domingo, 27 de outubro de 2013

APRENDENDO A RECICLAR

“Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela prática, tem as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal”  Hb. 5.1

   No nosso condomínio cada família tem um serviço comunitário. Desse modo podemos abençoar uns aos outros, mantendo uma atitude de servos, e ainda poupamos despesas com serviços, que são sempre caras nos Estados Unidos.
            Nós somos responsáveis por cuidar de parte do lixo reciclável: plástico, alumínio e vidro. Temos recipientes para cada tipo de lixo. Quando estão cheios, colocamos em sacos grandes, e levamos para a estação de reciclagem. O pagamento é feito em forma de um cupom que pode ser usado para compra de materiais necessários para o próprio condomínio. 
            Mas não é somente por ser plástico ou alumínio, por exemplo, que um material é considerado reciclável. É preciso ter a indicação expressa, abaixo do código de barras, de que tal material é considerado reciclável no estado da Califórnia. No começo a gente tinha dificuldade em separar o lixo, e precisávamos olhar quase cada item para ter certeza de que estávamos levando somente o aceitável. Com o passar do tempo ficamos peritos em lixo reciclável na Califórnia. Devido a prática repetida muitas e muitas vezes, o tempo que gastamos separando o lixo é muito menor do que antes. Esta semana me senti um lixeiro de primeira.  Em poucos minutos, esvaziei dois tambores, ensacando somente o que interessava. Na maioria dos casos basta olhar para a garrafa e imediatamente sei se devo levar para a reciclagem.  A prática me ajudou a discernir o que serve e o que não serve em termos de reciclagem.
            Minha habilidade com reciclagem por causa da prática fez-me lembrar a epístola aos cristãos Hebreus. Eles tinham conhecimento da verdade, sabiam que Cristo era superior a tudo de mais excelente que podia ser encontrado no judaísmo, mas estavam vacilando na fé. As circunstâncias adversas e as novas doutrinas estavam contaminando aquele grupo de cristãos, apesar do tempo de fé. O tempo passara, mas eles ainda eram meninos espirituais. Havia um descompasso entre a cronologia e a maturidade.
Como explicar tal situação? Hb. 5.14 dá o motivo: eles não praticavam o que sabiam. Eis o nosso grande problema. Sem obediência perdemos o discernimento. A informação da verdade não significa que estamos sendo guiados pela verdade. É preciso praticar a Escritura a fim de ficarmos peritos em discernir entre o bem e o mal. À medida que engajamos a nossa mente e coração na prática da obediência, ficamos mais aptos para separar entre o que é puro, e o que é contaminado, entre o que agrada a Deus e o que alimenta a nossa carne pecaminosa.
Por onde começar? Tenho duas dicas simples. Primeiro, faça uma avaliação pessoal:  “Existe algo na minha vida, externa ou interna, que é contrário à verdade da Escritura que eu já conheço?” Se for o caso, tome providência imediata. Segundo, na sua próxima pregação ou lição bíblica, tenha caneta e papel para anotar uma lição que você vai praticar durante a semana. Mantenha esse papel em local visível e leia cada dia várias vezes o desafio prático da semana.
No meio do lixo desse mundo somente a prática das Escrituras nos ajudam a perceber o que é proveitoso.
A serviço do Mestre,

Pr. Jenuan Lira.  

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