“Pela fé, Abel ofereceu a Deus mais excelente sacrifício do que Caim; pelo qual obteve testemunho de ser justo, tendo a aprovação de Deus quanto às suas ofertas. Por meio dela, também mesmo depois de morto, ainda fala”. (Hebreus 11.4)
Quando a irmã me atendeu ao telefone, chorava copiosamente. Eu já esperava que assim fosse. Aguardei um pouco, até que ela conseguisse falar...“Pastor, perdi minha vida”. Não era sentimentalismo, nem o desespero de quem se procura expressar amor na última hora. Conhecendo um pouco a história do casal, entendi o que ele estava dizendo. Se não a vida toda, mas uma parte importante ela estava perdendo. Chegara a hora de se separar do seu querido esposo, um honrado e fiel companheiro que ao seu lado vivera por mais de 60 anos.
Ao longo de 15 anos seu Lima sofreu com uma doença neurológica degenerativa e progressiva. Quando o conheci, ele já vivia no universo particular e silencioso dos pacientes com Alzheimer. Sem conseguirmos nos sintonizar na mesma frequência mental, fiquei privado do privilégio de manter um só diálogo com ele. Mas por estranho que pareça, minha sensação sempre foi de que o conhecia muito bem. Ele nunca me disse nada de si mesmo, mas sua esposa não se cansava de descrevê-lo para quem os conhecia.
Anos atrás, em um retiro de casais, ouvi pela primeira vez o testemunho da esposa: “Estamos chegando perto de completar 50 anos de matrimônio. Infelizmente, hoje ele se encontra doentinho, mas nem isso afetou o carinho com que ele tem
me tratado desde que nos conhecemos. Esse homem cuidou de mim de um modo tão especial que até a pasta de dentes ele colocava na minha escova todas as manhãs, ao longo de todos esses anos. Ele sempre me respeitou e seus filhos jamais o ouviram dirigir-me uma palavra grosseira”.
A Bíblia nos fala de muitos homens que partiram para a eternidade, mas sua voz continuou ecoando e abençoando os que ficaram. A vida desses homens foi muito maior do que a porção de tempo que Deus lhes consignou. Eles foram, mas não foram de todo. Na sua partida, o testemunho dessas vidas se consolida em marcas que nem a morte pode apagar.
Quando a irmã me atendeu ao telefone, chorava copiosamente. Eu já esperava que assim fosse. Aguardei um pouco, até que ela conseguisse falar...“Pastor, perdi minha vida”. Não era sentimentalismo, nem o desespero de quem se procura expressar amor na última hora. Conhecendo um pouco a história do casal, entendi o que ele estava dizendo. Se não a vida toda, mas uma parte importante ela estava perdendo. Chegara a hora de se separar do seu querido esposo, um honrado e fiel companheiro que ao seu lado vivera por mais de 60 anos.
Ao longo de 15 anos seu Lima sofreu com uma doença neurológica degenerativa e progressiva. Quando o conheci, ele já vivia no universo particular e silencioso dos pacientes com Alzheimer. Sem conseguirmos nos sintonizar na mesma frequência mental, fiquei privado do privilégio de manter um só diálogo com ele. Mas por estranho que pareça, minha sensação sempre foi de que o conhecia muito bem. Ele nunca me disse nada de si mesmo, mas sua esposa não se cansava de descrevê-lo para quem os conhecia.
Anos atrás, em um retiro de casais, ouvi pela primeira vez o testemunho da esposa: “Estamos chegando perto de completar 50 anos de matrimônio. Infelizmente, hoje ele se encontra doentinho, mas nem isso afetou o carinho com que ele tem
me tratado desde que nos conhecemos. Esse homem cuidou de mim de um modo tão especial que até a pasta de dentes ele colocava na minha escova todas as manhãs, ao longo de todos esses anos. Ele sempre me respeitou e seus filhos jamais o ouviram dirigir-me uma palavra grosseira”.A Bíblia nos fala de muitos homens que partiram para a eternidade, mas sua voz continuou ecoando e abençoando os que ficaram. A vida desses homens foi muito maior do que a porção de tempo que Deus lhes consignou. Eles foram, mas não foram de todo. Na sua partida, o testemunho dessas vidas se consolida em marcas que nem a morte pode apagar.
Pelo que ouvi, seu Lima não era homem de muitas palavras. Era homem de muito caráter e de muita fé. Alguns falam muito e dizem pouco. Outros, na serenidade do seu silêncio, deixam sua vida dizer aquilo que milhares de palavras não conseguem exprimir. Quem vive a verdade não precisa falar. Outros falarão por ele.
Deus não nos criou para passar em vão pela vida, e seguir sem rumo para a eternidade. Ele nos dotou com Sua imagem, a fim de podermos espelhar sua glória neste mundo. Para isso Ele nos dá a Sua Palavra e nos chama a atenção para os bons exemplos... Nóe, Abel, Abraão, José, Lima... homens que cumpriram sua missão e nos motivam a seguir seu exemplo. Homens de caráter, homens de fé em Jesus.
Nunca consideramos a possibilidade de encerrarmos nossa jornada neste mundo. Mas assim vai ser, cedo ou tarde. Seguiremos o caminho eterno, e deixaremos o testemunho da nossa história. Não ficaremos aqui para sempre, mas não precisamos sair de uma vez. Quando a voz se fizer silêncio, que fale a nossa vida. Mas que fale de tal maneira que a mensagem seja agradável aos homens e gloriosa a Deus!
A serviço do Mestre,
Pr. Jenuan Lira
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