quarta-feira, 23 de março de 2011

O JAPÃO DE JOELHOS

“Ouve-se a voz do Senhor sobre as águas; troveja o rei da glória” (Sl. 29:3)

As ondas invadiram o Japão. As barreiras se romperam. As profundezas se abalaram, a terra tremeu, o inesperado aconteceu. Temos agora mais uma data que daqui para frente será um mais um memorial a recordar a impotência humana.
Dada a história constante dos abalos sísmicos em território japonês, o país é o melhor preparado para vencer a fúria da natureza. As leis são rígidas, a técnica avançada e a população conscientizada diariamente. O sistema de detecção de terremotos é o mais desenvolvido, capaz de anunciar o perigo antes que o pior aconteça. Os muros de proteção e o sistema de drenagem são verdadeiros monumentos à inventividade humana. Apesar de tudo, aconteceu. O Japão ficou de joelhos ante as poderosas ondas.
Que nação ou indivíduo pode dizer que está seguro? A ciência e a tecnologia poderá nos salvar? Será o homem, com sua endeusada Razão, capaz de tomar nas mãos o seu destino e determinar seus passos? Que nação, em termos de investimentos de proteção pode se igualar ao desenvolvido Japão? O que seus cientistas vão fazer agora? E se, antes que comecem, a terra tremer?
É certo que não podemos ir além do que “está escrito”, mas também não devemos ficar aquém. Deus é o sustentador do universo, o controlador das secas e das inundações. É Ele quem põe limites {as ondas, delimitando até onde podem chegar. De outra forma a Bíblia seria mentirosa, e nós, os mais infelizes dos homens. Seja o mar, seja um simples pardal, tudo está sob o controle da poderosa mão de Deus. Além disso, a terra, o céu e mar estão destinados a servirem como arautos do juízo vindouro. Foi assim no passado, será assim no futuro.
Todos os motivos da catástrofe nos escapam, mas muitas lições são absolutamente transparentes. A voz do Senhor rugindo numa onda de tamanho e força descomunais nos dizem: “Na verdade, todo homem, por mais firme que esteja, [é pura vaidade” (Sl. 39:5). Certamente os japoneses, conhecidos por seu espírito aguerrido, cheio de orgulho próprio, não aceitam essa verdade. A grandeza da sua tecnologia e orgulho é proporcional ao seu desprezo pelo Deus das Escrituras. Mas os fatos estão ai, e os sábios irão aprender deles. Infelizmente, o Japão é duro demais no seu orgulho. Está caído mas com a arma em punho, mostrando ao mundo que são fortes demais para solicitar ajuda internacional.
Diante da desolação japonesa, o melhor que as nações e os indivíduos fazem é ouvir a advertência do Senhor Jesus, ao analisar a queda de uma torre que matou várias pessoas. Suas palavras ecoam eternamente... “...mas, se não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis” (Lc. 13:5).



A serviço do Mestre,
Pr. Jenuan Lira.

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