quarta-feira, 21 de março de 2018


POLÊMICA DO QUEER MUSEU:
O MELHOR PROTESTO

                  Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; o justo continue na prática da justiça, e o santo continue a santificar-se.” (Ap. 22.11)

A polêmica é nova no Brasil, mas a perversão é antiga. Os fazedores de opinião calcularam errado a extensão da aceitação da ideologia LGBT e passaram da conta. Mas, como sabemos, em outras terras mais ‘evoluídas’, a arte de Sodoma e o glamour de Gomorra já estão bem acomodadas à cultura popular.
Embora concorde com o cancelamento da exposição, especialmente por saber que alguns dos meus suados reais foram canalizados para esse repugnante projeto de ‘incentivo cultural’,  fico temeroso com a forma como os cristãos protestaram. Por isso, decidi retornar a Apocalipse 22.11, a fim de encontrar a forma mais bíblica de entender e reagir ao evento. 
Naturalmente, as palavras de Apocalipse 22.11 não são um endosso à injustiça e à imundície. Com apenas uma pitada de boa hermenêutica, qualquer um poderia perceber isso. Na verdade, o versículo está fazendo uma constatação do cenário prevalecente nos últimos dias. Colocando um smartphone nas mãos do o apóstolo João, embora tema que ele não iria querer, diríamos que João fez um snapshot da situação social nos dias finais. Por não querer levar em conta o fato de que o juízo está às portas, que ‘certamente cedo venho’, os homens continuarão promovendo a injustiça e produzindo ‘arte' imunda. Portanto, a exposição do Santander, é apenas uma amostra da essência do coração humano. A tampa de uma fossa não torna potável a água no seu interior. A exposição foi, a rigor, um levantar de tampa. Evidentemente, o cheiro é horrível, e melhor teria sido se nos tivessem poupado de tanta impureza, mas não pensemos que estamos diante de uma exceção. Como Davi disse a Saul, “Dos perversos procede a perversidade, diz o provérbio dos antigos(1Samuel 24.13).
Aqui cabe um alerta: O mal prospera tanto na obscuridade, quanto na publicidade. Nesse caso específico, o ganho está vindo pela segunda opção. Entendo que era necessário o alerta pelas redes sociais, mas até isso precisa ter limites. Se, como diz Paulo em Romanos 7.11, o pecado tira proveito até do mandamento para ‘me matar’, quanto mais irá aproveitar-se da sua própria divulgação? As redes sociais estão espalhando o vírus da perversão para pessoas com defesas baixas. Muitas criança, por exemplo, que não sabiam o que era zoofilia, agora sabem. Ganharam informação do mal antes do tempo. O risco da infecção na alma é enorme.
Mas, voltando a João, descobrimos que existe uma forma poderosa pela qual o povo de Deus pode protestar contra essa exposição e contra todas as outras que já devem estar no forno. O proposta é fazemos o protesto do sal: silencioso, consciente e eficaz. Esse é o protesto da vida santa, que, como o sal, no Salmo 19, não pronuncia uma palavra sequer, mas ‘por toda terra se faz ouvir a sua voz.’ Com fazer isso? ‘… o justo continue na prática da justiça, e o santo continue a santificar-se’. O mal teme o bem, como a luz foge das trevas. O povo de Deus tem nas mãos a poderosa arma das boas obras e da santidade. Discursar contra o mal, não prova que vivemos o bem. A fala e a vida podem andar por caminhos opostos. Por isso, muitos que estão gritando na câmara contra a imoralidade no museu estão sendo chamados de hipócritas, e a razão é simples: alguns não tem moral para defender a moral.
Viver em santidade e justiça é o nosso grito de protesto. Como está minha comunhão com Deus por meio da meditação, memorização e aplicação da Palavra? Alguma decisão firme quanto à oração? O que tenho permitido entrar na minha mente? Como está minha comunicação… os meus lábios estão produzindo somente o que transmite graça? Minha alegria está no SENHOR?  O ajuntamento dos santos é o meu prazer? Minhas iniquidades estão sempre diante de mim, motivando-me à confissão constante? Meu tempo, meu corpo, meu dinheiro e todos os meus recursos estão à disposição do SENHOR? Tenho vigiados os olhos do meu coração, contemplando e desejando somente o que agrada a Deus? É assim que a Igreja de Cristo lança sua maior ofensiva contra a perversão da ideologia de gênero e coisas similares. Como bem nos diz o profeta Isaías… “Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos; cessai de fazer o mal. Aprendei a fazer o bem..” (Isaías 1.16-17a).
Então, vamos fazer um protesto realmente eficaz? Vamos dar o troco ao Santander e os demais promotores da perversão?  Pois já temos dia e local para uma grande manifestação. O dia é o domingo e o local é a Igreja de Cristo. Nosso guia, o Espírito Santo; nossa cartilha de protesto, a Palavra de Deus; nosso grito, vozes unidas em adoração a Cristo. Como a luta é ferrenha e o mal está avançando rapidamente, precisamos fazer o máximo no mínimo de tempo que teremos. Nada de mera distração social e espírito indolente, movido pela conveniência. Ao contrário, vamos nos preparar por meio da oração e ser diligentes em chegar até antes da hora marcada. Imagino alguns perguntando… 'O culto resolve ou preciso acrescentar a Escola Dominical’? Bem,  depende de quão realmente você está comprometido com a nossa ofensiva e da mensagem que você quer passar aos seus filhos. Quer ensiná-los a serem bons combatentes ou apenas ‘protestadores' de conveniência? Pense um pouco e logo terá sua própria resposta.
Pois estamos acertados…  guerra ao mal com a arma da santidade! Avante, companheiros! ‘Certamente cedo venho’!
A serviço do Mestre,
Pr. Jenuan Lira


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