sexta-feira, 11 de novembro de 2016

O IMPÉRIO MUDA DE COR... DE REPENTE?

“Para que todas as terras conheçam que a mão do SENHOR é forte...” (Js. 4:24)

Era noite, dia 8 de novembro de 2016. Esperança e expectativa enchem o salão oval da Casa Branca... o coração do mundo está agitado! Presidente Obama, general do exército democrata, acompanha a apuração voto a voto. Não importa a hora. Quem quer dormir e perder a festa?   O banquete está preparado e a lista de convidados selecionada. A noite vai ser curta para celebrar a vitória. Como tudo se faz naquele poderoso salão, nenhum detalhe é pequeno demais para ser ignorado. A bola já está rolando... é esperar o final do segundo tempo, e correr para o abraço...

            Mas, algo inesperado começou a abalar as estruturas do governo. Como diria o velho poeta carioca, no seu belo e triste Soneto de Separação, ‘... de repente, do riso fez o pranto... da calma fez-se o vento... que dos olhos desfez a última chama!..’! E, se me fosse permitido emendar Vinícius (capaz de eu ser preso...), seria assim...
            “[... que dos olhos desfez a última chama]
            E que, nas reviravoltas do inusitado momento,
Derreteu o coração do presidente Obama
           
            Não sou poeta, nem filho de poeta. E se o fosse, que diferença faria? Mas uma coisa eu sou, e sou ‘de cum força’: sou um devotado cristão, que observa o mundo pelas lentes da inspirada, inerrante e infalível Palavra de Deus. Claro que, se houvesse em mim qualquer pretensão de ser um poeta  que merece ser ouvido pelos sábios desse mundo, a minha declaração de fé na Bíblia já me teria desqualificado. ‘Poetas de verdade’ podem crer em Buda, em Maomé, em Allan Kardec, numa árvore, num rio ou numa pedra. Só não crer em Cristo e nas Escrituras. Como minha fé não está à venda, vou rabiscando minhas ‘mal traçadas linhas’, caminhando à luz da Palavra e cantando as glórias do meu Senhor, seguindo a canção que brota de lábios que confessam o Seu nome.

            Mas, poesia à parte, que o resultado da eleição americana foi um  social abalo sísmico, isso foi. Mesmo sem nunca antes o mundo ter tomado conhecimento sequer da existência do senhor Donald Trump, dos quatro cantos do mundo brotavam acusações e impropérios contra o bizarro candidato que deseja fazer a ‘América grande novamente!’ Pelas lentes da Rede Globo, e da maioria da mídia americana e mundial, toda partidária da Hillary e do Obama,  que luta com todas as forças para que se preserve a ‘arte liberal’ que há muito vem sendo produzida pela mente aberta dos artistas democratas, Trump é um monstro pavoroso, insensível, sem coração, que vai destruir os sonhos de liberdade da América e do mundo.

            Obviamente, a inacreditável eleição de Trump, torna as águas turvas para os democratas, que há muito dão as cartas a partir da Casa Branca.   As cores do liberalismo, da diversidade, dos direitos individuais e das chamadas ‘minorias excluídas’ têm sido a tonalidade predominante no firmamento americano. Em anos recentes, parece no céu da América há sempre um arco-íris brilhando. Como Trump não é muito dado às cores fortes, nem exímio apreciador da artes plásticas, o resultado das urnas lançou muito mais do que cinquenta tons de cinza na tela do projeto liberal do partido democrata. Sem dúvida, o céu ficou nublado... Tudo muito de repente.

            Nenhum cristão bíblico pode deixar de se esforçar para entender a surpresa americana à luz das Escrituras. Estamos falando da maior potência mundial, cujo poder repercute nos confins de toda terra. Como disse certa jornalista inglesa, a América é tão poderosa que ‘tememos quando Os Estados Unidos nos observam demais, e tememos quando nos observam de menos.’ Mas, como cremos que o poder pertence ao SENHOR, o Juiz de toda terra, ‘que a um abate, a outro exalta’ (Salmo 75:7), no abatimento democrata e na exaltação republicana tem ‘o dedo de Deus.’  Se o SENHOR, na Sua absoluta soberania dá conta até dos insignificantes pássaros que caem do firmamento, seria razoável pensar que a eleição do presidente ‘do mundo’ estaria fora do Seu controle?

            Não posso entrar em detalhes interpretativos, pois seria uma temeridade, mas  a ‘surpresa americana’ envia uma simples mensagem para todas as nações: “O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos lábios vem do Senhor.” (Provérbios 16.1). Claro que o mundo, na sua crença ateísta, jamais vai admitir que o Rei das nações frustrou os desígnios de muitos. Mas, para nós que conhecemos as Escrituras, embora sejamos desconhecidos do mundo, a eleição de Trump traz alento e renova nossa esperança. Não que possamos ter grandes expectativas no novo presidente americano. Aliás, do pouco que sabemos, já temos muitos motivos pelos quais nós, cristãos, devemos ficar com os dois pés atrás. Nossa esperança está em Deus, que continua no Seu trono, ‘movendo reis e estabelecendo reis.’ Um raio de alento surge quando observamos que, embora os homens tenham seus esquemas e certezas, o plano de Deus prevalece, seja na superpotência americana, seja na Europa, seja no Brasil, seja nas nossas vidas.

            Vendo as cores mudando na terra do Tio Sam (será que a Casa Branca ainda será ‘branca?’), devemos ficar de olhos bem abertos, e ampliar nosso campo de observação para outros horizontes. Ainda tem muita água para rolar. Mas, o fato é que surpresas estão se espalhando pelo mundo. No Brasil, ‘os intocáveis’  estão atrás das grades; na Venezuela, já ouvimos rumores de que o impeachment do Maduro começa a ser organizado. Preparemo-nos. Quando o SENHOR resolver mexer as pedras do xadrez do poder mundial, liberdade pode ser transformar em prisão, o verde pode se fazer maduro e o ‘maduro’ pode ficar passado. Pode ser que não fique ‘pedra sobre pedra’, mas uma coisa nunca vai mudar ...
O Senhor reina para sempre; o teu Deus, ó Sião, reina de geração em geração. Aleluia!” (Salmo 146.10)

Deus abençoe a América! Deus abençoe o Brasil!

A serviço do Mestre,

Pr. Jenuan Lira