quarta-feira, 17 de julho de 2013

A VOZ DAS RUAS



          Além e acima da euforia do futebol,  o gritou das ruas superou a vibração dos estádios. De repente o ‘gigante acordou’, impaciente e abusado como quem tenta superar os efeitos de uma noite mal dormida. E o mundo surpreso se deu conta de que o Brasil há muito deixou de ser um país ‘deitado eternamente em berço esplêndido’.
            Apesar dos excessos, há um lado legítimo em tudo que vimos nos últimos dias. A voz da consciência clamando por justiça atraiu a população para as ruas. O povo se uniu para fazer conhecida sua indignação contra toda impiedade e perversão que contamina o país, a partir das instituições que dirigem a nação.
            Por outro lado, as próprias manifestações revelam que o problema do nosso pais é muito mais profundo do que parece. Estamos de tal maneira corrompidos que, mesmo quando clamamos por justiça, somos traídos pelo espírito de anarquia que prevalece no meio do nosso povo. A contradição nos pega no contrapé, e quando tentamos fortalecer as nossas defesas, a perversão já furou o bloqueio e marcou mais um gol.
            O grande equívoco das ruas é não perceber que ‘o que o homem pensa no seu coração, assim ele é’ (Pv. 23:7). O nosso coração se reflete nos nossos atos, por isso “não há quem faça o bem, não há nenhum sequer” (Rm. 3:12). Por essa razão, a mudança nunca virá sem uma radical transformação no coração de cada indivíduo. A transformação social nunca ocorrerá sem a transformação individual. Por isso, a voz das ruas é a voz da ilusão, porque transmite a falsa idéia de que podemos criar um novo Brasil.
A contradição foi e sempre será uma marco no caminho da humanidade. O pêndulo da história nunca se equilibra, pois o homem não se submete ao Criador. Ao contrário, cada dia se torna mais soberbo na sua suposta independência. Inculcam-se por sábios, mas na realidade se tornam loucos.
           
Na verdade, as ruas são apenas caixas de ressonância de corações sofridos que não suportam a dura realidade da vida.  O pecado cansa o pecador, e em certos momentos o peso da transgressão extravasa os limites do próprio coração.

Feliz a nação cujo Deus é o SENHOR, e o povo que ele escolheu para sua herança” Salmo 33:12.

Senhor tem misericórdia do Brasil!

A serviço do Mestre,


Pr. Jenuan Lira

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