O TRIUNFO DA FÉ
“Porém, se vos
parece mal servir ao Senhor,
escolhei, hoje, a quem sirvais: se aos deuses a quem serviram vossos pais que
estavam dalém do Eufrates ou aos deuses dos amorreus em cuja terra habitais. Eu
e a minha casa serviremos ao Senhor.”
(Josué 24.15)
Em 2009 uma controvertida da conhecidíssima
revista Newsweek prenunciava a morte
da fé nos Estados Unidos em futuro próximo. Para os que são promotores da
incredulidade, especialmente o chamado novo ateísmo, representado por figuras
como Richard Dawkins, autor de Deus Um
Delírio, aproveitou para cantar vantagem. Porém, para a surpresa de todos e
contra a anunciada tendência, o recente livro do sociólogo da religião, Rodney
Stark, O Triunfo da Fé, caiu como uma
bomba no arraial da descrença.
O Triunfo da Fé é uma obra ousada,
respaldada em pesquisa confiável. O autor, com indisputável propriedade, mostra
que as previsões negras acerca da morte da fé no Ocidente foram grandemente
exageradas. Rodney Stark explica porque a maioria dos institutos de pesquisa
americanos tem figuras erráticas nas suas quantificações estatísticas. Em apoio
a tal afirmação, Stark lança mão de dados mais confiáveis da Pesquisa Mundial
Gallup, com mais de 1 milhão de entrevistados de 163 países, incluindo,
evidentemente, nações mais desenvolvidas, tradicionalmente tidas como líderes e
exportadoras do processo de secularização recente.
Para ser
honestos, antes de mais nada é preciso entender que o autor citado não é
cristão, não está falando da fé bíblica, e, talvez, nem esteja satisfeito com
seus achados. Sua análise diz respeito à fé de maneira genérica, em oposição ao
naturalismo ou materialismo puro. Pensando na Europa, por exemplo, é fato que
há muito o velho continente perdeu o interesse na fé cristã. Porém, enquanto as
igrejas estão vazias, o coração das pessoas está repleto de fé mística. Como
disse, não é fé bíblica, mas é fé. Curiosamente, o continente outrora louvado por
ser símbolo da morte da fé, está cheio do sobrenatural. Na Áustria, 28 %
acredita em adivinhação; 32 % crê em astrologia; 33 % acredita em na teoria do
carma. Mais de 20 % dos suíços acreditam em reencarnação, enquanto mais da
metades dos britânicos crêem em huldufolks,
seres místicos descritos como elfos, gnomos ou duendes.

O ponto é: o homem jamais está vazio de
fé. Tal possibilidade seria negar a sua essência. Pela contingência do seu
próprio ser, o homem precisa um referencial sobrenatural, um soberano a quem
presta tributo e para onde se dirigem suas afeições mais profundas. Salomão diz
que Deus colocou a eternidade no coração do homem (Eclesiastes 3.11), e essa
chama eterna tremula no altar da adoração.
A questão não é se o homem vai adorar, mas a quem será dedicada sua
devoção. A sorte está lançada. Portanto... “escolhei, hoje, a quem sirvais!”
Porém, eu e a minha casa serviremos ao Senhor.
Vamos juntos?
A serviço do Mestre,
Pr. Jenuan Lira
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