É importante lembrar que o relacionamento homossexual sempre esteve presente nas nossas novelas e séries de maneira constante, responsável e natural. A cena esteve de acordo com essa premissa e com a relevância para a história", diz a nota.
            A nota acima é autoexplicativa e cheia de informações que nos permitem tirar importantes conclusões. De fato, a televisão é espelho da sociedade, pois ela existe para agradar ao público. As cenas, portanto, são veiculadas conforme a demanda dos consumidores. O coração humano não regenerado, qual porco se revolvendo no lamaçal, se banqueteia com tudo que é sujo e contrário à santidade e glória de Deus. Durante algum tempo, o “verniz legalista da civilidade” consegue disfarçar tais apetites corrompidos, mas chega o ponto em que a força do mal rompe todas as resistências e transforma em atos aquilo que está fervilhando na mente e no coração. Infelizmente as condições para a degradação estão plenamente desenvolvidas dentro do nosso coração enganoso, como bem dizem o profeta Jeremias (Jr. 17:9) e o próprio Senhor Jesus (Mc. 7:14-23). O que precisa é a percepção do momento ideal para pressionar o gatilho a fim de conseguir maior “custo malefício”. Os poderosos desse mundo são especialistas nisso, e perceberam que tinha chegado a hora de glamourizar o homossexualismo. E pela audiência dada à cena, parece que eles escolheram o momento certo. Acho que nos bastidores eles cantavam antecipadamente... “Hoje é um novo dia, um novo tempo que começou...
            Observemos também  que a nota diz que o homossexualismo sempre esteve presente nas novelas de maneira constante. Nesse caso, todas as pessoas que são consumidoras de novelas estavam sempre dando sua contribuição para esse “histórico momento.”  Da nossa parte, como discípulos de Cristo, talvez essa seja a parte mais lamentável. Serena e secretamente temos usado as nossas televisões para promover o horário “nobre” das novelas. Pensando nisso, talvez caiba a pergunta: “Quantos de nós assistimos ou desejamos assistir à cena?”
Com o ocorrido o nosso país entra no rol dos países avançados. Mas a verdade é que estamos apenas seguindo o mesmo caminho de destruição que sociedades antigas trilharam. A perversão sexual é uma das últimas gotas para o transbordamento do cálice da ira de Deus. Foi assim com Sodoma e Gomorra, com a civilização antediluviana, com a Grécia e com Roma.
            Que esse momento triste da nossa televisão nos desperte para o fato de que “Vai alta a noite, e vem chegando o dia. Deixemos, pois, as obras das trevas e revistamo-nos das armas da luz. Andemos dignamente, como em pleno dia, não em orgias e bebedices, não em impudicícias e dissoluções, não em contendas e ciúmes; mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências.” (Rom. 13:12-14)

            A Serviço do Mestre,
            Pr. Jenuan Lira.


EU MEREÇO?.... continuação

            
Ao ver a situação do mendigo, o meu amigos se compadeceu. Ao receber a moeda, o mendigo agradeceu dizendo: “Deus lhe dê o que o senhor merece”. Antes que o mendigo completasse a frase, meu amigo exclamou: “Por favor não me deseje isso. Espero que Deus nunca me dê o que eu mereço. Minha esperança é receber o que não mereço.
            Devido ao nosso orgulho natural é difícil admitir que não merecemos nada do que temos e recebemos. A mentalidade do mérito pessoal é parte do que somos por natureza. Meu coração iludido pela soberba nos diz que sou merecedor, e isso resulta em sérios problemas. Por achar que mereço, confundo direitos com méritos e começo a acreditar que as bênçãos são parte da minha recompensa. Tal pensamento torna difícil obedecer ao mandamento de dar graças em tudo. A lógica é clara: se eu mereço, não tenho que agradecer. Mérito é sinônimo de dívida, e quando alguém paga o que me deve não está fazendo nada além do seu dever. 
            Pensando biblicamente, tal raciocínio não encontra sustentação, pois em oposição ao pensamento do mérito está o ensino bíblico da graça de Deus. Ao invés de achar que merecemos, deveríamos reconhecer que tudo que temos é resultado da pura graça de Deus.
            Por ser pecador, só existe um recompensa ou salário que é meu direito: a morte eterna (Rm. 6:23). Se Deus decidisse me retribuir segundo o que realmente mereço, meu destino seria o pior possível. E quando o Senhor me lançasse nesse lugar de tormento eterno, após o justo juízo que se segue à morte (Heb. 9:27), eu estaria recebendo a justa compensação por meus pecados e deveria repetir a frase do penitente que batendo no peito dizia: “minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa”.
            Quando nos posicionamos diante do Deus Santo e nos vemos livres da condenação que merecemos, ao invés de amargura, nosso coração se enche de gratidão e louvor. Passamos a admirar com humilde alegria a graça e a misericórdia do Senhor. Temos nos lábios sempre um novo cântico proveniente de um coração transbordante de júbilo. Em termos práticos, reconhecer que não mereço evitará que eu fique amargurado quando tiver que enfrentar perdas e decepções. Ter as minhas necessidades supridas e poder contar com amigos fiéis, por exemplo, são coisa maravilhosas, mas preciso reconhecer que tias benefícios são graça de Deus e não méritos pessoais. Pensando dessa maneira, estarei alegre com a presença dos amigos, e tranquilo se por acaso eles faltarem.
            Outro efeito ruim que nasce da idéia enganosa do mérito pessoal é uma falsa concepção de quem eu sou. Se me vejo digno disso ou daquilo, dentro de pouco tempo o meu ego se manifesta em todo seu orgulho, e me vejo no direito de reagir como achar mais apropriado a fim de assegurar o que me pertence. 
            Portanto, ao invés de “viver a lutar e a fazer guerra” para assegurar os méritos que supostamente são parte da minha recompensa, minha atitude deve ser sempre de gratidão, pois Deus na Sua misericórdia não me dá o que mereço, e na graça me dá o que não mereço. Qualquer raciocínio que nos impeça de admirar a graça e a misericórdia do Senhor  deve ser banido da nossa mente.
            Não importa o que nos aconteça. Uma vez que Cristo nos salvou por Sua graça, já estamos de posse do maior de todas as riquezas. Assim, enriquecidos pela graça salvadora, as tristezas dessa vida perdem seu impacto, pois ainda que o mundo tire tudo que hoje nos agrada, o nosso tesouro eterno está seguro nas mãos dAquele que nos comprou com Seu sangue... e sem merecermos.

            A Serviço do Mestre,

            Pr. Jenuan Lira.
                                               


quinta-feira, 13 de março de 2014

EU MEREÇO?



            - “Depois de um dia de trabalho duro e trânsito estressante eu mereço voltar para uma casa tranquila e bem arrumada, onde uma esposa alegre e filhos carinhosos irão me proporcionar uns momentos de sossego.”
            - “Sempre faço meu serviço direito, sou um profissional exemplar... mereço um pouco mais de consideração do meu chefe.” 
            - “Sou um cidadão de bem, cumpro meus deveres. Mereço mais atenção das autoridades.”
            - “Faço tudo pelo meu esposo e pelos meus filhos. Dou duro para manter a casa em ordem.. mereço um mínimo reconhecimento da parte do meu marido.”
            - “Tratei essa pessoa da melhor maneira possível, fiz tudo por ela... acho que merecia um pouco mais de gratidão.”
            - “Fiz o meu melhor... mereço um ‘muito obrigado’.”

            Todas as situações acima apresentam um desafio interessante quando analisadas à luz das Escrituras. O dilema se encontra na possível e frequente confusão entre o que é justo e o que é merecido. Sendo um ignorante confesso da filosofia do direito, da lógica que rege o equilíbrio entre deveres e méritos individuais, admito que o meu raciocínio pode furar alguns pontos naquilo que é padrão no nosso sistema jurídico. Mas olhando a questão pelo prisma da Bíblia, parece claro que aquilo que os outros me devem, eu não posso reivindicar como direito adquirido. Creio que esse pensamento está por trás das palavras de Cristo em Mateus 5:38-41, quando o Senhor nos ordena a difícil prática de oferecer a outra face, entregar a túnica e andar a segunda milha.
            Por virtude daquilo que sou, um ser criado, e por isso mesmo dependente, devendo ao Criador não apenas minha origem, mas minha contínua subsistência, não há como não concluir que não existem méritos inalienáveis consignados à minha pessoa. Quando minha própria existência é fruto de um ato livre da providência de Deus, como posso me considerar merecedor do que quer que seja?
            Venho pensando nisso há algum tempo, mas tive minhas reflexões refinadas pela recente meditação no Salmo 136. Este Salmo tem como tema a misericórdia de Deus. É uma canção em que a frase “”porque a sua misericórdia dura para sempre” se repete à exaustão, aparecendo em cada um dos 26 versículos. O salmista diz que por causa da Sua eterna misericórdia devemos render graças ao Senhor (vv. 1, 2, 26). Em seguida ele fala sobre a criação dos céus, da terra e dos astros, sempre repetindo que tais coisas existem por causa da misericórdia de Deus. Noutra seção ele relembra os feitos de Deus na história de Israel e justifica a motivação de Deus por trás de tais feitos: “Porque a Sua misericórdia dura para sempre.” E termina afirmando que o socorro de Deus (23), a libertação de Deus (24) e o suprimento de Deus (25), tudo, tem apenas uma razão: “Porque a Sua misericórdia dura para sempre.
            Esse pensamento merece mais reflexão, o que espero fazer no próximo artigo, mas, por enquanto, consideremos o seguinte: Aquilo que é meu direito, não significa que eu mereço. Os benefícios e compensações que me chegam às mãos quando se aplica a justiça, não acontecem porque eu mereço, mas porque “a Sua misericórdia dura para sempre”.
            Pensando assim, nossa vida será de menos reivindicação e mais gratidão. E cada vez que uma boa dádiva nos for concedida, mesmo que ‘prescrita em lei’, vamos tributar louvores ao Deus dos céus e àqueles através de quem uma vez mais fomos lembrados de que a “misericórdia do Senhor dura para sempre”.
   
            A serviço do Mestre,

            Pr. Jenuan Lira.


quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

AMIGO, A QUE VIESTE?

“E logo, aproximando-se de Jesus, lhe disse: Salve, Mestre! E o beijou. Jesus, porém, lhe disse: Amigo, a que vieste?” (Mt. 26:49-50)

            “Senhor, Eu preciso ser honesto... me perdoe a franqueza, mas tenho que falar. Estou com um sério problema por causa de algo que encontrei no capítulo 26 do Evangelho de Mateus. Depois de tantas leituras nesse capítulo, essa semana o versículo 50 me deixou perturbado. Mas numa medida tal, que resolvi Lhe escrever essa carta aberta.

            A leitura estava indo tranquila, conforme meu novo método de leitura nas oito listas. Mateus era a última lista, e já estava quase terminando quando Suas palavras dirigidas a Judas saltaram da página, grudaram-se na minha mente, e desde então estão literalmente me tirando a paz. Tentei ignorar, mas não consegui. Então deixei de resistir e resolvi investigar o motivo da minha angústia de coração. 

Senhor, eu preciso ser honesto. Eu achei que o Senhor exagerou na dose. Podia ser homem, varão, colega ou outra forma corriqueira própria do seu tempo, mas AMIGO?? Depois de tudo, amigo? Fiquei meio revoltado... Judas é o protótipo de todos os traidores. Ele é falso, dissimulado, frio e calculista. Senhor, foram três anos e meio de manifestação do mais puro e verdadeiro amor. Ele andou contigo e recebeu Sua proteção, viu Seu poder e desfrutou do Seu carinho. No final, o que ele fez? Trinta moedas de prata... trinta moedas de prata foi o preço em que esse terrível traidor avaliou o Senhor. E pior: mesmo sendo avisado de antemão. Entende, Senhor, a minha revolta. O Senhor não podia chamá-lo de amigo. Mas o Senhor o fez, e eu sei que estavas sendo verdadeiro, pois és a própria Verdade.    

 Senhor preciso ser honesto... Na verdade eu suspeitava desde cedo a razão da minha dificuldade, mas não queria admitir. Na verdade o que aconteceu foi que eu fiquei envergonhado demais com as Suas palavras. Minha perturbação tem um nome: pecado. Meu problema é que meu espírito rebelde ficou magoado com a Sua bondade para com Judas. E sendo ainda mais honesto, não foi por causa de Ti, Senhor. Não fiquei revoltado porque fostes traído com um beijo. Meu problema é que o Senhor colocou o dedo na minha ferida, e está doendo muito. Por uma razão simples: eu não consigo Lhe imitar, sei que é isso que tenho que fazer, e não consigo fugir de Ti. Eu sou teu discípulo, eu Lhe amo, Senhor, verdadeiramente. Eu me emociono cada vez que penso na cruz, em como me amaste no calvário. E aqui está o meu problema. É exatamente isso: Eu fui alvo de tão grande amor, mas eu não consigo amar com o amor com que me amaste. Na verdade, Senhor, eu sou tão mal quanto Judas, e se não fosse por Tua graça, eu iria segui-lo para o mesmo lugar de perdição eterna. Eu sou o que sou por causa do Teu amor, mas o meu amor é tão insignificante, tão ineficaz que eu chego a perguntar: Eu amo a Cristo de verdade? Pode parecer infantil essa dúvida, mas tem uma causa: eu nunca chamei um traidor de amigo, e até esse momento nem sequer cogitei tal possibilidade. Eu posso até não ter usado palavras feias e pronunciado maldições contra os que me fizeram mal, mas o meu silêncio são as palavras internas de um coração amargurado. Muitas vezes fico calado, mas até isso faço por motivo egoísta, pois não quero me comprometer por causa do que falei, nem dar conta das minhas palavras irrefletidas. Por isso, fico calado por fora, mas dentro de mim um coração ressentido grita, quase me deixando surdo com o seu clamor. Aí, eu chego a Mateus 26:50 e encontro o Senhor olhando para Judas e dizendo: “Amigo a que vieste?”

Senhor, eu preciso ser honesto... dolorosamente honesto: eu não quero chamar de amigo aqueles que me feriram. Meu coração é duro, Senhor, muito duro. Eu tenho muito orgulho próprio, eu acho que mereço receber gratidão daqueles por quem me esforcei; eu acho que deveria ser considerado por aqueles que um dia meteram comigo a mão no prato; eu acho que mereço receber pelo menos um pouco de apreciação da parte daqueles por quem me empenhei e me desgastei. Mas esse é o meu problema, Senhor, o pensamento errado de que eu mereço. Quem sou eu para merecer alguma? E se o Senhor me desse o que eu realmente mereço? Assusto-me só eu pensar... por favor, Senhor, nunca, mas nunca mesmo, me dê o que eu mereço! O que seria de mim sem a Tua graça!!

Senhor, sendo bem honesto eu preciso Lhe pedir perdão! Nunca me fizeram tanto mal  quanto o que Eu lhe fiz e continuo fazendo. No entanto, Tu Senhor, continuas me amando, mantendo comigo comunhão não só de amigo, mas me convidas à comunhão íntima de Pai e filho. Realmente, ninguém tem maior amor do que esse. E se o Senhor de tal maneira me amou, não deveria eu amar o meu próximo? Não deveria eu amar o meu irmão? Não deveria chama-los de amigos, a despeito do mal que me causaram? Sim, Senhor deveria. Perdão por meu orgulho, perdão por achar que mereço, perdão por ser um discípulo tão fraco. Não desista de mim, Senhor! Refaz esse servo fraco, e ajuda-me a ser igual a Ti.

            De um servo envergonhado,
a serviço do Mestre Amado,


            Pr. Jenuan Lira.

UMA FENOMENAL PERDIÇÃO

"É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus" (Mt. 19:24)

A capa da revista da empresa aérea me chamou a atenção.  Esbanjando músculos invejáveis (as gorduras foram bem disfarçadas) e um semblante de totalmente satisfeito,  a foto de Ronaldo, o ‘Fenômeno’, estava sublinhada com a seguintes palavras: “O Fenômeno quer brilhar na copa de 2014 fora dos gramados”. As informações da copa não  me interessaram, mas fui atraído pela mini biografia do Ronaldo.

Ao ler biografias, procuro perceber onde Deus entra na vida do biografado. No caso do Ronaldo, um fato curioso ocorrido no final da década de 80, constitui-se numa clara indicação de que, apesar da sua indiferença para com o Senhor, a verdade de Deus tem cruzado o caminho do jogador. Certa vez, após um jogo do flamengo, o menino Ronaldo acompanhado do seu pai, aguardava a chance de conseguir um autógrafo do seu ídolo, Zico. Quando chegou o momento, Ronaldo não tinha outro papel senão um folheto com mensagem evangélica no qual estavam escritas as seguintes palavras: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim”. Sobre essas palavras o Galinho de Quintino deu seu autógrafo. Ronaldo guarda o papel até hoje, mas não dá atenção às palavras do Criador, apenas valoriza a assinatura da criatura.  
Passado a glória dos gramados, transformado num empresário famoso, o 'Fenômeno' divide seu tempo entre os negócios e a curtição. E na somatória de tal equação Deus nunca aparece no resultado. Não que Ronaldo não seja um adorador, isso todos somos por virtude da nossa criação, mas para suprir tal necessidade, Ronaldo se curva apenas diante  do único ser que considera digno de adoração: ele próprio.

A situação do Ronaldo lembra as palavras de Jesus sobre a dificuldade de um rico entrar no reino de Deus. Por que Ronaldo haveria de se interessar pelo Rei Eterno? Ele é um homem famoso e rico... ele é o ‘Fenômeno’. As riquezas do mundo lhe encobrem a pobreza espiritual. Como bem disse Salomão, há aqueles que se acham ricos sem nada ter, enquanto outros se dizem pobres sendo mui ricos (Pr. 13:7). Assim é Ronaldo, no meio da sua impressionante riqueza! Do que mais ele precisa? Das alturas do seu apartamento no Leblon, uma cobertura de 900 metros quadrados, avaliada em 35 milhões, Ronaldo olha o mundo de cima para baixo e parece isento da canseira dos mortais. Se está entediado, promove grandes festas para os amigos, algo comum na sua rotina, ou retorna para Londres e passa uns meses curtindo a Europa ou outro local turístico ao redor do mundo, acompanhado da sua nova namorada. Ronaldo é semelhante a Salomão em Eclesiastes, os quais não negaram ao seu coração nenhum desejo (2:10).

O problema é que a ostentação e os prazeres tem seu preço, mas Ronaldo não percebe.  Ronaldo é mais um prisioneiro da fantasia do mundo. Ele está atado aos grilhões da fama. Apesar de ter apenas 37 anos, os sinais da fragilidade são vista no próprio corpo já cansado e incapaz dos arranques e dribles que lhe tornaram notáveis. Ronaldo tem dinheiro para contratar os melhores nutricionistas do mundo, mas não vencer a compulsão da gula. Por mais que lhe cause problema o alcoolismo parece invencível. Longe da disciplina imposta pelo treinadores, ele fuma diariamente um maço de cigarro, sem falar nos outros excessos que já lhe consomem a saúde. Como todo pecador, Ronaldo não consegue se livrar dele mesmo. Ele é prisioneiro do seu coração e da expectativa do mundo. Deram-lhe a designação de fenômeno e ele precisa viver essa fantasia, mesmo sabendo que não é.

            Sem levar em conta o convite dAquele que é o Caminho, a Verdade e a Vida, Ronaldo segue seu próprio caminho, como um pássaro que voa para a gaiola. A sensação de bem estar pode tirar-lhe a vida presente e comprometê-lo eternamente, o que será uma terrível perda, uma fenomenal perdição (Pv. 1:32). 

Que o Ronaldo escute a voz de Deus para a salvação, antes que seja tarde demais e precise ouvir a voz do Senhor dizendo: "Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado para quem será?” (Lc. 12:20).

A serviço do Mestre,

Pr. Jenuan Lira

VIVENDO A BENDITA ESPERANÇA

Conforme Salomão, ‘’A esperança que se adia faz adoecer o coração, mas o desejo cumprido é arvore de vida’’ (Pv. 13:12). É verdade. Os Tessalonicenses eram prova viva. Em dado momento sentiram que se perdia sua maior esperança. Suas almas desmaiavam.
Entre outras características, a igreja de Tessalônica era movida por uma maravilhosa esperança: a bendita esperança do encontro com Cristo nos ares. Por isso, o tema da volta de Cristo era muito precioso para eles. Tanto a primeira, quanto a segunda epístola abordam enfaticamente doutrina das últimas coisas. A igreja vivia sob terríveis provas, mas a expectativa da iminente volta de Cristo e do arrebatamento da Igreja era o alento diante das perdas temporárias. Quando o preço do discipulado se traduz em sofrimento, uma escatologia sadia é bálsamo para alma. Estar com Cristo passar a ser visto como realmente melhor.
Dessa forma, depois de dar instruções quanto à pureza, ao amor e a necessidade de um comportamento digno perante os incrédulos, Paulo corrige alguns enganos relativos à volta de Cristo e a ressurreição dos santos.
Ansiosos por encontrar Jesus nas nuvens, os tessalonicenses começaram a desanimar ao ver alguns irmãos morrendo. Eles esperavam Jesus, não a morte. Por isso, caíram em desânimo por achar que os crentes que tinham morrido haviam perdido o privilégio de subir triunfantemente com todos os santos para o encontro com Jesus nos ares. E tal foi o impacto desse pensamento, que a igreja sentiu-se triste como aquele que não tinham esperança além da morte.
Paulo exorta, lembrando-lhes o fundamento da nossa esperança: a certeza da morte e ressurreição do Senhor. Essa certeza é que nos garante que Cristo trará em Sua companhia os que morreram crendo nEle. Nada pode ser mais certo do que a ressurreição do crente antes do arrebatamento da Igreja.
Aproveitando a oportunidade, Paulo, falando por ‘’palavras do Senhor’’, prossegue dando a ordem da ressurreição. Ele afirma a prioridade dos que dormiram em Cristo quando da vinda do Senhor. Os salvos que tiverem o privilégio de encontrar-se com Cristo sem passar pela morte, de modo algum precederão os que dormiram.
E como será esse grande evento? Jesus, o Rei do universo com que tudo se execute de acordo com ‘’Sua palavra de ordem’’ . Tal palavra é o brado glorioso do Divino General, que tem às Suas ordens todo o exército dos céus. Conforme Seu comando, as hostes angelicais anunciarão triunfantemente a hora da Sua vinda, quando os crentes mortos receberão novos corpos.
A esse movimento inicial de ressurreição, seguir-se-á o arrebatamento do conjunto total dos salvos: os vivos transformados e os mortos ressuscitados. Alegre e gloriosamente, juntos subindo para o encontro com o Senhor nas nuvens. E desse estado de gozo jamais sairão.
Dando essa instrução, Paulo espera que os Tessalonicenses e os crentes de todas as eras se consolem quando tiverem que enfrentar a morte de um irmão em Cristo. Para s maior dor, o maior consolo. Nada pode nos deter. Cristo venceu a morte, nós venceremos também.
Através dos séculos, as pessoas sofrem e se apavoram diante da possibilidade da morte. È a certeza que todos querem negar, pois morrer é contrário à natureza. É compreensível que o vale da sombra da morte angustie os que não te esperança. Uma vez tendo cruzado as fronteiras dessa vida, entre-se no estado eterno. E isso acontece de uma vez por todas (Hb 9:27).

È profundamente doloroso ler nas faixas fúnebres e nas lápides no cemitério: saudades eternas dos familiares e amigos. Saudade temporária machuca muito. Saudades eternas são insuportáveis. Mas o crente em Cristo não deixa saudades eternas para os seus

CONSELHOS A UM FILHO AMADO

Querido filho, Jeninho, é uma grande alegria poder chegar a esse ponto da sua vida quando você atinge a maturidade e está pronto para andar com seus próprios pés.

           
Assim é a vida. Nascemos, crescemos, aprendemos e colocamos os nossos pés na estrada da vida. Eu e sua mãe passamos por esse ciclo anos atrás. Nossos pais tiveram que nos soltar para seguir o nosso próprio caminho, e agora chegou a nossa vez de soltá-lo também. Chegamos a esse ponto divididos entre a alegria de vê-lo crescer e a tristeza de vê-lo partir. Mas o processo não pode parar, e você deve seguir levando consigo um pouco de nós, enquanto trilha seu próprio caminho e vai imprimindo também a sua própria marca na descendência que o Senhor lhe dará.

            Cruzando a linha da maturidade, eu sei que nosso relacionamento também muda. É certo que continuaremos próximos por mais alguns poucos anos, talvez vivendo dentro da mesma casa, mas mais e mais a minha posição de pai na sua vida vai passando por mudanças. Daqui por diante, o eixo da nossa convivência desloca-se mais do campo da obediência para o campo da influência. Estamos em um ponto em que não mais vou guiá-lo pela mão, como tantas vezes fiz no passado. Espero desfrutar ainda do prazer de guiá-lo, mas agora pelo exemplo, pela amizade e pelo conselho.

 Portanto, os conselhos que agora estou lhe oferecendo já são dados com o alvo de influenciar sua vida. Não são novos conselhos, pois ao longo desses anos você ouviu a mim e a sua mãe repetir esses conselhos repetidas vezes. Por outro lado, são novos por causa da ocasião, visto que em os transmitimos no momento em que você dá um passo além, rumo à maturidade. Receba-os portanto como uma manifestação do nossos desejo de continuar presentes em sua vida,  influenciando-o para seguir sempre nos caminhos do Senhor.
                       
Os conselhos que trago não são meus, mas são do próprio Deus. Alguns desses conselhos eu também ouvi dos meus pais, e tenho ouvido diretamente da Palavra à medida que estudo, ensino e prego as Escrituras.

Tenho 18 textos bíblicos, dos quais quero retirar 18 conselhos que espero formarem os pilares de toda sua vida:

Conselho 1: “Filho, guarde o seu coração exclusivamente para adorar ao Deus Trino das Sagradas Escrituras. Nunca permita que qualquer coisa ou pessoa tomem o lugar especial do Senhor no trono do seu coração. Meu filho, fuja dos ídolos” (Êx. 20:3).

Conselho 2: “Filho, faço minhas as palavras de Davi, enquanto preparava seu filho Salomão para assumir o trono: “sirva o Deus de seu pai com coração íntegro e alma voluntária. Como você sabe, tanto eu quanto sua mãe, cedo na juventude decidimos dedicar nossas vidas para o serviço do Senhor, e nunca nos arrependemos por um só momento.”( 1 Cr. 28.9)

Conselho 3: “Filho, descanse na promessa de que o Senhor é o seu pastor. Estando sob o cuidado de Cristo, até o que porventura venha a faltar, não lhe fará falta.”( Sl. 23:1)

Conselho 4: “Jeninho, tenha no Senhor o motivo da sua alegria. Que o conhecimento de Deus seja a sua glória, e a comunhão com o Todo-poderoso a razão da sua alegria. Se você desejar o Senhor, o seu coração estará sempre cheio de satisfação.” (Sl. Salmo 37:4-5)

Conselho 5:  “Filho, lembre-se de tudo que lhe ensinamos em casa. Continue firme e resista sempre à sedução dos pecadores e aos encantos desse mundo mal. O prazer do pecado e a alegria do mundo são mera ilusão.”( Pr. 1:8)

Conselho 6: “Filho, se você for sábio alegrará o nosso coração. Por isso, apelamos a que busque a sabedoria como a tesouros escondidos, e receba a inteligência que vem da boca do Senhor. Mas lembre-se que em Cristo encontram-se todos os tesouros da sabedoria. Conheça a Cristo e você será um homem sábio.”( Pr. 2:6)

Conselho 7: “Filho, fique sempre vigilante, a fim de não ser iludido pelo engano da mulher adúltera. Quando o Senhor lhe der a sua auxiliadora idônea, faça o compromisso de não declinar nem para a direita, nem para a esquerda. Não seja simples, não seja tolo, não se deixe enredar pela loucura da paixão pecaminosa. Desde já, desenvolva o caráter de um homem fiel, mantenha-se puro, e o Senhor  lhe honrará com uma esposa que será um presente de Deus para sua vida (Pr. 18:22). E quando chegar esse momento, ame-a como tenho amado a sua mãe e trate-a como uma joia rara.” (Pr. 4:23)

Conselho 8: “Filho, a vida é cheia de angústias, mas nunca perca a esperança diante delas. Se você pensar em desistir é porque está confiando em sua própria força. Coloque em Deus sua esperança e você renovará sua forças.” (Pr. 24:10)

Conselho 9: “Não desperdice sua juventude. Decida usar seus anos de maior vigor para buscar ao Senhor de coração e servi-lo integralmente.”( Ec. 12:1)

Conselho 10:  “Filho, não tente preservar seu ego, isso lhe fará perder a vida. Leve a si mesmo para a cruz dia-a-dia a fim de que a vida de Cristo possa se manifestar em você.” (Lc. 14:27)

Conselho 11: “Meu filho, descanse na libertadora doutrina soberania de Deus. Lembre-se de que Ele mantém absoluto e constante controle sobre todas as coisas, circunstâncias e pessoas visando à Sua glória e o seu próprio bem.” (Rm. 8:28-30)

 Conselho 12: “Filho, apegue-se ao Evangelho e jamais se envergonhe dele. Volte-se para a cruz de Cristo onde Ele lhe amou a ponto de dar Sua vida por você. Alegre-se na cruz e regozije-se na ressurreição. Anuncie essa mensagem ao mundo.”( (I Cor. 15:3-5)

Conselho 13: “Filho, jamais esqueça as Sagradas Letras que lhe foram ensinadas desde a infância. Apegue-se às Escrituras, que podem lhe tornar sábio para a salvação, e apto para ser um homem de Deus maduro e equipado para toda boa obra. Como seu pai, coloque as Escrituras acima de você mesmo e esforce-se  para conhecê-la.” (II Tm. 3:14-17)

Conselho 14: “Filho, antes de qualquer coisa, você é um obreiro de Cristo. Independentemente do que você faça, sua primeira vocação é servir ao Senhor e mostra ao mundo quem é Deus. Faça isso de maneira tal que nunca tenha de que se envergonhar.” (II Tm. 2:15)

Conselho 15: “Filho, nunca deixe de transmitir a outros o ensino que eu lhe dei. Começando com a sua casa, procure expandir o alcance da verdade de Cristo para que esse corrente de ensino bíblico continue até a volta do Senhor.” (II Tm. 2:1-2)

Conselho 16: “Filho, zele por sua fé e aprende com aqueles que o Senhor tem colocado na seu caminho que servem como modelo. Mas não olhe tanto para os homens, pois esses podem se perder no caminho da vida. Olhe para Cristo, Ele é o Modelo Perfeito.” (He. 12:1-2)

Conselho 17:  “Filho, se você deseja alegrar o meu coração e o da sua mãe, se deseja que nos orgulhemos de você, não coloque seu coração em outra coisa, senão em seguir a Verdade. Nenhuma conquista na vida valerá à pena, se você não estiver andando nos caminhos do Senhor.” (III Jo. 4)

Conselho 18: “Filho,  aguarde e apresse a vinda do Senhor. Viva o hoje como se Cristo voltasse amanhã. Almeje sua pátria celeste e prepare-se para ser saudado por Cristo como um servo bom e fiel.” (Ap. 1:8)

A serviço do Mestre,

Pr. Jenuan Lira.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

LUCAS E INÁCIO

O ornato dos jovens é a sua força...” (Pr. 20:29)


            As maravilhas de Deus estão diante dos nossos olhos, mas nem sempre as percebemos. Dois jovens deixam “sua terra, sua parentela e ‘as férias’ na casa de seus pais e seguem”  para uma terra que Deus lhes vai mostrar. Um pequeno passo com enorme significado para nós.

   Quando Inácio e Lucas embarcaram rumo a Cabo Verde uma história maior do que a mera viagem começou a ser escrita. Como em outras ocasiões, uma vez mais Deus usa a nossa Igreja para abrir  um caminho estabelecer um modelo. Essa viagem se constitui num exemplo admirável e digno de ser seguido. 

Enquanto nos alegramos com os nossos jovens cruzando fronteiras, devemos lembrar que muito antes de nós, o Senhor da Seara tem movido jovens para missões. A força da juventude há muito tem sido empregada a bem da obra missionária.  Os jovens sempre deram e dão exemplo de bravura e coragem de assumir riscos. Enquanto os adultos impõem variadas condições para abraçar a causa, e ficam calculando os riscos através do seu espírito “prudente”, os jovens partem sem levantar grandes questões.  Foi essa coragem que fez o jovem Davi avançar contra Golias, quando os experientes soldados temiam o desafio.

            Segundo o sábio Salomão “ Quem somente observa o vento nunca semeará, e o que olha para as nuvens nunca segará” (Ec. 11:3). Inácio e Lucas seguiram o conselho, deixaram de ficar só olhando o vento e decidiram seguir sem colocar barreiras para a obediência. Para realizar essa viagem esses jovens precisaram enfrentar obstáculos e superá-los pela fé. Esse não foi um projeto barato, e os nossos irmãos não dispunham de recursos próprios para realizá-lo. Mas eles não desistiram por causa das limitações. Confiaram que Deus haveria de suprir e assim avançaram. O que eles fizeram foi simples: ao invés de murmurar e chorar diante do Atlântico, Lucas e Inácio resolveram molhar os pés, e o Senhor abriu as águas diante deles.
           
Lucas e Inácio formaram uma dupla interessante que nos deixam um legado de...
           
Luz e Inspiração,
            Luta e Instrução,
            Louvor e Inovação.

            Esses dois jovens abriram o caminho, cabe a nós saber se vamos aprender com esse exemplo.

            A serviço do Mestre,
            Pr. Jenuan Lira.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

HONRANDO HAROLDO REINER

A quem honra, honra” (Rm. 13:7)

           
Missionários são heróis da fé que se doam a fim de abençoar as nações com a maior de todas as bênçãos, a mensagem da salvação. Nunca podemos esquecer que nós somos fruto de missões. Por isso, nunca é demais honrar àqueles que um dia viram os nossos campos brancos e partiram destemidos a fim de semear em nosso coração a bendita semente. 
            Após a leitura gostosa do pequeno livro Um Voo para a Eternidade, senti-me obrigado a também prestar minha honra ao velho herói Haroldo Reiner, a quem tive o privilégio de conhecer e com quem convivi esporadicamente. Reconheço que a homenagem é tardia, visto que ele partiu para a glória em 2011. No entanto, sua ausência não silencia sua voz nem diminui a grandeza do trabalho que ele realizou de maneira tão exemplar. 
            Enquanto lia as pequenas histórias acerca desse missionário, reportei-me ao passado, repassando e revivendo dois episódios marcantes. No primeiro, eu tinha apenas treze anos e observei o diálogo entre Haroldo e meu pai, que estava iniciando seu ministério. Meu pai pastoreava a pequena igreja Batista de Senador Pompeu, onde Haroldo também havia trabalhado alguns anos antes. O ministério não ia muito bem, e meu pai, desanimado  encontrou-se com Haroldo na cidade de Iguatu, mais precisamente no Acampamento Batista. Depois dos calorosos cumprimentos iniciais, Haroldo perguntou:
Como vai a Igreja em Senador?
Mais ou menos”, respondeu meu pai, “temos tido pouca gente nos cultos de domingo”.
Sem pensar muito, Haroldo disse: “Lira, se Jesus voltar para buscar sua Igreja na segunda-feira quem vai subir, os salvos ou os que frequentam os cultos?
- “Somente os salvos”, respondeu meu pai imediatamente.
- “Então não se preocupe com quantas pessoas estão no culto
 Noutra ocasião, exatamente 21 anos depois do episódio acima, não era meu pai que precisava de conselho, mas eu próprio. Era um tempo de trevas, tristeza profunda e desânimo. Eu também era pastor, mas estava perdendo as esperanças de continuar no ministério, pois as provas eram além das minhas forças. Foi nessa ocasião que “casualmente” cruzei com Haroldo aqui em Fortaleza. Sabendo do meu desânimo, ele me chamou à parte e disse: “Quando eu tinha mais ou menos a sua idade minha esposa, que tinha 27 anos, contraiu um câncer fatal. Na ocasião eu não sabia o que fazer, mas meu sogro me confortou lembrando que Deus nunca erra e está no controle de tudo. Aquele conselho me reanimou a continuar. Portanto, não desanime. Continue.” Haroldo me repassou um conselho que ele recebera décadas antes, e trouxe alento à minha alma. Tanto que, hoje continuo lembrando as suas palavras.
Quando chegou ao Brasil em 1947, movido pelo testemunho de um missionário que passara em sua igreja, Haroldo não podia imaginar os desafios que teria pela frente. Mas ele não se intimidou, e procurou fazer tudo que estava ao seu alcance para mostrar o amor de Cristo em palavra e obras. Foi por causa desse amor ao Senhor que ele serviu como aviador, engenheiro, matemático, mecânico, agricultor, enfermeiro, timoneiro, etc. Se a coisa não existia, ele inventava, mas nunca permitia que as impossibilidades lhe impedissem de pregar o evangelho e mostrar misericórdia para centenas de pessoas vivendo no nosso sofrido Nordeste.
Um Voo para a Eternidade é um livro para ser lido de uma sentada, e fartar a alam com as história extraordinárias vivida por esse homem que “combateu o bom combate, completou a carreira e guardou a fé.” Leia você também e perceba o quanto é possível realizar nesta vida quando confiamos em Deus e no poder da Sua Palavra.

            A Serviço do Mestre,

            Pr. Jenuan Lira.