segunda-feira, 23 de novembro de 2009

A DESTRUIÇÃO EM 21 DE DEZEMBRO DE 2012

Segundo o calendário maia, ilusão consoladora de muitos místicos, o fim do mundo deverá ocorrer no dia 21 de dezembro de 2012. Na contagem da antiga civilização pré-colombiana, este foi o último diz assinalado. A conclusão é “óbvia”: se os Maias pararam aí é porque o mundo não passará dessa data. Foi por isso que no último dia 13 estreou m todo mundo o filme 2012, uma superprodução de Hollywood, contando a saga dos que tentam sobreviver à catástrofe.
Não é a primeira vez que marcam o fim do mundo. William Miller, fundador do Adventismo anunciou o apocalipse para 3 de abril, depois 7 de julho, depois 21 de março de 1844. Finalmente mudou a data para 22 de outubro. As Testemunhas de Jeová esperaram o fim em 1914, mas já tinham fracassado na previsão anterior, que indicara 1874. O mesmo aconteceu com a previsão de 1975.
Jesus disse que ninguém, exceto Deus, pode marcar “os tempos e estações da Sua volta”. Isso não significa que Ele não vai voltar, mas que essa data Deus reservou à Sua exclusiva autoridade. E cada vez que os profetas modernos falham (e vão continuar), o efeito é descrença na verdadeira profecia bíblica.
Podemos ver isso já com a profecia apocalíptica dos Maias. A revista Veja e outras publicações já estão aproveitando o engano dos falsos profetas para desacreditar toda profecia. A matéria publicada na edição de 4 de novembro trata as profecias bíblicas com deboche e ironia. Os editores não podem separar o joio do trigo, pois lhes falta discernimento para tanto. Assim colocam tudo no mesmo saco, desferindo golpes gratuitos e severos contra a Palavra de Deus.
O mundo não vai acabar em 2012, pois, mesmo que considerássemos o derramamento do juízo divino anunciado por João como o fim do mundo, esse fim no mínimo deveria ser precedido por sete anos. Certamente o mundo vai sobreviver à data maia, mas o respeito pela verdade profética das Escrituras será ainda mais diminuído. Essa será a verdadeira destruição no dia 21 de dezembro de 2012.
Provavelmente, a profecia frustrada renderá à Veja mais uma capa sensacionalista. Os analistas e editores zombarão das Escrituras e tentarão, mesmo contra as evidências, nos convencer de que o esse mundo está melhorando a cada dia. E assim vão prosseguir até que se cumpra a Palavra do Senhor que diz “pois quando estiverem dizendo: Paz e segurança! então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo nenhum escaparão” (I ts. 5:3).

A serviço do Mestre,

Pr. Jenuan Lira

sexta-feira, 7 de agosto de 2009



PAPAIZINHO



Dizem que “saudade não tem idade”. Não sei bem o que isso significa, mas suponho que o significado seja que todos sentem saudade, independente da sua idade. Se for, concordo! Especialmente quando se trata de pai e mãe. Tenho idade, não tenho pai, tenho saudade.
Lembro como se fosse hoje. O telefone tocou nervoso. Do outro era minha irmã em desespero. Em poucos minutos nossa vida mudaria para sempre. Desde o acidente, nosso pai não falou mais. Naquela última semana nosso tempo com ele se resumia a momentos de contemplação sofrida através das vidraças de uma UTI. Nenhuma palavra, nenhum aperto de mão, nenhum abraço. Silenciosamente nosso pai estava partindo.
Sei que há filhos que sentem mais saudade do que eu. E posso entender. Há filhos que não conheceram o pai, há filhos que desprezaram os pais e há pais que abandonaram seus filhos. É triste, mas Infelizmente o mundo está cheio de filhos ingratos e pais insensíveis. No nosso caso, Deus foi bondoso dando-nos vários anos e alegrias juntos. Mas quanto tempo é bastante para um filho ficar com seu pai? Não dá para mensurar. Ainda que se tenha desfrutado décadas da sua companhia, quando o pai parte sensação é sempre que foi cedo demais.
Eu e meu pai vivemos bem. Na verdade, eu nunca o chamei de pai. Aprendi a chamá-lo “papaizinho”. Dou graças a Deus por minha mãe que nos ensinou a chamá-lo assim. Mas hoje sei que poderia ter sido melhor... muito melhor. Meu pai era um homem calado, introspectivo. Sei pouco do seu passado antes de ser meu pai, mas o pouco que sei é bastante para deixar claro que ele era um guerreiro. Ele me ensinou muito, mas tinha muito mais que eu não aproveitei. Não aproveitei bem da sua amizade e logo a vida nos distanciou. Encontrávamo-nos ocasionalmente, e eu ficava me justificando nas minhas ocupações. Até que aquele telefonema me obrigou a correr ao seu encontro. Mas era tarde. Ele foi cedo e nem nos despedimos. Consola-me saber que pela graça de Cristo, um dia estaremos juntos. Isso é maravilhoso, certamente, mas até lá estarei sentindo a saudade e o peso daquilo que poderia ter sido e nunca foi. Assim, sigo sentindo essa falta, afinal “saudade não tem idade”.
Não sei de que maneira hoje seria meu contato e o tipo de intimidade que desfrutaria com meu pai. Mas tenho certeza de que, mesmo que não pudéssemos viver no mesmo local, seria um prazer tê-lo aqui ou ali, mesmo que fosse apenas para pegar o telefone e chamá-lo de “pai”, ou melhor... “papaizinho”.
O tempo passa rapidamente. Mas só percebemos quando Ele se foi. Se o seu tempo ainda permite não espere. Ter um pai é um presente de Deus!
A Serviço do Mestre,
Pr. Jenuan Lira.