terça-feira, 5 de abril de 2011

A LUTA DE JOSÉ ALENCAR

Esta semana o Brasil silenciou enquanto assistia ao fim da luta pela vida do ex-vice presidente José Alencar. Foi um combate ferrenho de anos contra o câncer, que demandou paciência, perseverança e superação para enfrentar as inúmeras cirurgias. Nos últimos meses, a nação acompanhava enternecida o esforço de Alencar que, decidido a não se entregar, disputava quase diariamente uma partida de vida ou morte. Para muitos, a morte de Alencar significou uma perda irreperável, que se configura quando morre um herói. Dentro do possível, acompanhei a luta de Alencar, sua coragem expressa em palavras era admirável. Mesmo sabendo que a cruel doença seguia seu curso, falava com segurança, sem mostrar medo da morte. Temia mais a perda da dignidade do que a perda da vida. Por isso, muitos encontravam nos seus pronunciamentos alento e forças para prosseguir diante das adversidades da vida. Além da morte de Alencar, particularmente lamento o fato de que a principal mensagem de Alencar passou despercebida. Assim como o Brasil lhe ouvia em vida, também deveria ouvi-lo na morte. Pois a principal comunicação de um homem se articula, não pela sua vida, mas pela sua morte. Salomão dizia que preferia ir à casa onde havia luto, do que à casa onde havia festa. A festa diverte, mas a morte ensina. No entanto, poucos querem ouvir suas lições, pois preferem viver na doce ilusão, a encarar a dura realidade. O fato é que a morte está no caminho de todo vivente, e ninguém sabe o seu dia. Por isso, cada pesoa deveria estar preparado para enfrentá-la. No Salmo 90, Moisés reflete sobre a brevidade da vida, e diz que a existência do homem é comparável à relva que viceja e floseresce pela manhã, mas à tarde murcha e seca (v. 6). Por isso, ele pede ao Senhor que lhe ensine a contar os seus dias, para que alcance coração sábio, e não se perca com a aparente segurança que este mundo oferece. Como Alencar e tantos outros, ricos ou pobres, notáveis ou esquecidos, grandes ou pequenos, um dia também chegaremos ao limite da nossa existência. Por isso devemos estar sempre prontos para a eternidade, certos de que, indenpendete de quando seja o nosso dia, estaremos prontos para partir para a eternidade, seguros pela nossa fé exclusivamente depositada na pessoa de Cristo. A serviço do Mestre, Pr. Jenuan Lira.

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