domingo, 22 de dezembro de 2013

A BELEZA DO NATAL

“…não tinha aparência nem formosura; 
olhamo-lo, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse” (Is. 53:2)

O evento mais impressionante em toda história universal aconteceu sem ser notado pelo mundo. Quando chegou a plenitude dos tempos e o Messias prometido desde o Éden finalmente entrou no mundo, sua vinda aconteceu de maneira quieta, obscura e humilde.
            A jovem escolhida para dar à luz o Messias, com cerca de 13 anos de idade, não vinha de família nobre, nem morava em um lugar importante. Pelo contrário! Em João 1:46, Natanael pergunta: “De Nazaré pode sair alguma coisa boa?”. Isso indica que ser um Nazareno não significava muito para os judeus da época.
            Quanto ao nascimento de Jesus, não poderia ter acontecido de maneira mais humilde. Em uma estrebaria na pequena vila de Belém Maria deu à luz seu filho. Na falta de um berço, o Criador e sustentador dos Céus e da terra, miraculosamente nascido em forma de um bebê indefeso, foi deitado numa manjedoura. As condições eram as mais precárias possíveis, e os primeiros visitantes foram humildes e desprezíveis pastores notificados por meio dos anjos.
            Mas enquanto a terra repousa quieta nas trevas da ignorância e pecado, os céus jubilavam. O eterno plano da redenção se cumpria, nascia a esperança para a humanidade em desespero. Um novo reino se introduzia, trazendo consigo liberdade e salvação. Por isso os anjos cantaram e uma nova estrela anunciou a chegada do Salvador.
            A história do nascimento de Jesus confirma que Deus não vê como vê o homem. O que para os homens é considerado importante, para Deus não tem o menor valor. Observando a cena humilde em que se deu o primeiro natal, somos forçados a concluir que os nossos valores são supérfluos, pois as maravilhas que Deus opera são medidas por padrões diferentes dos nossos. O que é grande aos olhos dos homens pode ser absolutamente insignificante aos olhos de Deus. Por o apóstolo Paulo afirmou: “Mas o que para mim era lucro, isso considerei perda por causa de Cristo”.
            O mundo não compreende o verdadeiro sentido do natal. Como aconteceu em Belém, Aquele que é a razão do natal continua sendo uma figura despercebida. Enquanto isso, os homens se apropriam do natal para esbanjamento e ostentação. Comemorado segundo o modelo de mundo, o natal perde completamente a beleza da simplicidade e humildade que marcaram a cena original na estrebaria.
Que este natal sirva para corrigir o nosso engano quanto ao que realmente vale à pena. Que voltemos as costas para o barulho do mundo e na quietude de um coração contrito voltemos os nossos olhos para aquele que “não tinha aparência nem formosura”, que chegou ao mundo sem ser notado, e nos identifiquemos com Ele, deixando de lado a ilusão de grandeza que o mundo oferece, enquanto nos comprometemos em buscar em primeiro lugar Seu reio e Sua justiça.

A serviço do Mestre,

Pr. Jenuan Lira. 

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