quinta-feira, 30 de abril de 2015

A DOENÇA VOLTOU, MAS...
“...pois eu sou o Senhor, que te sara.” (Êx. 15.26)


                Quem sabia a história da irmã entendeu logo: “Hoje eu tive meu dia de revisão e sempre orei entregando a Deus o resultado desse exame e a vontade Dele foi feita, embora as lagrimas estejam caindo, sou grata a Deus...”.  Numa mensagem breve, direta e marcante, a irmã compartilhou a necessidade de retomar o tratamento quimioterápico imediatamente.
                Naturalmente me entristeci ouvindo essa informação, mas o que me causou verdadeiro impactado foram as palavras seguintes: “... mas minha vida pertence a um Deus que diz: ‘Alegrai-vos sempre no Senhor, outra vez vos digo, alegrai-vos’”. É sempre um grande alívio, após uma triste notícia, ouvir um ‘mas’ logo em seguida. Essa conjunção adversativa é ‘adversária’ da primeira parte da informação. Sem ela a má notícia se encerraria com um triste ponto final, mas, visto que existe um ‘mas’, a história continua, a esperança renasce e o final é sempre melhor que o começo.
                Para aqueles que conhecem a Deus apenas como uma mera ideia ou um ilustre desconhecido,  tem sempre ‘um pedra no meio do caminho.’ No entanto, para quem  recebeu a dádiva do eterno e soberano amor do Pai, foi comprado pelo sangue do Cordeiro e para sempre selado com o Santo Espírito da promessa, tem sempre um ‘mas no meio do caminho. O impacto da ‘pedra’ para o mundo é o mesmo do ‘mas’ causa no crente.
Olhando à primeira vista, aparentemente não há diferença entre os dois grupos. Não é normal que as pessoas diante de coisas desagradáveis resolvam se apegar a qualquer ‘mas que possa dar alguma pista de que tudo vai terminar? Qual a vantagem do crente sobre o descrente? Em termos simples, a diferença está em que o que desconhece a Deus apega-se a uma esperança otimista em que a pessoa tem fé na própria fé. Não é assim com um verdadeiro servo de Cristo, cuja esperança não está na fé em si mesma, mas no Deus em Quem Sua fé se apoia.
                Se observarmos pelas lentes das Escrituras, a doença realmente voltou, mas seu efeito negativo retrocede quando o servo do SENHOR reconhece “que Deus age em todas as coisas para o bem dos que O amam, que são chamados segundo o Seu propósito.” Por essa a doença não esperava. Como produto da força destruidora do pecado que se instalou na boa criação de Deus, a doença traz em si as marcas do desânimo, da tristeza e da apatia. Mas... para o servo de Deus tem mais, pois a doença não tem a palavra final. Enquanto a doença pode enfraquecer nosso corpo, em nosso espírito a força incrível do SENHOR se ressalta, e o glorioso propósito de Deus avança, fazendo-nos ainda mais semelhantes ao Seu Filho, pois Ainda que a minha carne e o meu coração desfaleçam, Deus é a fortaleza do meu coração e a minha herança para sempre.” (Salmo 73.26).
                Além disso, a doença voltou, masa esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado.” (Rm 5.5). Pensamento positivo e otimismo por falta de opção pode causar confusão. Mas quando nossa esperança é fruto do amor de Deus derramado abundantemente em nossos coraçãos, podemos ter certeza de que ‘Aquele que não poupou que não poupou seu próprio Filho, antes por todos nós o entregou’ há de fazer na nossa vida ‘infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós’ (Ef. 3.20). Lembrando que o poder que opera em nós é o supremo poder  “o qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos...” (Efésios 1.20). Por isso, podemos dizer que a doença voltou, mas voltou para sofrer um terrível e vergonhosa derrota, às mãos dAquele que nos dá ousadia para declarar: ‘Tudo posso em Cristo que me fortalece’ (Filipenses 4.13).
                 Se doença voltou a gente chora...  Jesus chorou, mas também declaramos como o salmista declarou: “Tu me farás ver os caminhos da vida; na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente.” (Salmo 16.11). É fato que o tempo passa e nosso corpo pode sofrer com as mudanças causadas pela doença, mas nossa Rocha, que é a fonte da nossa alegria, é Eterna e Imutável, e a Sua graça é melhor que a vida.
                A doença voltou, mas com dias contados e as lágrimas que rolam dos nossos olhos em breve, muito breve, serão passado, pois nosso fiel SENHOR ‘enxugará dos olhos toda lágrima’ (Apocalipse 21.4).
                A doença voltou, mas Deus é conosco e sempre será.

                A serviço do Mestre,

                Pr. Jenuan Lira.  

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