terça-feira, 1 de março de 2011

QUANDO DEUS MUDA AS CIRCUNSTÂNCIAS

Quando a vida está indo bem, a mudança é o que mais nos assusta. Com razão, queremos congelar os momentos de prazer, para que nunca, nunca mesmo, percam o seu sabor. Se tivêssemos a vida sob o nosso controle, os tempos bons jamais passariam. Porém, não cabe a nós mudar os tempos e as estações. Esse poder está nas mãos do Soberano do universo.
O povo de Israel ia muito bem no Egito. Melhor não podia! Os anos passavam, enquanto a vida só melhorava. Fora assim enquanto José vivia, e dessa maneira continuou por mais uns 300 anos. Sem se dar conta, o povo já contabilizava séculos de prosperidade financeira e admirável crescimento demográfico. Receberam a melhor parte da terra como concessão de Faraó. Aquilo, sim, é que era qualidade de vida. Sair do Egito era fora de cogitação.
Mas aos poucos as coisas foram mudando, e os hebreus saíram da condição de convidados de honra, para a de escravos condenados à extinção. Era uma mudança radical, imprevisível e indesejável. Não havia a menor indicação de que a situação iria chegar a tal ponto. Mas chegou.
Em tempos de mudanças para pior, que são parte da realidade nossa de cada dia, em relação a nós mesmos ou a outros que nos cercam, a angústia dos porquês ocultos sempre nos assaltam. Porém, esquecemos que, ao invés de buscar as circunstâncias causadoras das mudanças, deveríamos concentrar nossa atenção na Pessoa que assume a responsabilidade pelas mudanças. Incrivelmente, a escravidão dos hebreus tinha um propósito glorioso. A grande provação criaria neles a consciência de que o Egito não era sua terra. Os descendentes de Abraão tinham outra origem, outro chamado e outro destino. Seus alvos deveriam ser diferentes, Seu Deus era diferente. O Egito criava neles uma grande distorção. Assim, para que não deixassem de ser o que Deus queria que fossem, era preciso perder o prazer no Egito. Para perder o prazer egípcio, a escravidão era o caminho melhor.
As coisas não mudam simplesmente. Deus as muda. Ele nos leva a caminhos difíceis para qeu possamos acertar nosso passo. A tranquilidade do Egito prejudica nossa vida espiritual, pois nos faz ficar à vontade no lugar errado.
Entretanto, vale ressaltar que Deus nunca nos muda para pior. Os caminhos podem ser difíceis, mas o final é glorioso. As provações são os instrumentos do Senhor para nos ajudar a redefinir nossa rota e repensar os nossos prazeres. Sem elas, poderíamos nos perder definitivamente no mar revolto e perigoso da vida mundana.
Louvado seja Deus pelas mudanças, mesmo quando nos causam dor!
“Em tudo dai graças...” (I Ts. 5:18).

A serviço do Mestre,

Pr. Jenuan Lira.

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